Capítulo 9

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⠀⠀Aparentemente, o departamento de RH já tinha um substituto preparado.

⠀⠀Connor McDonough era um assistente pessoal extremamente competente, com anos de experiência trabalhando para executivos de grandes empresas.

⠀⠀Sinceramente, ele fazia Harry se sentir constrangido e autoconsciente em relação à sua própria experiência profissional, que era muito limitada. Era um pouco difícil ensinar seu substituto quando ele era muito mais competente nesse trabalho do que você.

⠀⠀"Não se preocupe, eu cuido disso", disse Connor, sorrindo com seu sorriso perfeito enquanto pegava gentilmente o notebook de Harry e seguia Tomlinson para a sala de reuniões.

⠀⠀Harry ficou ali parado, olhando para a porta que se fechou na sua cara.

⠀⠀Tudo bem.

⠀⠀Estava tudo bem.

⠀⠀Não era como se ele gostasse desse trabalho ou algo assim. Connor, o-assistente-perfeito, poderia continuar agindo como se pudesse fazer tudo melhor do que Harry. É provável que ele realmente conseguisse. Isso não deveria tê-lo incomodado. E não incomodou. Nem um pouco. Harry estava em êxtase. Era bom ficar relaxado por um tempo em sua mesa, sem fazer nada produtivo.

⠀⠀Harry estava jogando solitário quando Tomlinson e Connor finalmente voltaram da reunião. Ele provavelmente não deveria ter se divertido tanto ao ver a expressão apressada e nervosa no rosto de Connor enquanto ele seguia timidamente o chefe. O chefe em questão exalava irritação em ondas tangíveis, com a mandíbula cerrada e o rosto como pedra. Pela primeira vez, a atitude insuportável de Satanás foi muito bem-vinda. Isso fez com que Harry se sentisse menos inútil quando Tomlinson o encarou com um olhar pesado através dos olhos negros e fez sinal com a cabeça para o escritório.

⠀⠀Reprimindo violentamente o impulso de seguir a ordem silenciosa, Harry não se moveu. Ele sorriu. "Tenho certeza de que seu novo assistente poderá ajudá-lo, senhor".

⠀⠀Um músculo se contraiu na têmpora de Tomlinson. Por um momento, ele não disse nada, apenas olhou para Harry.

⠀⠀Então, aquele brilho familiar apareceu em seus olhos. "Pensando bem, você está certo. Connor."

⠀⠀Antes que Harry pudesse processar isso, Connor seguiu Tomlinson até seu escritório. A porta se fechou com um baque.

⠀⠀Harry ficou olhando para ela, sentindo... não sabia o quê. Será que o idiota realmente queria dizer que usaria Connor daquela forma?

⠀⠀Mas, por outro lado, por que não o faria? Aparentemente, isso fazia parte da descrição do trabalho agora. Que diferença isso fazia para Tomlinson? Uma boca era uma boca. Não era como se Tomlinson se sentisse atraído por Harry – ou por outros homens, aliás. Era apenas um alívio para o estresse dele, nada mais.

⠀⠀Ainda assim, era totalmente repugnante. Forçar um cara que ainda nem tinha começado a trabalhar para ele oficialmente a chupar seu pau... era... era repreensível. Desprezível. Agora, o pobre Connor se sentiria obrigado a fazer isso para conseguir o emprego. Harry obviamente não podia permitir que isso acontecesse. Era assédio sexual!

⠀⠀Ele se levantou e foi até a porta. Empurrou-a, mas ela não se moveu.

⠀⠀Ela estava trancada.

⠀⠀Harry ficou olhando para ela, com a indignação o fazendo ficar vermelho. Satanás nunca havia se preocupado em trancar a porta para o bem de Harry, mas aparentemente Connor, o assistente-perfeito, merecia essa consideração.

at the CEO's command - l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora