T R Ê S

201 12 0
                                    

TRÊS MESES DEPOIS

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

TRÊS MESES DEPOIS...

JADE:
Recentemente, contei para meus pais sobre a gravidez. Minha mãe ficou especialmente chocada.

—Jade Garcia Você engravidou do seu chefe?—foi a primeira coisa que ela perguntou assim que revelei a notícia.

Ela ficou meio chateada comigo, e foi difícil ver a decepção em sua voz. Tentei explicar a situação, mas sei que ela ainda está processando tudo.

Estou de quatro meses de gestação. Os enjoos finalmente foram embora, graças a Deus. Hoje é dia de ultrassom, e Kaique está vindo para ir comigo. Apesar de tudo, ele tem se mostrado presente, o que me dá algum conforto.

Estou terminando de me arrumar quando a campainha toca. Abro a porta e vejo Kaique, com uma expressão mais tranquila.

—Vamos?—ele pergunta.

—Sim, vamos,—respondo, pegando minha bolsa.

Durante o caminho para a clínica, conversamos sobre coisas triviais. Tento não me deixar levar pelos sentimentos confusos que ainda carrego.

Na clínica, a enfermeira nos chama e entramos juntos na sala de exames. O médico inicia a ultrassonografia, e a imagem do nosso bebê aparece na tela.

—O bebê está crescendo bem. Parece que está tudo normal até agora,—diz o médico, e sinto uma onda de alívio.

Kaique sorri, visivelmente emocionado. —Que bom

Sinto uma conexão momentânea com ele, sabendo que, apesar de tudo, estamos juntos nessa jornada.

KAIQUE:

Ver a imagem do bebê no ultrassom me traz uma sensação de alegria e responsabilidade. Sei que ainda tenho muito a provar para Jade, mas ver nosso filho crescendo saudável me dá forças para continuar presente.

Enquanto saímos da clínica, tento manter a conversa leve. —Quer parar para comer alguma coisa? Talvez um lanche rápido?

Jade sorri, uma expressão que não via há algum tempo. —Seria bom. Estou com fome.

Paramos em um café próximo e pedimos algo para comer. O ambiente é tranquilo, e aproveitamos o momento de normalidade em meio a tantas mudanças.

—Olha, Jade, eu sei que nós fomos um erro...—começo, tentando escolher minhas palavras cuidadosamente.

—Tá tranquilo, Kaique. Nós tínhamos um lance, e o combinado era que não teria compromisso," ela responde, olhando para sua xícara de café.

—Eu sei, mas a situação mudou, digo, tentando me fazer entender. —Agora, com o bebê a caminho, quero que você saiba que estou aqui para assumir minhas responsabilidades.

Jade olha para mim, um pouco surpresa com minha franqueza. —Eu só quero que nosso filho tenha tudo o que precisa,— ela diz, sua voz suave mas firme.

—Eu também,—respondo rapidamente. "Eu vou pagar pensão e dar tudo que ele ou ela precisar."

—Obrigada, Kaique,—ela diz, olhando para baixo, claramente ainda processando tudo.

—Eu também quero que a gente mantenha uma relação de amizade pelo bem do nosso filho,
continuo. —Não quero que ele ou ela sinta a falta de um pai presente.

Jade balança a cabeça em concordância. —Sim, eu acho que isso é o mais importante agora.

—Vou te apoiar no que for preciso,—digo, tentando transmitir toda a sinceridade que posso. —Se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, é só me chamar.

—Eu agradeço, de verdade,—ela responde, finalmente olhando para mim com um pouco menos de reserva. —Vou indo agora. Qualquer coisa, me liga.

Enquanto Jade se levanta para sair, sinto que demos um passo importante. Ainda há muito para resolver, mas pelo menos estamos no caminho certo para garantir o melhor para nosso filho.

Confesso que estou sentindo falta do meu pente certo, mas agora ela é a mãe do meu filho. Isso muda tudo.

JADE:

Cheguei em casa e deitei na cama, tentando processar tudo que aconteceu hoje. O ultrassom, a conversa com Kaique... Confesso que isso ainda mexe comigo um pouco, mas tento me convencer de que está tudo bem.

Os enjoos se foram, e a gravidez parece estar seguindo bem, mas o peso emocional é algo que ainda estou aprendendo a lidar. Sinto uma mistura de alívio e tristeza, sabendo que Kaique está disposto a assumir suas responsabilidades, mas também reconhecendo que nossa relação nunca foi mais do que um caso sem compromisso.

Olho para o teto, tentando encontrar alguma paz. Penso no nosso bebê e me concentro em tudo que preciso fazer para garantir que ele ou ela tenha uma vida feliz e saudável. Apesar de todas as incertezas, uma coisa é certa: estou determinada a ser a melhor mãe possível.

Fecho os olhos, permitindo-me um momento de descanso. Por mais difícil que seja, sei que preciso continuar forte. O caminho à frente pode ser complicado, mas tenho esperança de que, com o tempo, tudo se ajeitará.
Mais Tarde

Acordei com a campainha tocando. Era Lívia.

—Oi, minha gravidinha,—ela diz, entrando com um sorriso.

-Oii,—respondo, ainda sonolenta, enquanto abro a porta.

—Como tá o baby?—ela pergunta, entrando e me abraçando.

—Bem,—respondo, me sentando no sofá. "O ultrassom foi ótimo. O bebê está saudável."

—E o chá revelação?—ela pergunta animada, seus olhos brilhando de excitação.

Nossa, verdade, não tinha pensado nisso,—digo, um pouco surpresa com a ideia.

Lívia ri. —Ah, amiga, temos que organizar isso! Vai ser tão divertido! Você já falou com o Kaique sobre isso?

Balanço a cabeça. "Ainda não. Com tanta coisa acontecendo, nem me passou pela cabeça."

—Então precisamos começar a planejar! Vamos fazer algo especial para descobrir se é menino ou menina,—Lívia diz, já pegando seu telefone para anotar ideias.

—Você tem razão, Li. Vai ser bom ter algo para comemorar,—concordo, sentindo a empolgação dela me contagiar.

Passamos a próxima hora conversando sobre ideias para o chá revelação, desde a decoração. Por um momento, consigo esquecer toda a confusão e me concentrar na alegria de preparar algo especial para o meu bebê.

decido mandar uma mensagem para Kaique sobre o chá revelação.

KAIQUE

EU: Kaique, eu estava pensando em fazer um chá revelação no mês que vem.

KAIQUE: Sério? Vamos fazer.

EU: Que bom que você gostou. Podemos planejar juntos?

KAIQUE: Sim, a gente se encontra e resolve.

EU: Podemos nos encontrar amanhã para discutir os detalhes?

KAIQUE: Não dá. Podemos deixar para o mês que vem.

EU: Tudo bem, então.

KAIQUE: Beleza.

Algo profundo-KayblackOnde histórias criam vida. Descubra agora