[Esta obra é um trabalho de fã para fã. Todos os personagens pertencem à série The Acolyte da franquia Star Wars e não são de minha propriedade intelectual. Reprodução e comercialização dessa fanfic NÃO estão autorizadas]
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A passos completamente silenciosos, avançamos por entre árvores e arbustos fechados e Sol me instruiu sobre a área exata em que os rastros haviam sido vistos. Eu estava completamente alerta, todos os meus sentidos aguçados ao máximo, pronta para tudo. Ou assim pensei. Não vi o raio negro que saltou sobre meu mestre e o arrastou para longe num movimento violento e repentino que me deixou paralisada no lugar.
Vamos, Osha, você precisa reagir!
Corri na direção de Sol e de seu agressor seguindo a trilha de destruição pela floresta. Quando os alcancei, Sol já estava de pé brandindo sua arma — era um revólver duas vezes maior que o meu e parecia dez vezes mais potente. Apenas um tiro transformaria o corpo de qualquer vampiro em cinzas. Meus olhos localizaram uma figura vestida de preto de costas para mim cuja atenção estava totalmente concentrada em meu mestre. O sujeito tinha ombros largos, era quase tão alto quanto Sol e exibia os músculos poderosos dos braços como troféus. As armas que ele brandia eram diferentes de tudo que eu já havia visto, mas já ouvira falar sobre elas. Eram lâminas curtas e curvadas como meias-luas, mas em vez de serem feitas de ferro como as lâminas que eu carregava, eram de laser concentrado. Elas brilhavam ameaçadoras em vermelho, uma em cada punho do inimigo. Não havia dúvidas de que era um Cavaleiro Vermelho.
Fiquei intimidada e me odiei por isso.
— Você — ele rosnou para Sol.
Meu mestre parecia calmo. Até demais. Ele suspirou alto, decepcionado.
— Eu devia ter percebido que era obra sua.
— Se um mestre da sua estirpe se deu ao trabalho de vir até aqui pessoalmente eu devo ter feito um bom trabalho. Veio sozinho? — Havia escárnio na voz do Cavaleiro Vermelho. — Agindo por conta própria outra vez, Sol? Tsc, tsc.
Sol destravou a arma.
— Você não deveria tripudiar. Infelizmente não posso permitir que coloque em risco aquilo que mais preciso proteger. Você morre aqui, hoje.
As lâminas de laser vermelho do Cavaleiro ficaram ainda mais brilhantes. Ele as ergueu em posição de ataque e sua postura mudou completamente. Um banho de sangue estava para acontecer e, embora eu tivesse plena confiança em Sol, descobri que assistir alguém machucá-lo acabaria comigo. Eu estava com a vantagem porque o inimigo ainda não havia me visto. Havia uma única chance de acertá-lo por trás antes que ele atacasse e ferisse Sol com as armas. Sabia que deveria apenas observar e aprender, mas preferia pedir perdão a um mestre são e salvo do que arriscar a vida dele sabendo que podia ter ajudado.
