Capítulo 03

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A semana se passou mais rápido do que imaginei, e nisso vem a bendita exposição de astronomia que tenho que praticar. Eu achei que teria que ficar igual os outros, mostrando seus projetos e trabalhos, seminários e algumas amostrar de como funciona o universo, eu particularmente não entendo de nada disso mas até que estou achando interessante ver isso tudo. Mas aqui estou eu, segurando uma vassoura que uma das alunas me deu, tendo que limpar a bagunça que eles estão fazendo por que apesar de tudo está incrível, eles fizeram uma tremenda bagunça, um monte de papeis repicados no chão, gravetos, fios e os caralhos à quatro.

Termino de limpar um cantinho onde estava sujo e me sento em uma cadeira para descansar um pouco, não estava cansada, mas queria me sentar um pouquinho. Olho ao redor e vejo que agora só resta alguns alunos que também participaram e que estão arrumando suas tranqueiras para irem embora.

– E ai, branquela! – Olho para o lado e vejo Dinah vindo até onde estava junto com Normani.

– E ai! O que estão fazendo aqui? – Pergunto pois sei que não é a vibe delas esse tipo de projeto.

– Até parece que iria perder de ver você dando uma de faxineira.– Diz a mais alta provocando. Reviro os olhos.

– A gente veio ver se você já terminou. Estamos indo lá para o Bay' Bar. – Mani diz.

— Ainda não. Tenho que esperar todos eles saírem para limpar o restante.– Suspiro.

Elas ficaram conversando comigo por um tempo, até decidirem que iriam para casa e depois que eu terminasse ligaria para elas para marcamos de sair mais tarde.

Alguns minutos depois vejo que não tem mais ninguém na sala então começa a limpar rápido, estava passando a vassoura em uma sujeira que não queria sair, então acabei fazendo força para tira-lo, nisso resultou em meu braço batendo na mesa que estava próximo e sem querer derruba um globo em formato de lua mas que possuía algum tipo de estrelas dentro dele. O pego do chão conferindo se não quebrei e pelo visto não, agradeço aos céus, já estou encrencada demais.

– Você não deveria está mexendo em algo que não é seu.– Levo um susto com a voz repentina, me viro para ver quem era e vejo a mesma menina que não parava de me olhar no início da semana.

Ela está parada próximo a mesa onde estava o globo, seus braços estão cruzados acima do peito e sua face está séria. Largo o objeto para o lugar onde ele estava e me viro para ela por completo.

– Você deveria se incomodar com isso caso o objeto fosse seu.– Retruco.

– E quem disse que não é? – Ela arqueia a sobrancelha.

Olho para a mesa a procura de algo que mostrasse que as coisas que estavam nela era dela, mas então lembro que cada aluno que fosse apresentar algo teria uma plaquinha com seu nome no canto da mesa, como identificação. Procuro pelo seu nome e só então vejo lá. "Camila Cabello".

– Como vou ter certeza que pertence a você? E se você estiver se passando pela dona? – Falo fingindo desconfiança.

– Acredite, ninguém iria querer se passar por mim.– Não sei, mas senti essa fala meio irônica e depressiva??

Fico sem ter o que falar, então volto a limpar onde estava sujo. Vejo pelo canto do olho ela juntando suas coisas em uma caixa organizadora colocando as coisas de forma bem organizada e na maior calma possível. Canto baixinho uma música que estava na minha mete já terminando tudo por aqui quando ouço um barulho, viro a cabeça e vejo que foi a tal Camila que derrubou alguns livros que estavam na sua mochila, que por sinal estava aberta. Como tinha alguns papeis, acabou que uma folha caiu próximo do meu pé, o pego para entregar para ela, viro a folha para ver o que era e fico em choque. Um "A" extremamente enorme na sua prova de Geometria, ela deve bem inteligente por que até onde sei, ninguém, literalmente ninguém chegou a tirar essa nota na prova do Sr. Steve nesse semestre. Ninguém, exceto ela.

– Caramba! Como você conseguiu tirar A na prova de Geometria? – Pergunta perplexa.

– Estudando? – Ela fala como se fosse óbvio.

– Só isso? Eu virei noites e mesmo assim tirei um D! – Exclamo.

– Então creio que você deveria virar mais noites... estudando.– Ela está insinuando alguma coisa? Por que eu acho que sim.

Não tenho tempo para retrucar o que ela disse, pois a mesma junta suas coisas e sai em disparada para fora da sala.

Depois de me certificar que tudo estava em ordem e limpo, saio em direção a saída da faculdade, entro no meu carro dando partida para casa e ter um pouco de descanso antes de sair com as meninas.

Já pela noite, me arrumo de forma casual com uma camisa social, jeans escuro e contorno nos pés, pego meu relógio de pulso que estava na escrivaninha e o coloco. Já pronta, mando uma mensagem para as meninas avisando que estava saindo, guardo meu celular e sigo para fora de casa. Tranco tudo, pois estava sozinha em casa, já que minha mãe teve que ficar até mais tarde no escritório, mas não é nada que me deixe chateada, depois do ocorrido ela anda meio preocupada comigo, acha que vou cometer o mesmo erro e então fica me mandando mensagem todos os dias, mesmo me vendo todos os dias.

Depois de alguns minutos dirigindo, para o carro no encostamento em frente ao Bay' Bar. As letras piscantes de vermelho são o que chama atenção das pessoas. Entro no estacionamento e sou preenchida pela música alta que tocava nas caixas de som espalhadas pela ambiente, olho em torno a procura das meninas e logo as vejo sentadas em uma mesa mais ao fundo, sigo até elas e me sento em um assento acolchoado ao lado de Louis.

– Até que enfim! Achei que você não iria vir nunca.– Kordei fala mais alto que o normal por conta do barulho da música.

– Nunca que perderia a oportunidade de tomar um bom whisky.– falo e aceno para um garçom para vir onde estava, peço uma dose com dois gelos e apenas isso. Os outros aproveitam e fazem seus pedidos também.

– Engraçado que eu chamei para irmos em uma balada e vocês recusaram, mas para virem em um bar duvidoso vocês veem.– Protesta Louis.

O fato dele dizer que o Bay' Bar é duvidoso é por pura implicância. Passamos boa parte dos anos vindo aqui e segundo ele deveríamos conhecer novos bares, e novos ambientes.
Mas tanto eu e meninas gostamos daqui, apesar de ser um dos poucos bares que ficar aberto até tarde, ele é o único onde mais ninguém da faculdade vem e isso é ótimo.

Falando pareço uma antissocial que odeia as pessoas, mas não é isso, apenas gosto de me manter reservada. Já até fiquei com algumas meninas da faculdade - uma boa parte - mas sempre foi no sigilo, não sou daquelas que gosta de explanar para os ventos a quantidade de pessoas que ja pegou, a última com quem troquei uns amassos acabou se iludindo e achou que era minha namorada, logo falei que não passou de uma diversão e que eu não sou do tipo que namora, Deus sabe que não nasci para isso.

– Quando que vai ser a apresentação do grupo de teatro, Lo? – Dinah pergunta.

– Daqui duas semanas. Segunda começa os ensaios.– digo com desdém, pois não queria participar mas não tenho escolha.

– Pode ficar tranquila, vamos fazer questão de irmos e te zoar bastante depois.– O mais velho diz e bato no seu ombro. – Ai! –

– Provavelmente serie mais uma figurante, e isso me deixa mais tranquila.– Bebo um gole do meu whisky que tinha acabado de chegar junto com as dos outros. – Até por que, não faria sentido eles me colocarem como uma das protagonistas sendo que não sou da turma.–

– Isso é verdade.– Mani concorda.

Depois disso, começamos a conversar sobre outras coisas e para onde queremos ir depois que terminamos a faculdade, eu particularmente quero ir para New York, não é meu sonho, mas sei que se eu quiser crescer com minha carreira, lá é um ótimo lugar.

Bebemos mais umas doses e logo estamos cantando as musicas que tocavam, jogamos sinuca a par, eu e Dinah contra Normani e Louis, ganhamos de cinco a três, e quando fui me dar conta ja se passava das três da manhã. Aproveitei o máximo que pude pois sei que com a correria das próximas semana, não terei mais tanto tempo assim.

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⏰ Última atualização: Aug 02 ⏰

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My Last Love - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora