(5) Más Companhias

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"— Desculpa lá Roxy...o Zac é sempre assim"- a Sarah defende-o. Ele nem me olhou nos olhos, nem me encarou simplesmente, continuou a andar como se nada fosse. Já só falo em civismo, respeito pelo outro cidadão.

"— Porque defender um rapaz com um carácter tão..."- digo insegura. Como ela conseguiu confrontá-lo, não sei mas ele nem merecia aquele grito dela. Qualquer pessoa em pleno sanidade mental fazia o que o Kevin que fez, estender a mão para me levantar. Era o minimo que eu espera de quem foi contra mim, mas não isso não aconteceu. Eu sou boa de mais espero sempre muito das pessoas, mas eu tenho que me mentalizar, que não posso esperar nada de ninguém. Cada pessoa é única e independente, tem os seu próprios impulsos, e maneira de lidar com as situações. E a verdade é que ninguém é perfeito.  

Não sei... mas aquela atitude de criança, colocou-o num péssimo lugar. Beleza não é tudo...ele é bonito com aqueles olhos... mas feio muito feio.

"— O Zac ... Ele é meu primo... Uhm e...é um caso perdido."- ela diz fazendo pequenas pausas.

"— Não te pareça mal eu ter dito aquilo é só que-"- começo, desculpando-me, sendo que é tudo o que eu não devia fazer neste momento.

"— Nem vale a pena justificares-te, tu tens razão ele tem um péssimo carácter, está a lixar-se para a escola só quer saber daquele gang de merda..."- ela corta-me.

"— Ele pertence àquele grupo que faz de tudo para nos humilhar? Aqueles que falaste à pouco"- pergunto.

"— Sim, infelizmente, tem a puta da mania da perseguição e manipulação, sempre teve. E de família...dos meus tios, aquilo lá em casa nunca foi muito estável, ele é assim anormal de espírito porque a educação também não foi a melhor"- ela diz em quanto caminhamos em direção aos jardins.

"— Então quer dizer...ele fez te alguma coisa? Humilhou-te quando aqui entraste?"- pergunto curiosa. Eles são da mesma idade, por menos parecem, na minha cabeça abriu essa possibilidade quando ela falou no assunto cabisbaixa.

"— Apesar de ser prima dele, não fui uma exceção para ele, pelo contrario até se aproveitou mais... Ai se eu não tivesse chumbado no secundário, nunca teria que grama-lo como meu superior aqui, somos do mesma idade... Ele é só estúpido, crescemos praticamente juntos. Mas não vale a pena, como disse é um caso perdido..."- ela encolhe os ombros.

"— PAROU TUDO"- um rapaz dirige-se para a Anna aos pulos, literalmente.

Ele é loiro tem olhos verdes e é tão lindo, vê-se que ele preocupa-se com a imagem. Mas achei demasiado eufórico. Demasiada tempestade em terra. A Anna fica a olhar para ele com uma cara séria. Conhecendo-a como conheço ela gosta de poucos aparatos, escândalos e dramas.

"— Estás a falar para mim?"- a Anna pergunta. Ele mantém-se fixado a olhar para ela em silêncio. Vejo que ele olha para ela de cima a baixo, não com um ar de vou te comer, mas de: adorei o teu estilo. Nunca olharam assim para mim, e sinceramente ainda bem.

"— Martha quem é ele?"- sussurro.

"— É o Jerry... É uma personagem, gay"- ela esclarece. Aceno um ok.

"— Não estou a falar para o teu cabelo!"- ele grita.

Desde ontem já vivi um turbilhão de novidades, estou constantemente a conhecer pessoas novas... são nomes e mais nomes para me lembra, o que vai é que tenho uma incrível capacidade de raciocínio e memória.

Por momentos a minha cabeça viaja para o dia de ontem, e leva-me a pensar muito nas caras nos nomes em tudo que vi, faço uma retrospetiva de tudo o que aconteceu, fico parada a olhar para o nada. Com os olhos fixados num ponto, e toda a conversa que participava agora passa para segundo plano.

Laços Quebrados (PT)Onde histórias criam vida. Descubra agora