Izuku e Katsuki eram casados há anos e haviam formado uma linda família junto de seu único filho: Kai.
Eles viviam felizes e em harmonia, até um trágico acontecimento trazer toda a dor que um pai e uma mãe poderiam sentir.
" - Como eu vou aceitar q...
É vinganca que estou buscando, ou alguém para me vingar? Estou preso no meu próprio paradoxo e não consigo me libertar. ...............................................
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Dois meses depois e Katsuki estava levando Izuku para as consultas periódicas ao médico para checar a gestação. O casal se falava um pouco mais, mas ainda estavam distantes um do outro. Izuku estava grávido e precisava da atenção de seu alfa para cuidar dele e do bebê que estava sendo gerado em seu forninho.
As coisas andavam as mesmas e o esverdeado continuava sem esperanças. A dor da perda de Kai ainda era muito grande e pulsava dentro de si.
O casal já estava há meses separado um do outro fisicamente e Katsuki não se lembrava a última vez que beijou os lábios do marido. Por isso, era natural que ambos estivessem sedentos um pelo outro em um dado momento:
Katsuki havia terminado de se desfazer dentro de Izuku, enquanto o ômega havia gozado ha poucos segundos. O alfa saiu de cima do marido, apenas para deitar ao lado dele, ambos ainda ofegantes com o que tinham acabado de fazer.
Izuku se levantou apenas para vestir uma roupa e voltou para a cama. Katsuki estava prestes a dormir, quando escutou o esverdeado dizer:
– Você... salva tantas pessoas todos os dias e... não salvou o próprio filho... – Ele disse com a voz chorosa. Izuku estava sentado de costas para o marido e observava a janela aberta. Parecia que aquele pensamento estava guardado há muito tempo e só naquele momento ele conseguiu dizer.
Katsuki não iria conseguir dormir com aquela acusação e por isso se sentou na cama. Ele já sabia que Izuku o culpava de não salvar Kai, mas escutar era diferente e muito mais doloroso.
– Sinto muito... – Foi a única coisa que ele conseguiu dizer e escutou um murmúrio debochado de Izuku.
– Sente? Sentir muito não muda nada... – Ele respondeu com a voz amarga, mostrando o quão irritado ele estava com Katsuki. – E-Eu nem sei qual o objetivo de se tornar herói, se você não consegue salvar a própria família!
E deu no que deu, Izuku explodiu. Katsuki estava odiando o rumo daquela conversa e só queria dormir.
– Você acha que eu não me culpo? Quando eu cheguei lá, Kai já estava morto! – Katsuki gritou de volta e Izuku se levantou da cama.
– Você só tinha uma função que era salvar seu filho acima de todos e não conseguiu! – Ele gritava irado. – Como você consegue se levantar todo dia de manhã e ir salvar o mundo depois do que aconteceu?!
– Porque diferente de você, eu sei que a vida precisa continuar! – Gritou, fazendo os olhos de Izuku se arregalarem em lágrimas.
– C-Como você ousa...? – Ele perguntou quebrado. Tentou sair às pressas do quarto, pois não queria continuar aquela conversa, mas Katsuki o segurou.
