Mais um capitulo, espero que aproveitem. Essa é minha primeira long fanfic, não sou escritor e faço isso como hobby, então não posso prometer regularidade nas postagens. Contudo prometo tentar melhorar a cada capitulo, trazendo uma historia cada vez mais intrigante e emocionante para vocês. Por favor me ajudem nessa jornada, votando ou comentando.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
O sol estava se pondo, lançando uma luz dourada sobre o palácio de inverno, enquanto Chulsoo caminhava lentamente, apoiado por Bok Hee. Cada passo era uma luta; suas pernas tremiam sob o peso de um corpo que ainda se recuperava dos efeitos do cio. A dor pulsava em seus músculos, mas ele se esforçava para manter a dignidade. Bok Hee, sempre ao seu lado, oferecia suporte com uma mão firme em sua cintura.
Quando finalmente chegaram à frente da liteira, Chulsoo levantou os olhos e encontrou o oficial vestido de verde. O homem, com uma expressão de desdém, observou o jovem com um olhar que mesclava superioridade e curiosidade. A presença dele era imponente, e a postura ereta deixava claro que ele se via acima de qualquer um naquele palácio.
"Sr. Kim Chulsoo," começou o oficial, sua voz ressoando como um tambor ao longe. "Venha e se ajoelhe para receber o decreto imperial de Vossa Majestade."
Chulsoo hesitou, um frio na barriga ao perceber que não era mais o simples ômega que cultivava sua horta e sonhava com uma vida tranquila. Ele estava prestes a ser forçado a um destino que nunca desejou. Com um esforço quase sobrenatural, ele se aproximou do oficial, seus joelhos tremendo enquanto se ajoelhava. A sensação do chão frio contra sua pele era um lembrete desconfortável de sua posição.
O oficial, com um sorriso arrogante, desenrolou o pergaminho, sua voz carregada de um tom que parecia se divertir com a situação. "Em nome do Imperador, declaro que o Sr. Kim Chulsoo está agora prometido ao jovem general do país vizinho, como parte do tratado de paz que finalmente unirá nossas nações após séculos de guerra."
As palavras ecoaram na mente de Chulsoo como um trovão. Casamento? Prometido? A indignação crescia dentro dele, uma chama ardente que competia com a fraqueza de seu corpo. Ele olhou para Bok Hee, que mantinha uma expressão de preocupação, seus olhos transmitindo uma mensagem silenciosa de apoio. O que isso significava? Ele estava prestes a se tornar um peão em um jogo de poder que não compreendia.
"Parece que seu destino está selado, ômega," continuou o oficial, seu olhar fixo em Chulsoo, como se estivesse avaliando um objeto. "A paz entre as nações será mantida por meio de alianças como esta. Um pequeno sacrifício para um bem maior, não acha?"
Chulsoo sentiu o calor subir ao seu rosto. A indignação crescia em seu peito, um grito silencioso contra a injustiça que o prendia. Ele não era um objeto a ser trocado, e a ideia de que sua vida e liberdade fossem decididas por outros o deixou em fúria.
"Eu..." ele começou, mas a voz falhou, sufocada pela realidade que o cercava. O oficial não parecia se importar, já estava se virando para os guardas, como se sua presença fosse irrelevante.
"Levante-se, Chulsoo. A partir de hoje, sua vida não lhe pertence mais. Você é uma ferramenta para um futuro que não pediu."
Com isso, o oficial se afastou, deixando Chulsoo de joelhos, lutando contra a tempestade de emoções que ameaçava consumi-lo. Bok Hee se agachou ao seu lado, segurando sua mão. "Não desista de nós. Vamos encontrar uma maneira de lutar," sussurrou ela, e, pela primeira vez, Chulsoo se permitiu sentir um fio de esperança amid a escuridão.
Após a saída do oficial, o silêncio no pátio do palácio parecia pesado, como uma nuvem escura pairando sobre Chulsoo. A indignação ainda ardia dentro dele, mas antes que pudesse processar tudo, a porta se abriu novamente. Seu pai, o Senhor Kim, entrou com passos firmes, acompanhado por alguns servos que carregavam suas coisas.
-"Chulsoo!"
A voz do pai era autoritária, mas havia uma preocupação subjacente.
-"É hora de irmos. Você precisa de um novo começo, longe daqui."
Chulsoo olhou para Bok Hee, que ainda estava ao seu lado, e então para seu pai.
-"Para onde estamos indo?" ele perguntou, a incerteza em sua voz.
-"Para sua nova residência," respondeu o Senhor Kim, enquanto se aproximava. "Você passará os próximos três anos lá, recuperando sua saúde e se preparando para o que está por vir."
Os servos começaram a organizar as coisas enquanto Chulsoo se levantava, sentindo as pernas ainda fracas, mas determinada a seguir seu pai. Bok Hee e sua neta, que estava próxima, foram rapidamente incluídas na arrumação.
-"Bok Hee também virá," disse Chulsoo, sua voz firme. "E sua neta. Elas são essenciais para mim."
O pai hesitou, mas viu a determinação nos olhos do filho e assentiu.
- "Muito bem. Que fiquem como suas servas pessoais. Você precisará delas ao seu lado."
Enquanto se dirigiam para a nova residência, Chulsoo não pôde deixar de sentir um misto de ansiedade e expectativa. O novo palácio era imponente, com grandes salas e jardins exuberantes, mas a opressão de seu destino ainda pairava sobre ele.
Assim que chegaram, o Senhor Kim conduziu Chulsoo a uma sala de estar espaçosa, onde se sentaram em poltronas de madeira trabalhada. O pai, agora com um olhar sério, começou a explicar o que realmente estava por vir.
-"Chulsoo, você precisa entender quem é seu futuro marido," disse o Senhor Kim, seus olhos fixos no filho. "O general com quem você se casará é o mais brutal e inteligente que já existiu entre nossos reinos. Ele é um alfa lupos, um verdadeiro gênio militar."
Chulsoo franziu a testa, sentindo uma mistura de admiração e medo.
- "Ele... ele é como um monstro?"
-"Não, meu filho," o pai respondeu, suavizando o tom. "Sua brutalidade é apenas um reflexo de sua habilidade em batalha. Desde muito jovem, ele mostrou um talento extraordinário para aprimoramento estratégico. Muitos o consideram o gênio do milênio. É a razão pela qual o acordo de paz foi possível."
-"Mas... por que o casamento só acontecerá em três anos?" Chul Soo perguntou, sentindo um nó se formar em seu estômago.
-"Ele ainda tem apenas 17 anos," explicou o Senhor Kim. "Por lei, não pode se casar antes de completar 20. Portanto, você terá esse tempo para se recuperar e se preparar para assumir seu papel como esposa dele."
Chulsoo olhou pela janela, observando o jardim florido. O peso da realidade o atingiu novamente. Ele estava sendo moldado para o papel de uma peça em um tabuleiro de xadrez, e o futuro marido, embora admirável, era uma figura distante e imponente. Ele era um alfa, alguém que poderia ser tanto sua salvação quanto sua prisão.
-"E se eu não quiser isso?" Chulsoo sussurrou, quase para si mesmo.
-"Você não tem escolha, meu filho," disse o pai, a tristeza em sua voz. "Mas aqui, você terá tempo para se fortalecer. A vida que você conheceu no palácio acabou. Agora, você deve encontrar seu lugar neste novo mundo."
Enquanto o sol se punha no horizonte, Chulsoo sentiu uma nova determinação se formar dentro dele. Ele não tinha controle sobre seu destino, mas poderia se preparar para enfrentá-lo. E, talvez, ao lado de Bok Hee e de sua neta, ele encontraria uma maneira de transformar essa prisão em uma oportunidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha segunda vida sendo um omega
Fiksi PenggemarUm jovem do seculo 21 é atropelado e reencarna no corpo de um omega esquecido por sua família. Acompanhe suas aventuras como um omega em sua segunda vida.