Três

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Queria viver no presente com o dom dos meus erros do passado, mas o futuro continua me puxando como um saco de cobras.
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Um dia depois, Kai foi enterrado no cemitério da família

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Um dia depois, Kai foi enterrado no cemitério da família. Muitos familiares e amigos se reuniram para se despedir da criança, mas Izuku não estava ali. Ele estava dopado de remédios em sua casa, muito atormentado para fazer qualquer coisa. Não fazia sentido para ele sair de sua casa para ver Kai debaixo da terra.

Kai havia sido uma vítima e mais três crianças e dois professores. Ele havia levado um tiro no pescoço e morrido engasgado com o próprio sangue. Quando Katsuki recebeu o chamado para parar o atirador, Kai já estava morto.

Ele era um herói, mas não tinha conseguido salvar o próprio filho. Ele estava destruído psicologicamente e não tinha mais forças para mais nada, nem para continuar a patrulhar por uma semana inteira. Seu único filho havia sido morto por um psicopata a sangue frio, que só queria ver o caos acontecendo.

Aparentemente, Kai havia descoberto sua individualidade na sala de aula enquanto brincava e quando o atirador apareceu, o menino na tentativa de proteger os professores e colegas usou seu poder para parar o homem. Kai havia tocado na mão do atirador e a mão dele havia implodida. Foi com isso que ele então fez Kai de vítima.

O fato de seu filho querer proteger seus colegas antes de morrer num ato heroico, fazia o coração de Katsuki doer ainda mais.

Depois do massacre, o atirador deu um tiro em si mesmo e se matou para não arcar com as consequências. Os amigos mais próximos Uraraka, Denki, Todoroki, Kyoka, Iida se juntaram para abraçar e dar as condolências para Katsuki, mas nada retiraria a sua dor.

Os amigos e familiares queriam falar com Izuku também, mas Katsuki não deixou, não era um bom momento e não mudaria nada. Inko estava destruída por perder seu único neto, mas nada se comparava a dor que Izuku e Katsuki sentia.

O alfa estava se mantendo um pouco mais firme, mas porque precisava ser. Ele precisava ser forte por ele e por Izuku. Inko havia se convidado para passar alguns dias na casa do casal para ajudá-los no que for preciso e o loiro aceitou de prontidão.

A primeira semana se passou como um borrão para o casal. Izuku não saia da cama para fazer nada, apenas para ir no banheiro e comer um pouco. Ele passava o dia inteiro dormindo na tentativa do sono apagar um pouco da dor que ele sentia.

Ainda era tudo muito estranho para ele, inacreditável para ser mais exato. Ele não conseguia parar de pensar em Kai nem por um segundo, se lembrando da alegria da criança e de seu sorriso. Porém, ao se lembrar de vê-lo sem vida e saber que ele fora enterrado lhe causava um pânico que o fazia gritar e querer se machucar.

Katsuki precisou levá-lo no hospital na primeira semana, pois Izuku surtava e gritava pelo nome de Kai. Foi nessa ida que ele descobriu que estava grávido, mas a notícia não havia lhe acometido nenhum sentimento bom. Tudo que ele conseguia pensar era em Kai e o fato que nunca mais o veria.

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