poemas de dark-romance

Atmosfera gótica

Em noites profundas, onde a lua pálida vigia, 
O castelo sombria é o palco da melancolia. 
Entre torres escuras e corredores frios, 
O amor se entrelaça com os ecos sombríos.

A neblina se arrasta, um manto etéreo e denso, 
Cobrir os passos dos amantes, o destino é imenso. 
Nos salões vazios, os candelabros tremem, 
Refletem sombras de paixões que nunca se apagam.

As tapeçarias antigas, com figuras desvanecidas, 
Guardam segredos de amores e vidas perdidas. 
As pedras do castelo, frias e desgastadas, 
Sussurram histórias de almas atormentadas.

O vento uiva através das janelas quebradas, 
Como um lamento de promessas não cumpridas. 
A lua ilumina os corredores em um brilho fraco, 
Nos olhos dos amantes, o desejo é um traço.

Cada sala é um relicário de dor e luxúria, 
Onde o passado e o presente em sombras se misturam. 
Os vitrais, com seus desenhos entrelaçados, 
Criam padrões de tristeza e amores esmagados.

Em cada toque, há um suspiro do ontem, 
No beijo frio, um eco de dor latente. 
As sombras dançam na luz da vela tremulante, 
No dark-romance, o amor é um mistério constante.

Os jardins esquecidos, com flores murchas e desbotadas, 
Testemunham os suspiros de almas apaixonadas. 
O aroma das velas e o som das correntes, 
São a trilha sonora de amores descrentes.

Cada lágrima caída é um conto de agonia, 
Na atmosfera gótica, a paixão é uma melancolia. 
O calor dos abraços é um frio cortante, 
No abraço das sombras, o amor é constante.

Os fantasmas das memórias vagam pelos corredores, 
Em busca de um amor perdido entre dores. 
O tempo é um véu que cobre a dor e o desejo, 
Na atmosfera gótica, o romance é um ensejo.

Assim, no castelo de pedra e mistério profundo, 
A atmosfera gótica é o palco de um amor sem fundo. 
Nos braços das sombras, onde o passado persiste, 
O dark-romance é um conto que nunca desiste