Entre o Caos e a Ordem: A Batalha dos Predadores

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Eddie acordou lentamente, o som suave da chuva batendo contra as janelas de seu apartamento criando uma melodia tranquila. Ele abriu os olhos com dificuldade, piscando para afastar o torpor do sono. A luz cinzenta do dia nublado entrava pelas frestas das cortinas, dando ao quarto uma tonalidade suave e melancólica. Havia algo de confortante naquela atmosfera, como se o mundo lá fora estivesse em pausa. Com um suspiro profundo, Eddie se espreguiçou na cama, sentindo o corpo ainda um pouco cansado. Não havia motivo para pressa; os eventos recentes o haviam deixado com muitas perguntas e poucas respostas. Ele sabia que precisava de um tempo para processar tudo, especialmente a intrigante interação com Peter Parker. "Aquele cara é realmente algo." pensou, enquanto um leve sorriso surgia em seu rosto.

Venom, sempre presente, sussurrou em sua mente com uma voz grave e divertida. — Ainda pensando no Parker? Você é tão previsível, Eddie. Talvez esteja começando a gostar dele... - A provocação habitual de Venom fazia parte de seu cotidiano, mas, naquele momento, Eddie sentiu uma pontada de verdade nas palavras do simbionte. Ignorando o comentário, Eddie jogou as pernas para fora da cama e se levantou, sentindo o frio do chão de madeira em seus pés descalços. Caminhou até a cozinha, onde preparou uma caneca de café forte. O aroma familiar encheu o ambiente, trazendo uma sensação de normalidade. Ele se enrolou em um cobertor e se sentou no sofá, olhando para a janela embaçada. A cidade estava calma, envolta na neblina da chuva. Com o controle remoto na mão, ligou a TV e zapeou pelos canais até encontrar o noticiário. As manchetes falavam sobre o recente ataque do vilão e a intervenção dos Vingadores. Eddie observava, mas sua mente estava longe. Ele sentia uma mistura de inquietação e curiosidade. As palavras de Peter sobre atividades sobrenaturais ainda ecoavam em sua cabeça, e ele não conseguia evitar a sensação de que algo maior estava em jogo.

— Precisamos descobrir mais sobre essas atividades. - murmurou Eddie para si mesmo, enquanto tomava um gole de café quente. Ele sabia que havia uma conexão entre os eventos recentes e o que ele e Peter estavam investigando. — Não podemos deixar isso de lado.

Venom resmungou internamente. — Você está tão obcecado com isso, Eddie. Relaxa um pouco. Podemos resolver isso mais tarde... ou talvez você queira encontrar o Parker novamente? - A insinuação de Venom foi recebida com um revirar de olhos de Eddie, que, apesar disso, não pôde deixar de pensar na possibilidade de trabalhar mais de perto com Peter. Com uma risada abafada, Eddie finalmente respondeu: — Quem sabe, Venom. Quem sabe. - Ele terminou o café e se levantou, decidido a começar o dia com alguma produtividade. Talvez fosse hora de ligar para Peter e ver se ele também estava curioso sobre o que estava acontecendo na cidade. Afinal, eles estavam na mesma missão, e Eddie sabia que seria bom ter alguém ao seu lado para enfrentar o desconhecido. Mas, por enquanto, Eddie decidiu aproveitar o silêncio do apartamento, o som da chuva e a companhia silenciosa de Venom. Era um raro momento de paz, antes de mergulhar novamente no caos que parecia cercar sua vida.

Eddie ficou ali, perdido em seus pensamentos enquanto observava a chuva cair lá fora. Ele sentia uma mistura de emoções conflitantes sobre Peter. Era claro que havia uma atração, uma curiosidade sobre o jovem repórter, mas ele sabia que sua vida era complicada. Ter Venom como parte de si trazia um nível de complexidade que a maioria das pessoas não entenderia, e isso incluía Peter. Eddie sabia que qualquer relacionamento com ele seria tudo menos simples.

Venom, percebendo a introspecção de Eddie, não pôde resistir a fazer um comentário. — Você está pensando demais de novo, Eddie. Por que se preocupar tanto com o que Parker vai pensar? Ele nem sabe sobre nós... ainda. - Eddie suspirou, passando a mão pelo rosto. — É isso que me preocupa, Venom. Eu... nós... não somos exatamente pessoas normais. E se ele descobrir sobre você? Sobre nós? Não sei como ele reagiria, e, para ser honesto, não quero assustá-lo.

Venom riu, um som gutural e divertido. — Talvez ele goste de sustos. Ou talvez, Eddie, ele já tenha seus próprios segredos. As pessoas nunca são o que parecem. - Eddie refletiu sobre isso. Peter era claramente mais do que aparentava, mas ele ainda não tinha certeza do que isso significava. Além disso, havia o trabalho. As atividades sobrenaturais que eles estavam investigando poderiam estar ligadas a algo maior, e Eddie sabia que precisava manter o foco. Contudo, a ideia de trabalhar mais de perto com Peter o deixava intrigado. Um suspiro resignado, Eddie pegou o telefone e discou o número de Peter. Enquanto esperava o outro lado atender, ele sentiu uma pontada de nervosismo. Por que ele estava tão ansioso? Talvez fosse o medo de que suas vidas colidissem de uma forma irreversível.

Excitação e Resistência: As Aventuras de Eddie e VenomOnde histórias criam vida. Descubra agora