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No firmamento, um poeta imaturo,
Com olhos fixos no brilho noturno.
Amou uma estrela, paixão tão pura,
Mas, no reflexo, viu-se inseguro.

Não se amava, que dor obscura,
Nessa estrela buscava a cura.
Mas o amor próprio é a armadura,
Sem ele, a alma não perdura.

"Estrela, me guia, tão altiva,
Ensinou-me sobre luzes cativas.
Mas eu, preso em sombras negativas,
Não posso amar-la...

Adeus, céu, que tanto me inspirou,
Adeus, estrela, que meu ser amou.
Parto agora, o imaturo que errava,
Buscando em mim, o amor que faltava."

Assim se despede o poeta errante,
Deixando a estrela, seguindo adiante.
Ama-se enfim, e na jornada constante,
Descobre que o amor mais importante,
É aquele que nasce dentro do amante.

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