ᴀ ᴄᴜʀᴀ

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A noite envolvia o acampamento do Braço Direito em um manto de silêncio inquietante, interrompido apenas pelos estalidos ocasionais da fogueira. Dentro de uma das barracas, a atmosfera era tensa. Kate, Thomas, Teresa e Brenda estavam reunidos, e a situação era crítica.

Brenda estava deitada em uma das camas improvisadas, o rosto pálido e coberto de suor, resultado de uma mordida de Crank. Seu estado piorava a cada minuto. Mary, a doutora do grupo, estava concentrada, seus olhos brilhando de determinação sob a luz fraca da lanterna.

Thomas, ao lado da cama, segurava a mão de Brenda, tentando transmitir conforto, embora a preocupação estivesse estampada em seu rosto. Teresa, ao lado de Kate, ajudava a preparar os instrumentos médicos.

Mary, com movimentos precisos, prendeu um torniquete no braço de Thomas, preparando-se para coletar seu sangue.

–Isso vai funcionar, doutora? - perguntou Teresa, a voz um misto de esperança e desespero.

Mary não desviou o olhar da seringa que segurava.
– Vai funcionar - respondeu ela, a voz firme, mas com uma nota de vulnerabilidade. – O sangue de Thomas é a chave para a cura. Se conseguirmos sintetizar o soro a tempo, podemos salvar Brenda.

Thomas, sentindo a pressão do momento, olhou para Brenda, que agora gemia suavemente em seu sono febril.
– Faça o que for necessário - disse ele, estendendo o braço.

Com uma precisão clínica, a médica inseriu a agulha na veia de Thomas, o sangue escuro preenchendo rapidamente a seringa.
–Teresa, segure isso - disse Mary, passando a seringa cheia para ela. Teresa, com cuidado, colocou a seringa sobre
a mesa ao lado de diversos frascos
e instrumentos médicos.

Mary começou a misturar o sangue com outros compostos, seus olhos focados no trabalho à sua frente. O tempo parecia se arrastar enquanto ela trabalhava, cada segundo marcado pela respiração ofegante de Brenda.

Finalmente, ela levantou um pequeno frasco contendo o soro recém-preparado. – É agora ou nunca - murmurou, se aproximando de Brenda com a seringa.

Com cuidado, ela injetou o soro na veia de Brenda, observando ansiosamente por qualquer sinal de melhora. Os momentos seguintes foram eternos. Teresa e Thomas seguraram a respiração, esperando que o tratamento funcionasse.

Lentamente, a respiração de Brenda começou a estabilizar, e a cor retornava gradualmente ao seu rosto. Thomas soltou um suspiro de alívio, e Teresa abraçou Kate, lágrimas de felicidade nos olhos.

– Conseguimos - disse Kate, exausta, mas sorrindo.

– Brenda vai ficar bem.

A tensão na barraca se dissipou, substituída por uma onda de alívio e esperança. Naquele momento, o acampamento do Braço Direito sentiu um vislumbre de vitória contra a ameaça dos Cranks.

Brenda agora descansava calmamente na maca e todos ali haviam relaxado, Jorge por outro lado, estava do lado de fora da barraca apreensivo, mas se recusava ver o processo.

– Você trabalhou para o CRUEL? - disse Thomas se escorando na cadeira.

ela concorda com a cabeça.
– Há muito tempo, mas tínhamos as melhores intenções. - ela fecha os fracos usados – Achar uma cura para o vírus era prioridade.

Thomas lança um olhar para Teresa que estava muito interessada na conversa.

– Era óbvio que as crianças eram a chave, elas eram imunes - Ela continua – Com o tempo, achamos a resposta. Um enzima produzido no celebro dos imunes, depois de separado, serve como um agente que atrasa a propagação do vírus temporariamente.

– Então a Brenda não está cem por cento curada? - Kate pergunta.

– Não, ela tem alguns meses, irá sempre precisar do sangue de Thomas.

– O problema de achar uma cura, foi que descobrimos que não se pode criar essa enzima, apenas coletar dos jovens. - ela se aproxima de Thomas – e é claro que isso não impediu o CRUEL, se fosse por eles, teriam dizimado uma geração inteira.

– Agora, vamos lá para fora, deixem ela descansar - a doutora pede e todos saem, apenas Jorge ao ver todos saindo, entra.

A brisa da noite soprava suavemente quando Kate, Thomas e Teresa, saíram da barraca. A tensão dos momentos anteriores ainda pairava no ar, mas a melhora de Brenda trouxe um alívio palpável. Eles se dirigiram para um morro de pedras que se erguia ao lado do acampamento, onde podiam ver Minho, Newt e Caçarola sentados, olhando o horizonte escuro.

Minho, de pé, avistou o grupo se aproximando e acenou.
– Ei, como ela está? - perguntou, a preocupação evidente em sua voz.

– Melhor - respondeu Thomas, com um sorriso cansado.
– Mary conseguiu fazer a cura a tempo.

Newt, sentado sobre uma pedra, soltou um suspiro de alívio.
– Graças a Deus. - murmurou. 
– Já passamos por tanta coisa... não podíamos perder mais ninguém.

Caçarola, com um olhar pensativo, assentiu silenciosamente, mexendo em algumas pedras aos seus pés.

Kate, exausta, se aproximou de Minho. Sem dizer uma palavra, ela se apoiou nele, descansando a cabeça em seu ombro. Minho, compreendendo o peso que ela carregava, colocou um braço ao redor dela, oferecendo-lhe um conforto silencioso.

Teresa e Thomas se sentaram ao lado de Newt e Caçarola, aproveitando a rara calmaria.
– Estamos mais perto do que nunca de acabar com isso -  disse Teresa, olhando as estrelas que começaram a surgir no céu.

– O que quer dizer com isso? - Thomas pergunta, mas ela logo desconversa, arrependida do que disse.

O grupo ficou em silêncio por um momento, apreciando a presença um do outro e a tranquilidade temporária. O vento soprava gentilmente, trazendo um frescor renovador. Ali, sobre o morro de pedras, com a vastidão do mundo ao seu redor, eles encontraram um momento de paz e companheirismo, prontos para enfrentar os desafios que ainda estavam por vir.

Kate, ainda encostada em Minho, sentiu uma onda de gratidão e esperança.
– Nós vamos conseguir - murmurou para Minho.
– Enquanto estivermos juntos, nós vamos conseguir. - disse ele.

E com essa certeza, eles permaneceram ali, fortalecidos pela amizade e pela promessa de dias melhores, mesmo em meio ao caos que os cercava.



NAO SE ESQUEÇAM DE VOTAR!!!!

BEIJINHOS 💋💋

Chamas Do Coração | ᴍɪɴʜᴏ - ᴘʀᴏᴠᴀ ᴅᴇ ғᴏɢᴏ Onde histórias criam vida. Descubra agora