𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 -7

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𝐀𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐞 2008
𝐇𝐚𝐫𝐫𝐲 𝐏𝐨𝐭𝐭𝐞𝐫: 28 𝐚𝐧𝐨𝐬
𝐃𝐫𝐚𝐜𝐨 𝐌𝐚𝐥𝐟𝐨𝐲: 28 𝐚𝐧𝐨𝐬

Ter estabelecido uma correspondência por coruja com Malfoy era conveniente. Ao longo do ano seguinte, Harry mandava poções de identificação para Malfoy de tempos em tempos, embora Harry ainda visitasse bastante em emergências ou quando achava que o caso precisava de mais explicações do que poderia ser transmitido por nota. Ou quando era tarde e não havia mais ninguém no escritório, e Harry achava que Malfoy estaria acordado.

Harry guardava toda a correspondência de Malfoy na mesa com a gaveta ao lado da cama, junto com o lenço e o papel com o endereço de Malfoy que Malfoy dera a Harry há tanto tempo. Guardar essas coisas fazia sentido, só para o caso de Harry esquecer onde Malfoy morava ou ter que assoar o nariz. Quanto à correspondência, Harry poderia precisar dela para um caso algum dia para lembrar qual poção era qual, embora a maioria das notas de Malfoy dissesse apenas coisas como, 𝑒𝑙𝑒𝑠 𝑢𝑠𝑎𝑟𝑎𝑚 𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑟𝑏𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑎𝑙, 𝑒 𝐵𝑜𝑎 𝑠𝑜𝑟𝑡𝑒, 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟, 𝑒 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑚𝑒 𝑚𝑎𝑛𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑠𝑎𝑐𝑜, 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟.

Algumas vezes Malfoy ligou pelo Flu com sua identidade de poções, mas na primeira vez que Malfoy visitou o Largo Grimmauld, Harry ficou surpreso.

“Oh, Olá,” Malfoy disse, como se não tivesse sido ele quem tocou a campainha. Ele parecia perfeitamente confortável ali, parado na varanda, como se pertencesse àquele lugar. Segurando três frascos, ele os balançou, então disse, “Eu tenho uma solução para um probleminha seu.”

“O quê?”, disse Harry.

Malfoy sorriu. “Solução de Soda cáustica e Olho de Madeira. Da última vez que você veio me ver, você mencionou que estava proliferando de novo, apesar de você ter guardado o cervejeiro há muito tempo. Aqui está o Veritaserum”, Malfoy disse, balançando apenas um dos frascos. “Aqui está a Solução de Soda cáustica e Olho de Madeira., e aqui está uma solução indicadora”, ele continuou, balançando cada um dos dois frascos seguintes. “A solução indicadora detectará se alguém tomou alguma poção com lágrimas de crocodilo nas últimas setenta e duas horas — lágrimas de crocodilo são um ingrediente raro, mas operante, na Solução de Soda cáustica e Olho de Madeira, se você se lembra.”

“Entre”, disse Harry, abrindo mais a porta.

“Acho que não me importo.” Ainda sorrindo, Malfoy entrou na casa. “É sempre tão escuro aqui?”, ele perguntou, enquanto Harry fechava a porta.

“Eu—normalmente não recebo visitas.”

Malfoy parecia estar fazendo um levantamento do território. “Vejo que você removeu a tia-avó Walburga.”

Harry olhou para a parede onde o retrato costumava estar. Em vez disso, havia uma pintura de um campo de flores com testrálios pastando. “Luna pintou por cima.”

“E como está Lovegood?”

“Ela está bem,” disse Harry. Malfoy parecia tão confortável e preguiçoso, como se manter conversas normais e visitar um ao outro fosse algo que eles faziam o tempo todo. “Como está... sua mãe?”

Malfoy se virou. “Acho que eu poderia ter usado o Flu, mas administrar a solução indicadora é um processo de certa delicadeza. Não imaginei que você conseguiria lidar com isso sem instruções explícitas.”

“Tudo bem,” Harry disse. “Vamos.” Ele levou Malfoy pelo longo e escuro corredor até a cozinha, onde ele acendeu as luzes com Lumos e puxou uma cadeira, indicando para Malfoy se sentar à mesa. “Eu não sabia que você estava fazendo uma solução indicadora,” ele disse, observando enquanto Malfoy colocava os frascos na mesa. “Isso vai ser uma grande ajuda para interrogar suspeitos.”

𝙻𝚘𝚗𝚐𝚎 𝚍𝚊𝚜 𝚌𝚘𝚒𝚜𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚏𝚊𝚗𝚝𝚒𝚜 - 𝑫𝑹𝑨𝑹𝑹𝒀Onde histórias criam vida. Descubra agora