𝕽𝖊𝖘𝖙𝖆𝖗𝖙 𝕺𝖋 𝕺𝖚𝖗 𝕷𝖎𝖛𝖊𝖘

𝕮𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖖𝖚𝖆𝖙𝖗𝖔

...

Cada vez que ficava mais próximo do bosque, sentia uma ansiedade em meu peito, como se algo bom fosse acontecer, e eu estava precisando mesmo! A cada curva que fazíamos, s/n me abraçava mais forte, estava correndo como sempre fazia quando íamos dar um giro lá no Brasil, e ela sempre adorou isso. Após dar a última curva, pude ver o bosque de longe, me aproximando do mesmo e parando em uma das vagas do estacionamento ao lado de fora. Desliguei a moto e esperei que ela descesse, fazendo o mesmo em seguida. Tiro o meu capacete e o dela, os deixando em cima da moto, voltando a atenção para a mesma.

(S/n): Aqui é o...

  -Sim, é aquele bosque que você queria vir.

Sorrio para ela, vendo a mesma fazer uma carinha empolgada. Pego em sua mão e nos aproximamos da recepção, onde o atendente perguntou meu nome, é até que eu to começando a entender o idioma daqui.

  -É Kevin Nascimento Bueno.

Falo sério para o rapaz, que começou a procurar pela minha reserva.

(S/n): Kevin... -Ela me cutuca discretamente.- Acha mesmo uma boa você ficar dando o seu nome nos lugares aqui?

A mesma me pergunta baixinho, me fazendo olhá-la meio preocupado.

  -Uma boa não é... Mas pensa comigo, (s/n)... Uma hora ou outra eu vou acabar rodando! Que pelo menos até lá a gente consiga se divertir ao invés de ficarmos trancados naquele quarto de hotel.

Tento me manter o mais calmo possível, porém é óbvio que eu tinha medo do que poderia acontecer comigo quando me encontrassem.

(S/n): Não fala assim, você não vai rodar! Eu vou fazer o possível e o impossível para que isso não aconteça!

Seu tom de voz era sério, e eu acreditava nela, sabia que ela estaria ali comigo mesmo quando o bagulho ficasse louco. Suspiro desviando o olhar para minhas mãos, logo reparando no rapaz se aproximando de nós com nossos crachás de autorização de entrada, pago o mesmo e coloco nossos crachás já sentindo mó empolgação.

  -Valeu, meu mano bigode!

Agradeço ele com um sorriso e um joinha, vendo o mesmo franzir a testa sem entender. Rio segurando na mão de s/n, caminhando pelo local olhando ao redor, e porra, Bagulho era foda memo! Segurei firme na mão de s/n enquanto caminhávamos para o meio daquelas árvores, se aproximando de uma parte bem isolada porém gostosa de ficar. Nos sentamos no banco, sentindo a brisa fresca bater em nosso rosto, dali dava pra ver uma boa parte do parque, uma vista literalmente foda!

Entre conversas indo e vindo, o pôr do sol foi se aproximando, deixando o clima ali mil vezes melhor. Sentia vontade de tentar chegar nela, mas estava maluco de vergonha, qual é... Eu nunca fui assim, com mulher nenhuma! A s/n me desconcerta todo mesmo.

(S/n): Quer me falar alguma coisa?

Ela me tira do transe, me fazendo olhá-la sem reação alguma, porra! E agora?

  -An? Que? Por que tá perguntando isso?

Franzo a testa engolindo seco, vendo ela afastar a cabeça de meu ombro e me olhar desconfiada, expondo um sorrisinho em seus lábios.

(S/n): Você tá inquieto, e eu te conheço! Se você quiser falar alguma coisa, pode falar... Desabafa.

Meus olhos foram totalmente de encontro com os dela, que esperavam ansiosos por uma explicação minha. Suspiro pesado desviando o olhar para minhas mãos, estalando meus dedos em completa tensão.