𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 -12

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𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 2012
𝐇𝐚𝐫𝐫𝐲 𝐏𝐨𝐭𝐭𝐞𝐫: 31 𝐚𝐧𝐨𝐬
𝐃𝐫𝐚𝐜𝐨 𝐌𝐚𝐥𝐟𝐨𝐲: 19 𝐚𝐧𝐨𝐬

Na manhã seguinte, Harry não encontrou nada útil no Registro da Área Antes de ir para Tinturas sob medida, Harry passou para ver Andrômeda. Ele havia enviado a ela aquela coruja quando deixou Draco, de onze anos, sozinho, para que Harry pudesse ir ao armazém. O bilhete explicava a cura e o que estava acontecendo com Draco, mas Harry estava exausto enquanto o escrevia, e ele queria atualizar Andrômeda para que ela soubesse o que estava acontecendo com Ron e Hermione, o caso de poções e a cura de Draco.

"Você parecia frenético, sim," Andrômeda concordou, quando Harry terminou sua explicação.

"Eu tive que deixá-lo sozinho", disse Harry. "Ele tinha apenas onze anos."

"Crianças de onze anos podem ficar sozinhas em casa por algumas horas sem se matar", disse Andromeda, parecendo divertida. "Imagino que você tenha ficado sozinha com mais frequência do que isso."

"Isso é diferente."

"Por que?"

"Porque eu não tinha ninguém para me amar", disse Harry, afirmando o óbvio.

"Ah," disse Andrômeda, soando tanto como um Draco adulto naquele momento que Harry balançou a cabeça. "Como foi o jovem Draco, então?"

"Bom", disse Harry.

Andrômeda apenas levantou as sobrancelhas lentamente.

"Ele era," Harry insistiu. "Quero dizer, ele não era. Mas ele era-ele não era o que você esperaria."

"Deixe-me dizer o que eu esperaria." Andrômeda tinha olhos que sempre o faziam sentir como se ela estivesse olhando para uma parte dele que ele não sabia que tinha. "Eu não conheci meu sobrinho até depois que ele foi sentenciada, mas eu conhecia Cissa." Harry percebeu que ele se referia a Narcissa. "Ela era a quieta. Mesmo quando Bela e eu gritávamos uma com a outra, Cissa era tranquila, adorável e educada. Ela fazia tudo o que mamãe e papai sempre mandavam, exceto quando se casou com Lu. Cada emoção que ela já teve, ela enrolou dentro de si tão forte que ela nunca se pareceu com nada, exceto com a mais linda foto que você já viu."

"Lu?", disse Harry.

"Não diga a Draco que eu te contei." Andrômeda sorriu. "De qualquer forma, tinha que sair em algum lugar, toda aquela emoção. Onde você acha que ela colocou? Certamente não no marido; ela tinha que ser perfeita para ele também. Vinte e três anos de amor, paixão, afeição, solidão e sofrimento. Ela colocou tudo nele."

"Draco."

"Ele era o amor da vida dela. É por isso que ela enlouqueceu em Azkaban - ela não conseguia suportar a ideia de ele ficar sozinho. Sem ela."

"Como você sabe?"

"Harry." Andrômeda de repente pareceu tão cansada, as linhas ao lado de sua boca puxando todo seu rosto para baixo. "Ela me disse isso. Quando ela estava na Ala Janus Thickey. Você sabe o que mais a preocupava?"

Harry não tinha ideia de que Andrômeda havia visitado Narcissa no St. Mungus. Por que essa família se escondia tanto?

"Ela se preocupou que o tivesse machucado. Psicologicamente. Que sua obsessão tivesse feito com que ele não conseguisse viver sem ela." A voz de Andromeda era monótona. "Foi por isso que ela fez isso."

Harry não queria ouvir. Ele não suportava ouvir.

"Ela queria que ele continuasse", disse Andromeda, "e ele continuou. Ele continuará."

𝙻𝚘𝚗𝚐𝚎 𝚍𝚊𝚜 𝚌𝚘𝚒𝚜𝚊𝚜 𝚒𝚗𝚏𝚊𝚗𝚝𝚒𝚜 - 𝑫𝑹𝑨𝑹𝑹𝒀Onde histórias criam vida. Descubra agora