Não demorou para que, na madrugada, da janela do trem, eu avistasse minha vila. Algo estava terrivelmente errado. O trem estremeceu violentamente, as pessoas se seguraram com susto e força. O que acontecia?
Cheguei a apenas uma conclusão. Levantei-me e fui até a cabine do maquinista. Abri a porta, chegando até ele.
Shinki-Pare o trem agora!
Maquinista-S-Senhor Kazekage! O que acontece?!
Shinki-É um ataque! Dê um jeito e leve os cidadãos de volta à konoha! Abra a porta, eu e meu pai vamos sair!
Ele assentiu. Voltei, e meu pai já estava na porta. Assim que ele abriu, logo saímos do trem. Usamos nossa areia para nos levitar e chegar à vila rapidamente. A primeira coisa que vi de cima da fronteira foi algo estranho e colossal: um Susanoo negro e imponente. Só uma pessoa veio à minha mente: minha mulher.
Havia vários ninjas da vila lutando contra inúmeros inimigos, enquanto, lá na frente, um homem com uma forma física monstruosa lutava contra Ikari. Os ataques de Ikari faziam tudo ao redor tremer, causavam uma pressão intensa no ar. Aquela luta estava acirrada, mas chegaria a hora de eu entrar nela.
Ikari parou de lutar quando o ninja foi jogado extremamente longe. Ela parecia exausta, desfez seu Susanoo e logo senti que ela iria cair.
Aproximei-me dela, abaixando-me no chão, permitindo que ela caísse em meus braços.
Ikari-Shinki.. -ofega.
Shinki-Por que você não mandou mensagem?- Olhei para os inimigos ao redor.
Ikari-Porque eu não queria incomodar.
Shinki-Você está bem?
Ikari-Só estou cansada...
Shinki-O que ele quer?
Ikari-Eu.
Shinki-Como é?
Ikari-Ele se declarou e veio me buscar para que eu fosse com ele.
Shinki-Ele tá achando que tá na Disney? Vou mostrar o Mickey pra ele!
Meu sangue ferveu. Ela é minha! Eu não vou admitir nenhum desgraçado querendo-a e olhando-a com outros olhos.
O cenário ao meu redor era um caos de poeira e sangue. Os gritos e o som de lâminas se chocando enchiam o ar, enquanto eu encarava o inimigo de cabelos loiros. Ele se transformava diante dos meus olhos, seu corpo assumindo uma forma monstruosa, músculos avultados e garras afiadas. Eu não podia me dar ao luxo de hesitar.
A areia de ferro ao meu redor dançava, criando uma tempestade ao meu comando. Lancei projéteis em sua direção, cada um carregando a intenção de derrubar aquela criatura. Mas ele desviava com agilidade, avançando com uma ferocidade que exigia toda a minha concentração.
Enquanto lutávamos, vi de relance os ninjas da vila caídos, feridos, e a equipe médica sobrecarregada. O estado deles era crítico, e os recursos limitados não eram suficientes para reverter a situação. Ikari, ao meu lado, tinha os olhos fixos no campo de batalha, e eu podia sentir a preocupação em seu olhar.
Ela agiu rapidamente, sentou-se no chão, Keiko e Nayko ficaram em volta dela a protegendo, Ikari mordeu o polegar.. Ela faria um jutsu de invocação? Uma lesma gigante apareceu, e sob o comando de Ikari logo começou a se dividir, espalhando suas pequenas cópias pelo campo para curar os feridos e até mesmo trazendo de volta aqueles que haviam sucumbido. A determinação dela era inspiradora.
Minha força estava sendo drenada rapidamente. O inimigo tinha uma técnica que acelerava meu cansaço, tornando cada movimento mais pesado, cada ataque mais lento. Mesmo assim, continuei, sabendo que não podia parar.
Então, ele desapareceu, repentinamente escutei o som de uma explosão e o inimigo se aproximou de Ikari, agarrando-a brutalmente. Agarrou ela pelo cabelo, colocou uma espada no pescoço dela, a mesma parecia sentir dor por estar sendo segurada com brutalidade. Ela continuava a curar todos, ignorando a dor e a ameaça imediata.
Invasor-Já tenho quem eu queria, agora eu posso ir embora!- ele declarou, uma espada pressionando o pescoço dela.
Shinki-Tira a pata de cima dela, cachorro!- Eu avancei, mas ele a segurou mais forte.
Ela se debatia, mas sua força era insuficiente naquele momento. Meu sangue ferveu. Eu não podia perder a pessoa mais importante da minha vida. Em um surto de fúria e desespero, a areia de ferro me ergueu, e o solo tremeu sob minha ira. Pilares de ferro colossais emergiram do chão, atordoando o inimigo.
Com velocidade avassaladora, disparei contra ele, arrancando Ikari de suas garras e arremessando-o para longe. Segurei-a como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, e ela, ainda com os olhos fechados, continuava seu trabalho incansável de cura.
Quando a coloquei no chão, uma marca negra se espalhou pelo seu corpo, irradiando poder. Ela abriu os olhos, e eu sabia que palavras eram desnecessárias. A confiança dela em mim era absoluta.
Apesar do desgaste, ajoelhei-me, sentindo o peso do poder que havia liberado de uma vez. Ikari veio até mim, suas mãos nos meus ombros, e a marca negra se transferiu para mim me curando instantaneamente. Seu Susanoo colossal nos envolveu, e com minha areia de ferro, reforcei a armadura ao redor dele.
O inimigo voltou, uma monstruosidade de tigre, lobo e humano, olhando para Ikari com obsessão. Ela dividiu seu Susanoo, controlando dois ao mesmo tempo, enquanto seu chakra curativo ainda fluía, uma demonstração de poder inimaginável.
Ela continuava em pé mesmo em circunstâncias absurdas, ela curava à todos controlando seu chakra e o espalhando pelas lesmas para os feridos, controlava seus ataques e sua força, além de controlar dois Susanoos, seu mangekyou e as marcas que estavam no meu corpo e no dela, a mesma ainda tinha a capacidade de se manter de pé, lutando, e protegendo a vila com tudo o que tinha, aquilo exigia muito chakra e um controle absurdo sobre ele, eu só tive a maior certeza: Minha esposa é incrível!
Nossos golpes se uniram como se fossem feitos para serem Unidos dessa forma. Estávamos unidos, prontos para proteger nossa vila a qualquer custo. Esta era nossa terra, nosso povo, e não permitiríamos que nada os ameaçasse enquanto estivéssemos liderando.
