Capítulo Nove: A trilha

119 15 4
                                    

Desde a declaração e o beijo, não vi mais Jacob. Me aproximo de Anya, que estava prestes a pegar um drink.

—  Viu o Jacob por aí? — Pergunto, e ela nega.

—  Não, mas ajudo você a procurar — Ela diz, segurando meu braço, e começamos a andar pelo salão. — Então, Bella, achei que essa coisa de noivado era fachada – Ela comenta, e eu franzo o cenho enquanto subíamos as escadas da casa grande.

—  Mas é fachada — Digo, e ela sorri.

—  Não me parecia tão fachada assim com aquela declaração e o beijo — Ela diz, e ao lembrar do beijo, meu coração bate forte no peito.

Coloco na minha cabeça que era por conta do lance enorme de escadas que estávamos subindo. Assim que chegamos à cobertura, paro abruptamente ao ouvir vozes, e quando coloco a cabeça para espiar, posso ver Jacob de costas conversando com Melina.

A vaca da Melina estava inclinada para perto de Jacob, rindo de algo que ele disse. Observo, sentindo uma pontada de ciúmes se formando em meu peito quando Melina tocou o braço de Jacob de maneira sugestiva. Jacob parecia desconfortável, mas não se afastou. Sinto meu coração ser esmagado. Antes que eu pudesse me virar para sair, vejo Melina tentar agarrar Jacob, puxando-o para mais perto.

Eu estava irritada e magoada. Eu tinha direito a ter esse sentimento? Não, eu só era a noiva de mentirinha. Me viro para descer as escadas rapidamente, mas Anya me segura.

—  Calma, Bella, vamos ver o desfecho, para não nos precipitarmos — Anya diz, e eu puxo meu braço com força, sentindo as lágrimas escorrendo pelo rosto.

Saio da casa e caminho em direção à trilha que levava ao pequeno lago. A noite estava fria, mas eu não me importava. Precisava de um tempo sozinha para processar o que havia visto.

A cada passo firme que eu dava, me arrependia do Louboutin que estava nos pés, e a cada vento gélido que batia em meu corpo, me fazia repensar se deveria ter saído apenas com esse vestido fino de cetim. Continuo a andar sem rumo pela trilha, tentando lembrar e enxergar o caminho exato. A escuridão da noite não ajudava em nada, o que me deixava ainda mais frustrada.

Na cobertura, mais uma vez, sinto alguém me abraçar pelas costas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na cobertura, mais uma vez, sinto alguém me abraçar pelas costas. Sorrio com o mero pensamento de que possa ser Arabella. Quando me viro, me assusto ao encontrar Melina. Me afasto dela.

—  O que você está fazendo? — Pergunto, encarando-a.

— Vendo você aqui, relembro os velhos tempos — Diz com a voz arrastada.

Caminho tentando voltar para o salão de festa, mas Melina puxa meu braço.

—  O que você quer, Melina? – Digo firme.

—  Você — Ela diz, e eu rio.

— Não viaja Melina — Digo

Ela me acompanha e então Melina tenta me agarrar, me puxando para mais perto. Eu a afasto, segurando em seus ombros e a afastando gentilmente.

Uma noiva de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora