2. O Palhaço

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  Nem eu sei por que ainda estou aqui, mas fiquei curiosa pra saber o desfecho dessa história, não é como seu eu tivesse algum lugar para voltar. Minha casa é o mar.

  Nunca que eu vou entrar pra essa tripulação, isso é óbvio, mesmo que eles me tragam uma sensação diferente, são piratas, nunca se deve confiar neles com facilidade, falo isso com tanta certeza porque sou uma, conheço a peça.

E assim também é bom que eu aproveito pra desenferrujar, quero aprimorar minhas habilidades, e nada melhor do que uma tripulação de piratas vagabundos que aterrorizam uma vila de pobres aldeões para isso não é?

  Espero que esses caras sejam tão fortes quanto imagino, coloquei muitas expectativas neles, espero que as correspondam

— vai ficar aí parada ou vai vir com nós? — Zoro diz me encarando. Acabei me perdendo nos meus pensamentos e esqueci de ir atrás deles

Em resposta dou um sorriso e o mesmo retribui, e assim seguimos a direção que o prefeito tomou a alguns minutos. Ele é mesmo um tonto, ele acha que vai fazer o que contra os piratas? Bom, pelo menos não fugiu e deixou os cidadãos para trás, é uma atitude respeitável.

  Avistamos o prefeito quase tomando um soco de um.. palhaço? Imaginava ver qualquer coisa, mas agora, um palhaço?

  Antes que eu pudesse perceber, Luffy se colocou entre os dois e impediu a mão do homem, que por algum motivo estava flutuando separada do resto do corpo, provavelmente mais um usuário de Akuma No Mi

— como eu prometi, eu tô aqui. Vim pra te dar aquela surra — Luffy diz com um sorriso no rosto

Olho para Zoro que também sorri. Ele colocou uma bandana, gostei dela, realça seu olhar. Mas por que será que ele a usa? Não que isso importe agora, mas fiquei curiosa

A mão do palhaço retorna ao seu corpo após o impedimento de Luffy. Ele e mais alguns caras estavam em cima de uma casa, todos parados nos encarando de cima

— Chapéu de palha — ele desdenha, com o prefeito chorando caído no chão — como se atreve a aparecer aqui sem convite. — seus olhos encontram os meus e levanto uma sombrancelha — Arranjou mais umazinha pro seu bando, é?

— esse Patati aí tá falando de mim? — pergunto, fazendo Buggy e seus capangas abrem a boca em um completo O, e Zoro solta uma risadinha

— tá ficando maluca? Por que chamou ele assim? — Nami está boquiaberta com as mãos na cabeça

— relaxa, o Patati aí não vai fazer nada

— Patati é teu furico menina —  ele grita raivoso. Que voz irritante a desse cara, insuportável. Ele me encara franzindo a testa — me parece que já vi essa tua fuça aí — abaixo um pouco a cabeça na tentativa de esconder meu rosto, vai saber né

— deve estar se confundindo, às vezes entrou maquiagem no seu olho, não é?

— O que!? — vixi, acho que arranjei problema

— e só deixando bem claro, não sou do bando dele — esclaresso e Luffy me olha confuso

— claro que é! — o moreno diz

— já conversamos sobre isso, mas o foco agora não é esse. Vamos dar uma surra no bando do Patati — falo atraindo um olhar do palhaço

— seus muleques, o que estam fazendo aqui? Vão embora! — o prefeito diz com dificuldade — essa luta é minha e essa cidade também, sou eu quem tem que protegê-la. Não se metam nisso!

Em um golpe rápido, soco a cabeça dele na parede, fazendo-o soltar um breve grito e cair desacordado. Todos me olham incrédulos, enquanto eu bato as mãos uma na outra.

Bloody Lady - Roronoa Zoro Onde histórias criam vida. Descubra agora