Um caso sem solução. - Sanegiyuu

Capítulo 11

...

Sanemi pov:

Passei duas noites em claro pensando em tudo, ligando pontos e os desfazendo. E quando percebi, se passaram dois dias desde a visita até a cabana com Genya.

O hospital entrou em contato comigo tem algumas horas, dizendo que o paciente Giyuu ganharia alta, mas, não poderia sair de lá sozinho.

Sai o mais depressa que pude da delegacia que estava enfiado, lembro do que falei para Giyuu na última vez que o vi.

Disse a ele que quando ele saísse do hospital, eu teria que interroga-lo, gostando ou não. Ele não foi contra, apenas concordou.

Porém um interrogatório na própria delegacia não vai ser bom... Sinto isso, como se fosse um novo sentido em mim me avisando. Não vou levá-lo para a delegacia, o interrogatório vai ser na minha casa, tenho uma sala que serve para isso.

Suspirei ao colocar meus pés novamente no ambiente do hospital, o cheiro de produtos tinha se tornado comum para mim, o que era estranho. Sempre odiei hospitais, principalmente seu cheiro que impregnava.

Não parei para falar com médico algum, apenas fui para o andar em que Giyuu estava e, me dirigi até seu quarto. Nessa altura, ele possivelmente já está me esperando.

Parei em frente a porta na qual sei que ele estava dentro. Estava ansioso, ponderando abrir a porta ou, esperar alguns minutos.

Bati em minha própria cabeça, anos de trabalho para começar a pifar minha cabeça com nada? Pelo o amor Sanemi.

A alimentação seguida apenas por café me fez muito mal. Terei de me obrigar a aceitar a comida que o Genya faz.

Respirei fundo e abri a porta, sem mais rodeios. O quarto, pela primeira vez desde que visito Giyuu não está escuro. As janelas estão abertas e, sentado na poltrona está o moreno, olhando para a janela sem ao menos notar minha presença.

O encarei por alguns segundos, esperando que ele notasse minha presença mas, não funcionou. Seu olhar estava completamente perdido nas nuvens ao lado de fora.

— Giyuu... — Falei dando uma tossida falsa e adentrando o quarto, chamando a atenção do moreno que agora me encarava.

— Sr. Sanemi, estava te esperando. Está a muito tempo aqui? — Ele questiona, endireitando a coluna.

Me aproximo dele, parando ao lado da janela dando uma pequena espiada ao lado de fora. O dia realmente está agradável hoje.

— Na verdade acabei de chegar, tentei vir mais cedo quando disseram que você teve alta. — E então olho para ele de volta, a expressão serena que mais fazia. Parecia ansioso, mexendo os dedos de um lado para o outro e, consegui observar que ainda tem ataduras em suas mãos. — Está pronto?

Ele não diz nada, apenas morde os lábios e desvia o olhar para a janela.

— O sol... Ainda me incomoda. Não consegui me acostumar. — Sorrio. Imaginei que ele ficaria preocupado por um motivo como esse.

— Imaginei. — O respondo, caminhando em sua direção e parando em sua frente, tirando um óculos de sol que guardava na minha camisa. — Por isso trouxe isso para você, vai te ajudar a se acostumar.

Seus olhos brilharam um pouco e, ele pegou os óculos. Ficou pensativo antes de os colocar e, após os colocar, pareceu não ter gostado.

Mesmo sem ter gostado, não reclamou dos óculos.

— Certo, vamos então! — Dessa vez Giyuu se levanta e, pela primeira vez consigo observar sua altura com a minha. Ele não é baixo, apenas alguns dedos menor que eu.