"Tentar é metade do caminho da conquista!"
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Lando Norris | Reino Unido • 19 de Janeiro de 2026
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Eu estava absorto nas imagens do ultrassom, um sorriso leve nos lábios e o coração acelerado como nunca antes. A emoção que sentia era tão intensa que parecia me envolver completamente. Aquele serzinho minúsculo na tela era meu filho, e em poucos meses, ele estaria em meus braços. A alegria que isso me proporcionava era surpreendente, uma sensação de felicidade que eu não tinha experimentado antes.
Apesar da confusão e das dúvidas que permeavam meus pensamentos, havia algo reconfortante em me encontrar imerso nessa nova realidade. Aceitar o que não posso controlar tornou-se uma necessidade. Sim, havia desafios, mas essas eram, sem dúvida, as melhores consequências da minha vida.
Chiara estava constantemente em minha mente. Lembro-me vívidamente da noite em que nos conhecemos. A conversa foi tão animada e envolvente que foi muito além de uma atração física. Havia uma conexão genuína, uma verdadeira apreciação pela pessoa que ela era, e eu não podia ignorar isso. Nunca conversamos sobre o futuro ou sobre como seriam as coisas entre nós, mas eu esperava que ela aceitasse ao menos uma parte de mim – uma casa, uma vida confortável, segurança financeira e tudo o que ela pudesse precisar. Sua família a havia abandonado, e eu sentia que era meu dever cuidar dela. Por ora, ela estava morando com minha família, já que eu passaria o mês de janeiro aqui. Minha intenção era levá-la para Mônaco assim que pudesse.
— Você está há mais de 20 minutos admirando essa imagem linda — a voz suave de minha mãe me tirou dos pensamentos, enquanto ela apontava para o retrato do ultrassom.
Eu sabia que minha mãe estava desapontada comigo. Ninguém espera que seu filho engravide alguém na primeira noite, e eu compreendia sua preocupação. Mas ela havia superado suas reservas e estava animada com a chegada do bebê. No entanto, não pude deixar de notar a preocupação constante em relação ao futuro – o meu, o do bebê e o de Chiara.
— Apenas admirando — respondi com um sorriso leve, apoiando-me nos joelhos. — E também pensando — admiti, com os olhos fixos no chão.
Senti o colchão da minha cama afundar ao meu lado e a mão calorosa de minha mãe acariciar meus cabelos. Sempre amei o carinho que ela me dava, era uma sensação de conforto inigualável.
— Vocês serão ótimos pais para esse bebê — minha mãe sorriu, e eu a olhei, sorrindo de volta. — Mas algo me diz que você está pensando em outra coisa, ou talvez em outra pessoa? — Ela lançou um olhar travesso, e eu a encarei, corando um pouco.
— Talvez — murmurei, sem afirmar nem negar, mas era claro que eu estava pensando em Chiara.
— Você deveria aproveitar essa gravidez para conhecê-la melhor e quem sabe? Talvez você se encante por ela! — Minha mãe falou animada, e eu a encarei com seriedade.
— Já estou encantado — falei baixinho, voltando a olhar para a imagem do bebê. — Desde o primeiro momento em que a vi naquela balada, havia algo especial ao seu redor. Ela me encantou com sua risada! — Suspirei, os sentimentos à flor da pele. — E não foi apenas uma atração física. Cada momento que passamos juntos foi único, como se a vida nunca mais fosse a mesma.
Minha mãe sorriu compreensiva.
— Exatamente. Dê uma chance a vocês dois. Talvez esse bebê seja o início de algo maravilhoso, o florescer de um amor — ela sorriu antes de sair do quarto, e eu senti meu peito aquecer. Talvez fosse hora de me permitir sentir e dar uma chance a esse novo começo. Afinal, o mais difícil já havia acontecido. Era hora de dar um passo para trás e ver o que o futuro nos reservava.
Levantei-me com determinação e fui em direção ao quarto de visitas onde Chiara estava. Quando vi a porta entreaberta, respirei fundo ao vê-la admirando-se no espelho, observando a pequena elevação em sua barriga. O brilho em seus olhos e o amor que emanava dela me fizeram sorrir de forma boba. Abri a porta um pouco mais e ela se virou, com um sorriso tímido. Encostei-me na batente da porta, sentindo uma sensação de calma e satisfação.
— Você está cada dia mais linda — disse, e ela me olhou surpresa, antes de sorrir, corando levemente.
— Pare de exagerar, é o bebê que me faz brilhar — ela respondeu em um tom suave, e eu balancei a cabeça.
— Não é só isso. Você brilha por si mesma, e a cada dia que te conheço, você se torna ainda mais linda — observei, vendo seu olhar surpreso e o sorriso que se expandia em seu rosto, apesar de seu tom envergonhado. Suas bochechas coraram ainda mais.
— Obrigada pelo elogio! — ela disse, e eu me aproximei lentamente.
— Não precisa agradecer por algo tão óbvio! — Parei em frente a ela, inclinando-me devido à diferença de altura. — Posso? — perguntei, apontando para sua barriga.
Ela assentiu, e com suavidade, coloquei minha mão em sua cintura, acariciando-a delicadamente. Inclinei-me e beijei sua barriga, sentindo-a se arrepiar sob meu toque. Sorrindo discretamente, voltei a encará-la.
— Quero que vá morar comigo em Mônaco — disse, olhando diretamente nos seus olhos. Ela me encarou, com uma expressão de confusão.
— Lando, isso é uma loucura! — O medo era palpável em seu rosto, e eu compreendia sua reação.
— Eu sei, mas você está sozinha, e eu quero muito que vocês dois estejam perto de mim. Desejo ter vocês sempre por perto — disse, envolvendo sua cintura com carinho. — Precisamos, pelo menos, ser bons amigos. Vamos estar sempre juntos. E, sinceramente, já avançamos tanto em nosso relacionamento — ri, e ela assentiu, com um pequeno sorriso.
— Mas você quer um relacionamento comigo? — Ela me olhou, claramente tentando entender minhas intenções.
— Eu acho que o tempo nos dirá se podemos ou não ser algo mais, mas eu gostaria de tentar e te conhecer melhor — respondi. Ela assentiu, um pouco atordoada.
— Vamos ver o que o tempo diz! — Ela sorriu, e eu concordei. O silêncio confortável nos envolveu.
Sorrindo um para o outro, desfrutamos de um momento de tranquilidade. Pela primeira vez, senti-me verdadeiramente confortável com o silêncio e a presença dela. Estar com ela era algo que me preenchia de uma maneira nova e especial.
Fomos interrompidos pela campainha. Levantamo-nos juntos, trocando sorrisos encorajadores. Notei que Chiara estava nervosa, mexendo em sua pulseira dourada enquanto nos dirigíamos para a porta. Peguei sua mão e a entrelacei com a minha, oferecendo-lhe um sorriso tranquilizador antes de abrir a porta. Lá estavam todos os pilotos do grid, aguardando ansiosos. Era o momento de compartilhar nossa notícia com eles.
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She. | Lando Norris
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