Vendetta - Jegulus FIc

Capítulo 5: O Intruso

"Seu monstro de merda-"

Antes que James pudesse processar completamente a situação, ele se viu avançando com os punhos erguidos. Abandonando qualquer senso de autopreservação, ele queria fazer Regulus Black pagar. Ele queria fazê-lo pagar por levar Peter, por abolir sua privacidade, por todas as vidas que ele tirou e pela audácia absoluta que ele teve. Sua investida em direção a Regulus foi desacelerada pelo toque gentil de uma mão em seu ombro. A suavidade e afeição do gesto o pegaram de surpresa, o trouxe de volta da adrenalina alta que o estava incitando a lutar. Ele se acalmou e inclinou a cabeça cuidadosamente para confirmar que era real; era a mão sem luvas de um assassino que o tocou tão gentilmente. Os olhos de Regulus Black o perfuraram. Havia algo tão intenso, tão violador, tão inescapável na maneira como ele olhava para James.

"Respire," Apesar do perigo, a intenção por trás de suas palavras era genuína. "Não tenha medo. Eu só quero conversar."

Ele avaliou suas circunstâncias; elas eram infelizes, para dizer o mínimo. Não havia como ele escapar fisicamente. O brilho prateado de lâminas afiadas saía do cinto enrolado na cintura de Regulus Black. Ele era significativamente menor que James, mas no segundo em que o outro homem agarrasse uma faca, seria o fim dele.

Seu quarto ainda estava enevoado com a escuridão, a única fonte de luz estava vazando através das persianas dos postes de luz. Ele não tinha feito nenhum movimento brusco, ele permaneceu empoleirado no final da cama de James. Ele estava vestido todo de preto, da cabeça aos pés. A maneira como ele se agarrava ao seu corpo era completamente pecaminosa. Fios de cabelo preto se enrolavam ligeiramente abaixo de suas orelhas, James queria enrolá-los em seus dedos e puxá-los implacavelmente, brutalmente, eternamente.

James podia ficar, ouvir e rezar para que o homem violento diante dele fosse honesto em sua revelação de que ele só queria conversar. A ideia lhe causou um arrepio na espinha, Deus sabe o que aconteceria com ele se ele não tentasse pelo menos sair. Então ocorreu a ele, exatamente o que poderia salvá-lo.

"McKinnon!"

Ele gritou, sua garganta queimando pelo esforço. Regulus olhou para ele mais uma vez, nada impressionado e nada afetado.

"Ela deve estar preocupada."

Regulus levantou-se de onde estava sentado empoleirado na ponta da cama e foi até a lâmpada situada no canto do quarto de James. Com um puxão de corda, a luz da lâmpada iluminou o quarto com um amarelo quente. James olhou descaradamente para o intruso. Suas maçãs do rosto pontiagudas eram profundas o suficiente para se afogar. Ele se esgueirou como um gato, ágil e astuto em cada decisão e movimento executados. Isso fez James girar em espiral. Pelo menos seria um belo fim para uma vida medíocre.

Não, ele não podia pensar dessa forma. Peter estava em jogo. O honesto, amoroso e bem-humorado Peter Pettigrew - seu amigo mais próximo que merecia sobreviver.

"O que você quer?"

Ele cuspiu violentamente, mas Regulus apenas cantarolou em contemplação antes de proferir uma palavra singular com um sorriso nauseante.

"Você."

As implicações não passaram despercebidas para James. Deus, isso poderia significar tantas coisas, mas o tempo não poderia ser perdido ruminando. Ele se sentou corretamente para refocar seus esforços.

"Onde está Peter?"

"Seguro."

A maneira como ele respondeu foi desdenhosa, fez James ferver. Como Peter poderia estar seguro? Se ele estivesse seguro, então ele estaria em casa. Ele esperou por uma explicação, mas sabia no fundo que nunca receberia uma. Em vez disso, Regulus Black casualmente se recostou na parede do quarto, presunçoso e mortal. Ele sacou uma faca do cinto, era fina e curva e tinha uma semelhança impressionante com uma lua crescente. Os batimentos cardíacos de James aceleraram, o sangue correu para sua cabeça. Seu corpo gritava e doía para que ele desse o fora. Era isso. Este era o fim.