apaixonados?

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Ansiedade estava com admiração enquanto as emoções se espalhavam para fazer suas tarefas naquela manhã, estava ensinando a pequena como era a organização daquele lugar.

— A gente deveria começar arrumando seus brinquedos — disse ao olhar a bagunça que estava naquela sala. — sabe quantas pessoas moram nesse lugar? Um monte! E precisamos fazer a nossa parte

Admiração estava colocando os brinquedos no baú enquanto concordava com a mãe.

— mas o'que é isso!? — perguntou indignada ao vê as memórias espelhadas por todos os lugares possíveis.

— você vai ter que falar com o titio raiva

Raiva estava jogando as memórias pelos ares, enquanto saia fogo pela sua cabeça após vários gritos furiosos. Após se acalmar, ele recolheu algumas memórias que estavam no chão e passou por admiração, os dois fizeram o famoso comprimento de “toca aqui”

— você é perfeita — disse ansiedade após ajudar a pequena a organizar os brinquedos.

Raiva estava carregando um monte de memórias nos braços, até que todas caíram e isso lhe deixou furioso.

— Raiva, o que tá fazendo? — alegria perguntou curiosa.

— ham, tava redecorando a sala

— Ah, tá bonita

— pois é, não acha que tem muitos tons de roxo nesse piso?

— Não, pra mim tá ótimo

— certo, pode ir agora

— quer ajuda? — perguntou ao vê que ele estava com dificuldade em segurar todas aquelas memórias.

— Não

— quer ajuda?

— Não

— mesmo?

O avermelhado ia responder após segurar todas as esferas, mas todas caíram no chão novamente.

— Então, quer ajuda? — alegria o olhou.

— tanto faz! Me ajuda antes que eu mude de idéia

Os dois se sentaram no chão para recolher as memórias, faltou apenas uma, eles não perceberam que iam pegar a mesma memória, suas mãos se tocaram e eles coraram. Ficaram olhando um pro outro em silêncio.

Rapidamente se levantaram e colocaram as memórias no lugar.

— então, é isso — disse alegria enquanto coçava a própria nuca.

— É, valeu por.. é, você sabe.. — raiva disse envergonhado.

— É, de nada — alegria se afastou rapidamente, indo para a mesa de controles.

Ansiedade estava anotando algumas coisas na prancheta já que finalmente terminou de ajudar a filha com os brinquedos.

— admite, você gosta dele — disse ansiedade, sem tirar os olhos da prancheta.

— o'que!?

— Raiva, eu vi como você olhou pra ele

— Eu não gosto! — respondeu corada. — quer dizer, não dessa forma, ele é só meu amigo

— o medo também era só um amigo e agora somos casados e temos uma filha

— você não devia tá trabalhando agora laranjinha, como tá o tornozelo?

— Eu tô melhorando.. Ei! Não muda de assunto

— vamos focar no trabalho pessoal! A gente fala sobre isso mais tarde — alegria sussurrou a última frase para a alaranjada que concordou.

— A Riley tem prova hoje e vamos vê oque lembramos da semana passada — alegria digitou nos botões da mesa.

Medo colocou todas as memórias com conteúdo da prova por cima da mesa.

— você tem que fazer repouso — disse para a ansiedade.

— Mas eu tô bem! Não consigo ficar em repouso

— deixa a aleijada trabalhar — disse raiva.

Ansiedade o encarou de cima a baixo.

— pelo menos a aleijada consegue carregar memórias de uma vez só! Sem derrubar no chão — respondeu. — e eu não pareço um pimentão vermelho que pega fogo!

— OLHA AQUI! VAI SE FUDER — Nojinho correu por trás de raiva dando um murro em sua cabeça.

— TEM CRIANÇA AQUI! CONTROLA SUA BOCA IDIOTA

— ELA QUE COMEÇOU

— JA CHEGA! RAIVA, VOCÊ DEVIA DEIXAR DE SER UM OGRO SEU GROSSO! — alegria gritou. — VAI PRA PONTE QUE PARTIU!

Raiva deu um sorrisinho com a última frase da amarelada mas logo ficou sério.

— VAI TODO MUNDO PRA MERDA!

— QUEM VAI PRA MERDA É VOCÊ! É BOM VOCÊ RESPEITAR MINHA MULHER — medo gritou socando a mesa.

— Calma benzinho, NÃO SE MISTURE COM ESSA GENTALHA! —gritou ansiedade.

— GENTALHA! GENTALHA! — o roxeado empurrou raiva.

[...]

Após aquela confusão, o ambiente estava calmo, alegria separou tarefas para cada emoção para que ninguém ficasse desocupado já que Riley estava tentando fazer a prova mas estava muito ansiosa já que ansiedade estava a controlando enquanto deitava em sua poltrona.

— Ansiedade, que tal pegar um pouco mais leve? — alegria sugeriu.

— acha que eu tô pegando muito pesado? — perguntou enquanto digitava rapidamente nos botões do celular.

— Sim, talvez você esteja nervosa com essa prova e isso tá deixando ela nervosa também

— tem razão, desse jeito ela vai acabar esquecendo de tudo!

— que tal você relaxar um pouquinho? Assim ela vai relaxar também e vai se lembrar de tudo oque estudou, talvez não de tudo mas provavelmente a metade! — colocou a xícara nas mãos de ansiedade e voltou para a mesa.

— boa ideia, obrigado alegria

— por nada — disse ao se sentar na cadeira giratória.

Raiva estava segurando um jornal, não estava lendo, estava disfarçando para admirar alegria.

— se você gosta dela então confesse seus sentimentos — medo sussurrou enquanto organizava as memórias.

— é tão óbvio assim?

— puff! Tá mais do que na cara

— ah é?

— é

— ENTÃO VAI CUIDAR DA SUA VIDA! — gritou assustando o roxeado que correu para os braços de sua amada.

— calma, oque foi? — perguntou confusa.

— eu tentei ajudar o raiva e esse idiota gritou comigo!

— talvez ele não queira ajuda, ele é um ogro terrível!

— mas se ele ama a alegria, então devia confessar os sentimentos por ela e chama-la pra sair!

— benzinho, nem todas as pessoas apaixonadas são assim, algumas são mais tímidas mesmo parecendo ogras, talvez ele esteja pensando em como fazer isso

— até ele pensar ja vai ter perdido ela — disse sério.

— vamos vê oque vai acontecer daqui pra frente, que tal uma aposta?

— se ele perder ela você vai fazer oque eu quiser!

— fechado! E se você perder, vai me dá oque eu quiser

— vai depender do que você quer

— vai saber depois — sorriu malicioso ao apertar sua mão, após concordarem com a aposta.

romance na cabine de controles TEMPORADA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora