6. Capítulo

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𝜗𝜚Notas:

Bom dia/Boa noite, eu ainda não morri, ainda.

Eu preciso parar de ouvir as vozes da minha cabeça e começar a ouvir minha psicóloga, tô começando a alucinar coisas.

Esse capítulo vai ser longo pra compensar a minha preguiça essa semana (isso foi a contra gosto meu)
Só reforçando que o kageyama dessa fic é carente com quem gosta, antes de jogarem gasolina e depois fósforo em mim

Boa leitura 💕

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🍊Hinata Shoyo



















































Chuva.

É a única coisa da qual eu escuto antes de despertar. Acordo aos fortes barulhos de raios trovejando no céu. Me inclino um pouco para cima, ainda grogue de sono, coloco minhas mãos contra meus olhos e esfrego em movimentos circulares para acordar de vez.

Me levanto da minha cama e a primeira coisa que avisto é a janela aberta, já que a mesma fica ao lado da minha cama.

O vento dança pelo ambiente, fazendo meus fios voarem na mesma intensidade do ar, então apenas aproveito a sensação do frescor me atingindo.

Apoio meus braços no suporte da janela, cruzando as pernas. Apenas fecho meus olhos, cedendo a calmaria e paz que o clima me leva. A brisa de vento forte beijava meu corpo do jeito que eu tanto desejava que Kageyama fizesse.
Ah... Kageyama, tem tantas coisas impossíveis acontecendo no mundo agora, e nenhuma delas e nós dois juntos.
Você será meu eterno amor improvável.

As gotas de água fluem pelas pontas das folhas de cada árvore lá fora, uma bela vista de se olhar.
Cada gota de água que escorria como um rio de sangue,
por todo aquele céu nublado, e o mais incrível é que todas elas pareciam aclamar em harmonia "Eu te amo".

Talvez seja meio cedo para estar assim.
Mas particularmente, acho que cada segundo da minha vida poderia ser dedicado a ele sem problema nenhum.

Mas se isso é impossível, por que ele falou que me amava?
Ainda acho que são apenas as vozes da minha cabeça me iludindo. Mas eu ouvi aquilo em um alto e bom som. Eu não estava enlouquecendo, não. Não ainda.

Por que você gostaria de mim Tobio?
Eu sou apenas mais uma das tuas memórias insignificantes.
Algo sem importância. Descartável.

Eu não tenho nada de interessante.

Mas eu quero me enganar com a possibilidade de haver um sim no meio dessa história de amor desconexa.

Há várias formas de coragem, amar é uma delas, e esperar reciprocidade é outra.

Ter esperança é uma droga alucinógena. E saber disso é deprimente.

Quero ser aquele teu capítulo favorito, e não aquele livro antigo que você, por tanto temer o final, acabou por desistir de ler. Quero ser aquele filme de conforto, que sempre que vê novamente, dá pequenos sorrisos frouxos.
Quero ser aquela música que você tanto gosta de ouvir, aquela que você pode escutar quantas vezes for, mas nunca vai parar de gostar.
Aquele dia chuvoso e acolhedor que te acata em um forte conforto sem motivos.

Doença • [Kagehina]Onde histórias criam vida. Descubra agora