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O avião decolou sob um céu azul claro, e Victoria se acomodou em seu assento, olhando pela janela enquanto Tóquio ficava para trás. O coração estava apertado, mas a expectativa de voltar para o Rio de Janeiro era ainda mais forte. Ao seu lado, Rebeca folheava uma revista, mas parecia mais interessada na conversa das outras meninas à frente.

——E aí, qual a primeira coisa que vocês querem fazer assim que chegarmos no Brasil?—Flavinha perguntou, toda animada.

——Eu quero comer um açaí!
— exclamou Lorrane, fazendo todos rirem.

——Só se for com granola e banana, né? Do jeito certo!—Júlia respondeu, piscando.

——Ah, eu quero ver meu irmão! Faz um tempão que não o vejo. E a minha mãe... preciso contar tudo sobre a Olimpíada!— Victoria acrescentou, a emoção crescendo em sua voz.

—–Falando nisso, você já pensou em como vai ser mostrar suas medalhas para a família?— Rebeca comentou
—Você sabe que eles vão ficar super orgulhosos.

——Sim! Estou até pensando em fazer um vídeo pra mostrar a reação deles. Isso vai ser incrível!—Victoria sorriu, já imaginando a cena.

Enquanto as meninas conversavam, Victoria não conseguia tirar os pensamentos de Yuto da cabeça. O jeito como ele a olhou quando se despediram, a forma como ele a fez sentir especial… Era tudo tão novo e emocionante. E, mesmo com a distância, ela sabia que tinham um laço forte.

A turbulência balançou um pouco o avião, fazendo todos darem risadas nervosas. Flavinha, sempre pronta para a ação, gritou
—Calma, meninas! O que não nos mata nos deixa mais fortes, não é?

As outras riram, mas Victoria começou a se perguntar como seria a rotina no Brasil. As competições estavam apenas começando, e a pressão de ser uma medalhista olímpica seria diferente. Mas, ao mesmo tempo, havia uma sensação de liberdade em saber que poderiam explorar novos desafios.

Após algumas horas de voo, finalmente ouviram o anúncio do piloto
——Estamos começando a nos aproximar do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Esperamos que tenham um ótimo retorno.

Victoria sentiu um frio na barriga. Assim que o avião aterrissou e as meninas saíram, uma onda de calor tropical as envolveu. O aroma familiar do Brasil fez seu coração acelerar. Elas pegaram suas malas e seguiram juntas para a saída.

Ao chegarem, suas famílias estavam lá, segurando cartazes e balões. O sorriso de sua mãe iluminou o rosto de Victoria, e ela não pôde evitar a emoção que brotou em seu peito.
——Mamãe!— Victoria correu para os braços da mãe, recebendo um abraço apertado.

——Você está tão linda! E essas medalhas, minha filha? Estou tão orgulhosa de você!— Sua mãe disse, olhando para as amigas dela que também foram recebidas calorosamente.

Enquanto isso, as outras meninas foram recebidas por seus familiares. O clima era de festa, e as risadas enchiam o ar. O grupo de amigas se uniu, todas trocando histórias sobre a experiência olímpica e como tudo foi incrível.

Após algumas apresentações, a mãe de Victoria chamou as meninas.
——Meninas, vamos para casa! Vamos fazer uma refeição especial pra celebrar as conquistas de vocês!

——Eu espero que tenha muito açaí e brigadeiro!—Flavinha gritou, fazendo todos rirem.

O caminho para casa no carro foi repleto de conversas animadas e promessas de que as coisas não iriam mudar. Na mente de Victoria, no entanto, um pensamento persistia,Yuto. Como seria sua próxima conversa? Será que ele realmente viria ao Brasil?

amor olimpico, Yuto horigome (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora