Capítulo Dez: Frost yourself

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Acordo no meio da madrugada, sentindo uma dor latejante pelo meu corpo. Meus olhos se ajustam à penumbra do quarto, e só então percebo uma figura adormecida aos pés da cama.

Era Arabella, sentada no chão, com a cabeça apoiada na cama e uma mão segurando a minha. Sinto um aperto no coração ao ve-la ali, naquela posição desconfortável e sem cobertas, tão vulnerável e preocupada comigo. Com muito esforço, me movo lentamente, tentando não fazer barulho.

Cada movimento meu era uma luta contra a dor, mas estava determinado a colocar Arabella na cama. Com cuidado, solto sua mão e me levanto, sentindo uma pontada aguda não só no braço machucado, mas na droga do corpo todo. Respiro fundo, tentando ignorar a dor, me inclino para pegar Arabella nos braços. Ela murmurou algo inaudível, mas não acordou.

Levanto com dificuldade, sentindo o peso dela e a dor do meu próprio corpo. Com passos lentos e cuidadosos, a coloco na cama, ajeitando os travesseiros para que ela ficasse confortável. Puxo o cobertor sobre ela, certificando-se de que estava bem aquecida. Me sento ao lado dela por um momento, observando-a dormir.

Sinto uma onda de carinho pela garota que dormia profundamente imaginando o quanto ela deve ter ficado assustada. Ela havia arriscado tanto por ele, e eu faria o mesmo por ela se precisasse, sempre.

Com um suspiro cansado, me deito ao lado dela, tomando cuidado para não a acordar. Sorrio quando sinto o corpo pequeno se aninhando com o meu e me abraçando forte, sentindo o calor reconfortante de sua pele.

Fecho os olhos, deixando o cansaço e a dor se dissiparem enquanto me permito adormecer ao lado de Arabella.

Na manhã seguinte, escuto uma batidinha na porta, murmuro um entre baixo observando se Arabella acordava e vejo minha mãe entrando no quarto silenciosamente, com um olhar preocupada

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Na manhã seguinte, escuto uma batidinha na porta, murmuro um entre baixo observando se Arabella acordava e vejo minha mãe entrando no quarto silenciosamente, com um olhar preocupada. Ao abrir a porta, ela parou, surpresa ao ver Arabella bem e abraçada a mim na cama.

Arabella estava aninhada em meu corpo como se não quisesse sair dali nunca, com a cabeça apoiada em meu peito, enquanto eu tinha um braço protetor ao redor dela.

Mamãe sorri, emocionada com a cena. Ela se aproximou da cama e tocando levemente meu  ombro, me fazendo a olhar.

— Mãe? – Murmuro, ainda meio adormecido.

— Shhh querido, não quero acordar vocês – Minha mãe sussurrou, olhando para Arabella. — Filho como você está ?

— Um pouco dolorido, mas vou ficar bem – Digo ainda sonolento

— Eu fiquei tão preocupado querido, eu não estava acreditando muito na história do noivado de vocês. Parecia tudo tão repentino e... forçado. Mas vendo vocês juntos agora, e o desespero de Bella ontem à noite, trazendo você desacordado... Eu não sei como ela conseguiu, não sei de onde ela tirou forças, mas ela te salvou querido. E eu vejo agora que há algo real entre vocês.

Olho para Arabella, sentindo uma onda de emoção tomar conta do meu peito. A trago mais para mim a abraçando mais, agradecido por tudo o que ela havia feito.

Uma noiva de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora