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P R O L O G O
























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O calor do verão em Paris era intenso, e Victoria estava no camarim, preparando-se para sua próxima apresentação nas Olimpíadas. A atmosfera estava carregada de emoção e expectativa, e, apesar da agitação, ela encontrou um momento para refletir sobre sua jornada até aqui.

Victoria era uma jovem de Itapipoca, uma pequena cidade no interior do Ceará, no Brasil. Crescer em um lugar tão pacato parecia um mundo distante da grandeza das Olimpíadas. Ela se lembrou das manhãs em que treinava na quadra improvisada atrás da sua casa, quando sonhava acordada sendo uma grande atleta reconhecida. Agora, estar ali, vestida com o uniforme da seleção brasileira, era um sonho realizado.

Ela se sentou na beirada do banco do camarim, olhando para o espelho, e pensou sobre como sua vida havia mudado. Sua mente voltou para Itapipoca, para a simplicidade e as dificuldades que enfrentou ao longo dos anos.

— É difícil acreditar que estou aqui. — disse Victoria para si mesma, com um sorriso de gratidão. — Apenas uma garota do interior, de uma cidade pequena, agora competindo nas Olimpíadas. Nunca imaginei que isso seria possível.

Ela lembrou dos dias em que treinava sob o sol forte, com o apoio incondicional de sua família e amigos que acreditavam nela. Cada treino, cada sacrifício, parecia ter valido a pena. E agora, com o palco global diante dela, Victoria sentia-se em paz, sabendo que estava representando não apenas a si mesma, mas toda a sua cidade e seu país.

Enquanto se preparava para sua performance, ela decidiu fazer uma ligação rápida para sua mãe, que estava assistindo à competição de casa, torcendo e rezando por ela.

— Oi, mãe. — disse Victoria, sua voz cheia de emoção. — Queria só ouvir a sua voz antes de ir para o palco.

A voz de sua mãe do outro lado da linha estava cheia de orgulho.

— Minha filha, eu e seu irmão  estamos muito orgulhosos de você. — disse a mãe, com lágrimas de alegria na voz. — Não importa o que aconteça, você já conquistou o mundo com a sua coragem e dedicação.

Victoria sentiu um calor no peito ao ouvir essas palavras. Era um lembrete poderoso de onde ela veio e do apoio constante que sempre recebeu.

— Obrigada, mãe. — respondeu Victoria, com a voz embargada. — Eu não estaria aqui sem vocês. Vou dar o melhor de mim, por mim e por todos que me apoiaram ao longo do caminho.

A ligação se encerrou com um "boa sorte" carinhoso, e Victoria sentiu-se renovada e motivada. Ela se levantou, ajustou seu uniforme e respirou fundo, concentrando-se no que estava prestes a realizar.

Enquanto caminhava para o palco, ela passou pelos corredores e viu outras atletas se preparando, cada uma com suas próprias histórias e jornadas. Victoria sentiu uma profunda sensação de pertencimento e gratidão. Ela sabia que estava fazendo parte de algo maior, e isso era um testemunho de todo o esforço e perseverança que colocara em sua carreira.

Quando sua vez chegou, Victoria entrou no palco com confiança e graça. Cada movimento, cada salto e cada giro eram uma celebração de sua jornada desde Itapipoca até as Olimpíadas. Ela se lembrou de todos os desafios que enfrentou e de todos os que a ajudaram a chegar ali.

A performance foi recebida com entusiasmo e aplausos, e Victoria sentiu que havia cumprido seu objetivo. Ao sair do palco, ela estava exausta, mas feliz. A jornada não havia terminado, mas a experiência de estar ali e representar sua cidade e seu país era uma vitória em si mesma.

Victoria sabia que, independentemente do resultado final, sua história inspiraria outros jovens de pequenas cidades a seguir seus sonhos e acreditar em si mesmos. E ela estava profundamente grata por ter a oportunidade de viver esse momento.


































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amor olimpico, Yuto horigome (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora