𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖉𝖊𝖟𝖊𝖘𝖘𝖊𝖙𝖊

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Ajeitei meus cabelos em frente ao espelho, dando uma breve analisada nas vestes que estava usando para ver se estava suave. Pela primeira vez eu vou sair do hotel para dar um rolê pela cidade, confesso que tô na mó preocupação de alguém me reconhecer por aqui. Por mais que seja bem difícil, não se pode duvidar, né pai? E querendo ou não, (s/n) precisa de roupa, sapato, esses bagulho. Não teria outra forma, tem que se arriscar! Passei um perfume suave e dei uma última olhada no espelho, me aproximando da porta do banheiro, onde dei leves batidas.

  -(S/n)? E aí, mano? Vai demorar muito?

(S/n): Kevin, isso não tá legal!

Ela abre a porta me mostrando que a roupa que separei para ela havia ficado muito larga, me fazendo rir, principalmente da carinha que ela estava fazendo.

(S/n): Isso não tem graça, palhaço! Eu tô parecendo aquelas lésbica de ensino médio.

  -Qualé, bebê. Não tá tão ruim assim, pô! Vem cá.

A puxo para fora do banheiro, a colocando de frente para o espelho.

  -Se liga! A calça moletom caiu certinho no teu corpo, olha o destaque que deu na tua bunda, tá louca? Bagulho tá foda!

A viro em frente ao espelho para que a mesma visse, fazendo uma linha imaginária com o dedo próximo a sua bunda mostrando como o tecido havia se adaptado ali.

-Já a camiseta... Calma ai. -Fico frente à frente com ela, ajeitando a camiseta dando um nózinho, deixando sua barriga à mostra.- Ai oh, ficou mó daora.

Mostrei para ela, que fez uma carinha de reprovação, me fazendo rir.

(S/n): Não gostei!

  -Isso é só falta de costume, mas cê já vai comprar umas roupas então tá suave bebê. -Pego um chinelo da Nike a entregando, vendo a mesma fazer maior carão.- Quié, carai? Tá com essa cara por quê?

(S/n): KEVIN! Vai ficar parecendo que eu vou ir surfar com essas duas pranchas nos pés!

  -Ixe fia, para de neurose, hein? -Dou uma empurrada nela em tom de brincadeira, logo a abraçando.- Vamo logo, antes que as lojas fechem, não sei como é os horários aqui.

Peguei minha bag e me retirei do quarto junto dela, me direcionando até o elevador, logo a encarando.

  -Quer arriscar?

Brinco com ela, me referindo ao que aconteceu na madrugada quando ficamos presos no elevador, vendo ela arregalar os olhos e negar com a cabeça.

(S/n): Não!! Vamos de escada.

A menor me puxa em direção à escada, me fazendo rir com sua preocupação, porém a acompanhando enquanto descia os degraus com atenção para não cair.

  -Quem tem cu tem medo, né? -Rio, vendo ela mostrar a língua.- Mas tá suave, minha vida! Aquilo só aconteceu porque você deu a maluca oh, sua louca!

(S/n): Ai, Kevin. Me atenta não, fica quietinho!

Arqueio uma das sobrancelhas com sua resposta, soltando uma risada de indignação com tamanha rebeldia. Nos retiramos do hotel, onde olhei ao redor um pouco confuso, forçando a vista por conta do sol que estava bem forte.

  -E agora? Será que o centro é muito longe? -Encaro a mesma ao meu lado, arregalando os olhos.- Será que aqui tem centro?

(S/n): Lógico que tem, palhaço!

𝕽𝖊𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙 𝕺𝖋 𝕺𝖚𝖗 𝕷𝖎𝖛𝖊𝖘Onde histórias criam vida. Descubra agora