Uma noiva de mentirinha

Capítulo Doze: 1° porre

Coloque a travessão no começo e no final dos diálogos por favor: A noite prometia ser inesquecível, se seria de um jeito bom eu já não sabia.

As meninas haviam planejado uma despedida de solteiro para Melina, e a balada escolhida era uma das mais badaladas da cidade.

Ao entrar, fomos recebidas por luzes piscando, música alta e uma energia contagiante que me fez sorrir imediatamente.

Eu não era acostumada com baladas e muito menos com bebidas alcoólicas. Normalmente, preferia noites tranquilas em casa com um bom livro ou um filme. Mas aquela noite era especial, e eu estava determinada a aproveitar ao máximo.

Logo no início da noite, Taylor apareceu com uma bandeja cheia de copos com uma bebida transparente.

-  É gin, você vai adorar! - Disse ela, animada.

Sem saber que era uma bebida alcoólica, aceitei o copo e tomei um gole. O sabor era refrescante, com um toque de limão, mas logo senti uma leve queimação na garganta.

-  Uau, isso é muito bom, posso tomar mais? - Digo sorrindo.

Anya, que estava ao meu lado, gargalhou ao me ver fazer uma careta.

-  Vai devagar, Bella! Esse gin é forte! Contém álcool - Ela diz e eu arregalo os olhos, mas logo rimos juntas, e eu tentei me acostumar com o gosto enquanto a bebida começava a fazer efeito.

Estava no meu segundo copo de gin e já tinha tomado uma dose de tequila que, segundo Taylor, era essencial na noite. Enquanto dançava e me divertia, avistei Melina, a noiva da noite, conversando animadamente com um homem que me parecia familiar, porém ignorei, era impossível eu conhecer alguem aquilo então eu definitivamente não conhecia.

A princípio, não dei muita importância, mas conforme a noite avançava, percebi que Melina e o homem estavam cada vez mais próximos. E assim que me viro, sinto um aperto no peito ao vê-los se beijando.

O bolo se forma no meu estômago e o enjoo vem. Tentando afastar a imagem da minha mente, peguei outro copo de gin.

-  Só mais um gole - digo para mim mesma.

Porém, um gole levou a outro, e logo eu estava bebendo mais do que pretendia.

A música, as luzes e a bebida começaram a fazer efeito, e eu me sentia mais leve, quase flutuando.

Em um momento de distração, peguei o copo de Anya e bebi sem pensar. Ela gargalhou novamente e disse:

-  Arabella, você vai acabar no chão bêbada se continuar assim! – Ela diz e eu rio, o que a faz rir também, nos fazendo rir juntas.

Mas eu continuei bebendo, tentando esquecer a cena de Melina com o outro cara. Como ela poderia fazer isso com Scott?

Ainda mais depois de tentar beijar Jacob, ela não tinha vergonha de colocar um irmão contra o outro?

Dancei até meus pés doerem, ri com as minhas amigas e tentei esquecer o que havia visto.

Mas a imagem de Melina com o outro cara continuava a me assombrar. Cada vez que a lembrança voltava, eu pegava mais um copo de gin, na esperança de que a bebida me ajudasse a esquecer.

Subi em cima de uma mesa e comecei a dançar, sentindo cada batida da música. Vi alguns rapazes se aproximando e Anya tentando me puxar para descer da mesa sem sucesso.

Sorrio e, de repente, no meio da multidão, avistei Jacob. Ele estava na mesma festa! Nossos olhares se cruzaram e ele veio em nossa direção com passos firmes e cara de poucos amigos.

-  Arabella, o que você está fazendo aí? - ele perguntou, ou melhor, rosnou. Eu ri, sentindo a cabeça girar um pouco.

-  Não não a pergunta é que você está fazendo aqui, bobinho? – Digo me embolando nas palavras antes de gargalhar - Despedida de solteiro! - respondi, levantando meu copo.

Jacob parecia preocupado e irritado, mas também um pouco divertido com a situação.

- Não acredito que trouxeram você aqui, você não parece muito acostumada com isso - ele comentou, olhando para o meu copo quase vazio. Eu dei de ombros, tentando parecer despreocupada

- Você também está aqui e é claro que estou acostumada – Minto levando as mãos até o lóbulo da orelha e em um movimento rápido Jacob me puxa na mesa para o chão ainda me segurando.

- Então quantos dedos tem aqui? – Pergunta levantando os dedos na minha frente e eu gargalho

- Estou bêbada, não cega – Digo

- Então quantos dedos? – Pergunta me encarando ainda segurando em minha cintura olho para os seus dedos

- Fratro ? – Minha dicção fala e eu sorrio - Trato...quanto...quatinho- Droga, sorrio zonza – Zinco

- Por que está bebendo tanto? – Pergunta sério

- Hoje é uma noite especial meu amor, preciso esquecer algumas coisas das quais eu vi - respondi, tentando ignorar a sensação de tontura que começava a tomar conta de mim.

- Já chega por hoje Arabella - Ele diz e eu faço um biquinho falando um ‘’mas’’ que logo é cortado por um ‘’sem mas mocinha’’ A noite passou em um borrão.