Acordei num sobressalto, com a cabeça latejando e uma sensação estranha de desorientação. Ao abrir os olhos, me vi em um quarto que parecia saído de um pesadelo. As paredes, que deveriam ter sido majestosas, estavam desbotadas e rachadas, com pedaços de papel de parede tradicional coreano pendendo em tiras desgastadas. O chão de madeira rangia e estava coberto de poeira, com detritos espalhados por toda parte.
Ao meu lado, uma cama antiga com um colchão de palha rasgado deixava ver o enchimento saindo. Os futons jogados pelo chão estavam cobertos de poeira e cheiravam a mofo. As cortinas de seda, agora descoloridas e esfarrapadas, pendiam tristemente das janelas, permitindo que apenas uma luz fraca e melancólica entrasse no quarto.
Fiquei de pé com dificuldade, sentindo o piso de madeira fria e irregular sob meus pés. Móveis que provavelmente foram luxuosos em outra época estavam agora danificados, com superfícies riscadas e pernas quebradas. As lanternas de papel, algumas rasgadas, forneciam uma iluminação fraca que mal conseguia dissipar a escuridão opressiva do ambiente.
O ar estava impregnado de um cheiro acre de umidade e decadência. Tudo parecia indicar que o lugar havia sido abandonado há muito tempo. A sensação de estranheza e desconforto aumentava a cada detalhe que eu notava. Como eu, uma pessoa do século XXI, fui parar em um quarto tão degradado e anacrônico?
Sentindo o pânico começar a subir, me forcei a respirar fundo e a tentar entender a situação. Eu estava claramente em um palácio coreano, mas nada fazia sentido. O cenário ao meu redor parecia saído diretamente de uma época dinástica, mas em um estado de abandono que me causava arrepios. Precisava descobrir o que estava acontecendo e, principalmente, como sair dali.
De repente sinto uma forte dor de cabeça, e lembranças que não são minhas começam a surgi em minha mente. Nessas lembranças ''eu'' me chamo Kim Chulsoo, e sou o primogênito esquecido da família Kim; durante meu nascimento minha mãe morreu e aparentemente meu pai me responsabilizou pelo ocorrido e em sua raiva me exilou para o palácio de inverno da família Kim juntamente com as servas da minha falecida mãe. Atualmente esse corpo tem 22 anos, e devido ao exílio do pai nunca sai deste palácio. Recebo de mesada 5 jeon, que é trazido todo mês por uma serva velha juntamente com um pouco de comida; e por causa de minha precária situação a maioria das servas que foram exiladas comigo no dia do meu nascimento fugiram, a sorte que nenhuma delas me roubou nada, e portanto só tenho comigo a velha serva e antiga babá da minha falecida mãe e sua neta que tem 17 anos.
Bok Hee não tinha experiência em criar homens, ela fez o melhor que pode, mas tive uma criação bastante feminina aprendendo tudo o que a velha sabia e que minha mãe aprendeu. Por sorte minha falecida mãe vinha de uma grande família erudita então quando fui exilado para cá todas as suas coisas vieram para cá também então aprendi sobre literatura e poesia,caligrafia,filosofia e ética confucionista,línguas clássicas,historia e genealogia,medicina tradicional, costura e bordado. Portanto mesmo vivendo em uma vida tão precária e parecendo ser pele e osso ainda possuo uma beleza estonteante. E não menos importante sou um Omega lúpus.
Levei um choque ao perceber que reencarnei em omegaverse, sempre amei ler historias com essa temática, mas nunca imaginei que só tivesse que ser atropelado por um caminhão para realmente viver essa realidade. Fiquei deitado um tempo sentado na minha cama (se é que aquilo poderia ser chamado de cama) pensando no que fazer a seguir.
Já que morri e reencarnei vou aproveitar o maximo essa nova vida, então o primeiro passo é ajeitar esse palácio.
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Minha segunda vida sendo um omega
FanfictionUm jovem do seculo 21 é atropelado e reencarna no corpo de um omega esquecido por sua família. Acompanhe suas aventuras como um omega em sua segunda vida.