A Proposta do Chefe | Vondy

Capítulo 26

Voltei galera! Ainda não sei com que frequência vou postar, mas não quero abandonar novamente. Estou sumida por vários motivos que já havia comentado. E agora, estou organizando o meu casamento! Então imaginem a loucura que está por aqui! 😱🥹❤️

Vamos de capítulo novo?
Espero que ainda gostem dessa história 🤧🤧

Depois de muito pensar, acabei optando por um look mais casual e confortável. Sei que, depois daquele momento louco que passamos na sala dele, tudo indica que o clima vai esquentar esta noite. Mas não quero ir parecendo que estou esperando uma noite de amor ou algo do tipo; apenas escolhi um look confortável, pois não sei que tipo de conversa ele terá comigo hoje.

Para minha sorte, ele também estava muito à vontade. Assim que entrei no carro, percebi que ele havia tomado banho recentemente, e seu perfume refrescante dominava todo o espaço interno do carro.

Não sei explicar, mas eu me sentia completamente aflita. Por mais que ele estivesse tranquilo no momento em que me convidou, algo dentro de mim dizia que uma conversa importante estava por vir.

Chegamos ao seu apartamento, a mesa já estava posta, e ele havia me dito que a cozinheira preparou o jantar. Ali estávamos nós, sozinhos, prontos para jantar.

(...)

— A aparência está ótima, confesso que me abre o apetite — digo, olhando para o prato.

— Minha funcionária preparou tudo, tenho certeza de que está divino — ele comentou.

— Imagino que está incrível.

Começamos a comer, e realmente a escolha daquela receita de lasanha foi, sem dúvida, a melhor opção. Não só eu, mas o bebê também aprovou; comi até minha barriga estufar, literalmente.

Sentamos no sofá para conversar enquanto aquela montanha de comida fazia digestão. Depois de longos 40 minutos de conversa fiada, criei coragem para perguntar. Sabia que era agora ou nunca, e que ele tinha algo a me dizer.

— Você não me convidou aqui só para conversar. Já sei que temos algo importante a tratar — digo.

— Sim, não fiz questão de disfarçar. Tenho realmente um assunto sério para falar com você, Dulce.

— Devo me preocupar? — perguntei.

— Não precisa se preocupar, só preciso que confie em mim, está bem? — ele disse, me olhando fixamente.

— Assim, vou começar a ficar com medo. Diga logo, por favor.

— Bom, estive pensando, diante de toda a situação em que a empresa se encontra e diante de todas as atitudes do meu irmão, eu não poderia esperar muito tempo. Você sabe qual é o argumento: quem se casar primeiro herdará a presidência. Já havíamos conversado sobre isso, e você concordou em falarmos sobre casamento em um futuro mais distante, mas, diante das circunstâncias, queria que soubesse que não temos muita opção.

— Sei... — concordo.

— E considerando sua situação, estando grávida e necessitando de tratamentos especiais para o bebê, creio que precisamos nos casar. Sei que você não queria que fosse assim, mas conversei com meus pais hoje, e Roberto está disposto a se casar o mais rápido possível. Ele fez uma série de perguntas a alguns funcionários da empresa, quer a todo custo ter certeza se nós temos ou não um relacionamento. É claro que ele não se contentou com o que dissemos e...

— E você quer que nos casemos antes dele? Posso ao menos saber quando?

— Pesquisei e precisamos de pelo menos 30 dias para providenciar tudo. É o tempo mínimo para marcar um casamento. Quero que saiba que precisamos fazer isso depressa. Recebi uma ligação muito importante sobre a investigação, e até onde sei, agora eles estão com um esquema muito pesado de divisão de dinheiro. E, se isso se concretizar, há uma grande chance de a Sek falir — ele fez uma pausa dramática ao finalizar a frase.

— Isso tudo parece tão súbito... — murmurei, tentando processar o que ele havia acabado de dizer. Meu coração disparou, não tanto pela urgência do casamento, mas pela seriedade do assunto. Se a empresa falir, como vou conseguir outro emprego estando grávida?! A situação era séria, eu sabia, mas a ideia de me casar por conveniência, mesmo que com alguém em quem eu estava aprendendo a confiar, era difícil de aceitar.

Ele continuou, como se já tivesse ensaiado tudo o que queria dizer.

— Eu sei que é muita coisa para absorver de uma vez, mas a verdade é que não temos muito tempo. Eu não quero te pressionar, mas as coisas estão saindo do controle. Se o Roberto se casar antes, ele vai assumir a presidência e, conhecendo o meu irmão, isso não será bom para ninguém, muito menos para a empresa. Ele vai destruir tudo o que nosso pai construiu.

Respirei fundo, tentando encontrar alguma clareza no meio de tudo isso. Havia tantas emoções se debatendo dentro de mim: medo, incerteza, uma pitada de raiva por ser colocada nessa posição, mas também uma estranha sensação de alívio. Eu estava grávida, vulnerável, e a ideia de ter alguém ao meu lado, mesmo que por razões práticas, não parecia tão terrível assim.

— Você está certo sobre uma coisa — disse finalmente, minha voz mais firme do que eu esperava. — Não temos muito tempo. Mas preciso de uma coisa antes de concordar com isso.

— O que você precisar, eu vou te dar — ele respondeu imediatamente, seu olhar fixo no meu, esperando minha condição.

— Eu preciso saber que, independentemente do que acontecer com a empresa, você estará ao meu lado. Que isso não será apenas um acordo, mas que, de alguma forma, vamos tentar fazer isso funcionar. Não quero me casar apenas por obrigação; quero que isso signifique algo mais. Não precisa ser amor, mas tem que haver respeito, parceria e, acima de tudo, honestidade.

— Mas, claro. Você sabe como me sinto em relação a você. Não duvide disso. Eu sei que, na prática, um relacionamento não começaria assim, com um casamento logo de cara. Mas, nesse caso, estamos fazendo uma parceria também. — Eu prometo. Vamos fazer isso funcionar, por nós e pelo bebê. Eu não quero que você se sinta sozinha nessa. Podemos começar assim, por necessidade, mas eu juro que vou fazer o possível para que você se sinta segura e respeitada ao meu lado.

O peso da decisão ainda estava lá, mas sua promessa, mesmo que apenas palavras por enquanto, trouxe um pouco de paz ao meu coração. Eu sabia que o caminho à frente não seria fácil, mas pelo menos agora eu sentia que não estava completamente sozinha.

— Então... vamos fazer isso — finalmente concordei, sentindo a enormidade da decisão pairando sobre nós. — Vamos nos casar — sorri de leve.

— Obrigado! — De maneira rápida, ele me beijou; era um beijo de alívio, gratidão e sentimento. Senti o peso da sua preocupação sair dos seus lábios para os meus.

E assim, naquele momento, com um acordo selado por palavras e promessas, começava uma nova fase das nossas vidas. Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas estava pronta para enfrentar o que viesse, de mãos dadas com ele.