ALERTA GATILHO: O início desse capítulo contém descrições de extrema violência, incluindo assassinato, perseguição e menção à corrupção.
Caso sejam assuntos delicados para você, peço que pule o princípio do capítulo. Caso ainda assim, sinta-se incomodado, peço que pare a leitura, esse conteúdo não é pra você.
Tenho fics mais leves no perfil.
A Narração, que é feita em primeira pessoa, pelo ponto de vista do assassino, se encerra com os emojis 🔪🔪.
FIQUEM A SALVO e aproveitem a leitura.
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01/08/2023- J
Já haviam três dias que eu o observava.
Caso eu diga, aqui, que ele era meu objetivo inicial quando eu o avistei no salão do bar aquela noite, eu estaria mentindo.
E bom, eu não minto. A não ser que seja extremamente necessário.
Talvez eu omita sim, em algumas situações. Mas não teria nessidade de eu mentir pra vocês, certo?
Afinal, vocês são meus confidentes, cúmplices da minha jornada.
Mas quando eu o vi, ali, sentado relaxado conversando com uma garota indígena, ele me chamou a atenção.
Sim, ele estava em minha lista. Sim, ele acabaria pagando pelos seus erros em algum momento.
Mas justamente por conhecê-lo, que aquela cena me chamou a atenção.
Ele não era casado com a psiquiatra da cidade? O que fazia, agora, acariciando os cabelos negros e lisos da menina?
E não foi somente por isso que eu fui atrás dele.
Até porque, vejam bem, meus amigos; eu não sou um moralista.
Não sei quais são os métodos de relacionamento entre ele e a esposa, e também não desejei me aprofundar nisso em minhas pesquisas.
Mas se tem algo que eu não gosto, é do falso moralismo.
Odeio hipocrisia.
Então, se uma pessoa coloca em suas redes sociais, amplamente, que faz parte da ala "Deus, Pátria e familia" e que preza a "moral e os bons costumes", me sinto um pouco no direito de sentir um certo asco desse ser.
E além disso, ele parecia ser um paspalho. Bobo demais. Tão bobo, que não me notou quando segui seu carro, até próximo da aldeia.
Por três noites seguidas.
Após sair do mesmo bar, encontrando com a mesma garota.
Tão paspalho, que não notou quando, no caminho de volta, assim que ele desceu do carro para se aliviar, no meio da floresta, eu estava atrás dele.
Burro, ingênuo. Quem desce do carro pra mijar no meio de uma mata?
Talvez alguém que se ache acima de qualquer suspeita. Talvez, alguém que ache estar acima da lei e soubesse que o crime local não o atingiria.
Talvez.
Mas eu não sou o crime local, não sou esses capangas chifrins que matam por dinheiro, a mando de engravatados que ficam atrás da mesa.
Eu sou a justiça.
E não será hoje, meus amigos, que vocês entenderão minhas motivações. Talvez um dia eu conte, mas não hoje.
Talvez eu não conte também.
Ou talvez, você só descubra quando chegar sua vez.
O fato, é que me aproximei dele, encostando-me em uma árvore próxima, aguardando-o finalizar o que quer que fizesse, enquanto eu observava se a lâmina do punhal estava afiada o suficiente.
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Jigsaw Killings| Kelmiro
FanfictionA pacata cidade de Nova Primavera vê sua rotina mudar quando uma série de assassinatos incomuns começam a acontecer na cidade. Semana após semana, várias pessoas conhecidas pela população começam a aparecerem mortas, tendo somente três coisas em co...