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Todos tinham sido informados para não a incomodarem, Kallias se certificou disso. Absolutamente ninguém deveria atrapalhar aquele momento, deveriam se manter na defensiva para a proteger, mas Viviane merecia vivenciar cada minuto do luto, da perda pela irmã que fora morta brutalmente e deixada exposta ao público.
Sentada na poltrona preta na sala de estar e com uma taça vazia, perto da falsa lareira de estrutura gélida, via as chamas falsas dançando; como se zombassem de sua cara por estar ali, sem fazer nada, enquanto seu amigo e marido iria atrás da cura para sua filha.
Mas como poderia ser útil? A cura era impossível, nem mesmo Thesan fora capaz de ajudar. Entendia que Kallias apenas precisava de um objetivo, se manter ocupado para negar a realidade: a qualquer momento Nivia poderia morrer e não poderiam lutar contra.
Viviane não possuía detalhes dos planos do companheiro, que pela primeira vez em suas vidas como amantes e governantes, ele escolhera ocultar as coisas, como se soubesse que ela não concordaria totalmente. Como ela poderia aceitar? Eram múltiplas vidas em troca a de uma única, fosse sua filha ou não, era uma crueldade que Viviane não cruzaria. E Kallias a conhecia o suficiente para saber que ela o impediria, com isso, somente prometeu que conseguiria a cura para Nivia e que em breve todos ficariam felizes, bem e saudáveis.
Acreditar nas palavras vagas do marido seguiam sendo tentadoras, embora soassem como uma doce mentira, a mulher aceitara aquilo, pois para si, era mais fácil deixá-lo na fantasia que o puxar para a realidade dura e fria. Mas onde ele estava? Justo quando precisava mais de si, sumira e a deixara só, como uma coitadinha.
Os sons de batidas na porta seguidas de passos se aproximando da poltrona não foram o bastante para a platinada olhasse quem quer que tivesse entrado. Pelo cheiro, não era nem Kallias ou Nivia.
─ Majestade ─ o lacaio a chamou, parado ereto ao lado do móvel. O semblante rígido ao não receber nenhuma reação ─, receio que terei de interromper sua paz.
Paz? Viviane não estava em paz. Sua mente parecia um furacão, a consumindo lentamente.
O homem de pele cristalizada, como se fosse uma escultura viva de gelo esculpida, engoliu em seco ao ter os olhos azulados da dama o encarando friamente assim que esta virou o rosto para lhe observar.
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Contingências: Corte de Estrelas e Chamas
FantasiaDurante o Queda das Estrelas, Nyx sente um chamado peculiar o guiar até uma fêmea que estava assistindo a bela celebração meio a multidão. No instante que seus olhos cruzam com os da desconhecida, o filho da noite sente algo fervilhar dentro de si q...