Date com o boy.

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— Espera, você fez o quê?! — Fushiguro exclamou, quase esganando Maki.

Bem, ele faria isso se Nobara não estivesse alí para dar um tapa nele se pisasse na bola. Ou ela arrancaria as bolas dele.

— Marquei um encontro com o Yuta para você. — Ela repetiu, dando de ombros e abrindo um sorrisinho irônico. — De nada.

— Porra, Maki! — Megumi resmungou, cobrindo o rosto com as mãos, escondendo seu rubor nas bochechas. — Pra quê?!

— Porque você é um puta medroso e não conseguiria fazer isso sozinho. — Nobara respondeu no lugar de Maki, cruzando os braços e revirando os olhos.

— Mas eu nem sei se ele gosta de homens! — Fushiguro retrucou.

Aquilo pareceu chamar a atenção de Maki, que tirou os olhos do celular, para encarar Megumi.

— Como não sabe? — A esverdeada arqueou uma sobrancelha. — Cara, acho que a escola inteira sabe que o Yuta é bi.

O moreno franziu a testa e tirou as mãos do rosto.

— Ué, como você sabe? — O mais novo indagou.

Nobara riu.

— Todo mundo sabe que ele e o Inumaki se pegaram durante o Intercâmbio de Escolas Irmãs do ano passado. — A de cabelos castanhos respondeu, fazendo um gesto de desdém com a mão.

— Quê? Sério? — Fushiguro arregalou os olhos. — E eles estão namorando? Ou ficando?

— Não. — Kugisaki balançou a cabeça. — Eles terminaram o namoro há uns seis meses atrás. Tipo, no início do ano.

Enquanto Megumi e Nobara estavam fofocando, Maki estava mexendo no celular.

— Poisé. Me encontra hoje lá em Shinjuku, às duas da tarde. — Maki diz, gravando um áudio para mandar para alguém, fazendo o moreno e a de cabelos castanhos ficarem quietos.

— Tava conversando com quem? — O mais novo indagou assim que a esverdeada mandou o áudio.

— Com o Yuta. — Ela disse, simplesmente, enquanto guardava o celular novo no bolso — Ah, e vocês dois tem um encontro marcado pra hoje, às duas da tarde, viu?

Até que perder as bolas não era uma coisa tão ruim. Talvez Fushiguro ficasse menos besta se fosse castrado.

Só a ideia de ter um encontro com o fucking Yuta Okkotsu já era uma ideia que ele sabia que era ruim.

...

Tá, Megumi retirou o que disse.

Yuta estava adorável, como sempre, agachado enquanto observava um canteiro de flores próximo, tão distraído que nem sequer percebeu a presença de Fushiguro.

Embora estivesse usando as roupas de sempre: o uniforme branco da Escola de Jujutsu, uma calça com um pano branco, que é usado como cinto, e a espada nas costas, o que o deixava mais fofo que o normal era aquele semblante calmo e tranquilo, com sorriso leve nos lábios.

E aquilo era estranhamente sexy.

Megumi respirou fundo e se aproximou do feiticeiro de nível especial, ficando ao lado dele, mas não se agachou também.

— Gosta mesmo de flores, né? — O moreno mais novo comentou, chamando a atenção do mais velho.

O sorriso de Okkotsu tinha sumido por um breve momento, antes de aparecer novamente ao perceber que era Fushiguro, que teve que sutilmente desviar o olhar, para não corar alí mesmo.

— Ah, sim. São muito bonitas, né? — Yuta respondeu, voltando o olhar para as flores.

— Qual o tipo?

— Lírio. — Ele respondeu, pegando um dos lírios e se levantando. — E você? Gosta do quê? — O mais velho puxou assunto.

Megumi estava rezando para todos os deuses existentes para que ele não estivesse com uma ereção.

— Ler. — Fushiguro deu de ombros. — Espera, você gosta de ver flores? Sem ofensas, mas isso é mais chato do que assistir às aulas do Gojou. — Ele brincou, sorrindo minimamente.

Okkotsu riu um pouco, o que já foi o suficiente para Megumi sentir um quentinho no peito. E ele esperava não sentir isso no pau também.

— Mas assistir às aulas do sensei-Gojou nem é tão chato assim! — O feiticeiro de nível especial retrucou, aumentando levemente o sorriso.

Antes que Fushiguro pudesse responder, Yuta sorriu, como uma criança, e estendeu o braço na direção do outro, oferecendo o lírio para o mais novo.

— Ah, obrigado. — Megumi disse, simplesmente, pegando o lírio.

— De nada. — O outro sorriu e respondeu, logo depois ficando em silêncio e olhando em volta. — Afinal, Fushiguro, você sabe cadê a Maki? É que ela queria conversar comigo sobre alguma coisa importante e...

Okkotsu foi interrompido.

— É, eu sei. Ela disse que não iria poder vir, porque a Kugisaki estava doente, então ela me pediu para vir no lugar dela. — Megumi mentiu descaradamente.

O sorriso de Yuta se desmanchou, e ele ficou quieto por alguns segundos, como se estivesse raciocinando o que acabou de ouvir.

— Ah, entendi. — O mais velho voltou a sorrir e assentiu. — E você sabe sobre o quê ela queria conversar comigo?

Puta merda, Maki! Fushiguro queria gritar aquilo para Maki.

— Ela queria te mostrar uma praça bem legal que fica por aqui. — O calouro tirou aquela informação do cu, tentando ser o mais convincente possível. E aproveitando para, mesmo que indiretamente, chamar Okkotsu para darem um passeio por uma praça bonita.

— Parece legal. — O veterano sorriu e comentou, segurando a alça da bolsa que ele usa nas costas, para guardar sua espada. — Podemos ir lá visitar?

Megumi queria sorrir e sair gritando, por ter conseguido um encontro com aquele garoto fofo.

Mas, bem, ele ainda tinha que manter a compostura. Afinal, ele não iria passar vergonha na frente de seu crush, certo?

— Ah, claro. — Fushiguro assentiu e começou a andar. —Vem, fica por aqui.

Yuta sorriu e seguiu o mais novo, mesmo sabendo que algumas das coisas que o outro disse eram mentira.

Afinal, quem você acha que deu aquela ideia para Maki?

Forte de Verdade - Okkofushi {AU}Onde histórias criam vida. Descubra agora