Crossed ways

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Os dias seguintes à audiência de suspensão foram preenchidos com um silêncio tenso. Cada membro da família tentava encontrar seu próprio caminho através da teia de mágoas e rivalidades.

Na biblioteca de Pedra do Dragão, Helaena se refugiava em seus livros e nas visões que às vezes a assombravam. Seus sonhos proféticos sobre a Dança dos Dragões a deixavam inquieta. Enquanto folheava um antigo tomo sobre a história dos Targaryen, sentiu uma presença familiar.

"Posso me juntar a você?" perguntou Cregan Stark, sua voz gentil mas firme.

Helaena levantou os olhos, surpresa mas não descontente. "Claro, Cregan. Eu sempre aprecio sua companhia."

Cregan sentou-se ao lado dela, observando-a por um momento antes de falar. "Helaena, você está bem? Parece perturbada."

Ela suspirou, fechando o livro. "Eu tenho esses sonhos, Cregan. Visões do futuro. E o que vejo... é guerra, destruição. Tenho medo pelo que pode acontecer."

Cregan pegou a mão dela. "Não deixe que esses sonhos governem sua vida. Temos o poder de mudar nosso destino."

Helaena sorriu ligeiramente. "Você sempre foi minha luz, Cregan. Talvez você esteja certo."

Enquanto isso, Aemond encontrou-se treinando no pátio, descarregando sua frustração em combates simulados. Daeron, seu irmão mais novo, o observava à distância. Finalmente, decidiu se aproximar.

"Aemond," Daeron começou, "não adianta se consumir com ódio. Precisamos ser fortes para proteger nossa família."

Aemond parou, respirando pesadamente. "E como você sugere que façamos isso? Aceitando as injustiças?"

Daeron balançou a cabeça. "Não. Mas também não podemos nos destruir por dentro. Precisamos encontrar uma solução que não envolva mais sangue derramado."

Aemond refletiu sobre as palavras de seu irmão. "Talvez você tenha razão, Daeron. Mas eu ainda quero justiça."

Enquanto isso, em um canto isolado do castelo, Rhaenyra encontrou-se com Lucerys. Ele estava visivelmente perturbado, a culpa ainda pesando em seus ombros.

"Mãe," Lucerys começou, sua voz tremendo, "eu não sei como consertar isso. Eu causei tanta dor."

Rhaenyra o abraçou. "Eu sei, meu filho. Mas o primeiro passo é buscar o perdão. Precisamos conversar com Aemond. Mostrar que estamos arrependidos e dispostos a fazer as pazes."

Lucerys assentiu, determinado. "Eu farei isso. Eu prometo."

Enquanto a noite caía sobre Pedra do Dragão, os destinos dos Targaryen continuavam entrelaçados. Cada passo, cada decisão, os aproximava mais de um futuro incerto, onde o amor e a traição estavam em constante equilíbrio.

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