Capítulo 1

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Irritar Chuuya nunca perde a graça. Dazai tem a absoluta certeza disso, ele está deitado na cama deles pensamos em formas de mexer com seu marido. O que faria ele fazer aquela expressão de irritação com uma pitada de divertimento?

Para logo em seguida Dazai o distrair com beijos e deixar Chuuya se vingar dele na cama?

Dazai fazia muito isso na adolescência, ficava deitado pensando em Chuuya. Pensando em todas as alternativas que fariam o ruivo prestar atenção nele.

Era até fofo quando ele era um adolescente que não tinha nenhuma preocupação além de passar nas provas e ir regularmente ao um psicólogo. Agora é deprimente o quanto de tempo livre que ele tem.

Para a surpresa de muitos, isso não estava nos planos de Dazai. Ele estava indo bem, era seu segundo ano dando aula para o ensino médio numa escola, não importava o quão fodida ela era. Dazai meio que amava isso, a determinação de mudar a vida dos jovens, talvez não dá maneira convencional... Mas ainda uma mudança.

Até a frustração quando as coisas davam errado o conforta, estava tudo bem. Até seu antigo tutor fazer sua caveira e ele ter sido demitido. Valeu Mori!

Ele tentou outros lugares e nada, já faz quatro meses que ele está entediado, solitário e se sentindo uma merda. No começo foi legal, ele tinha Chuuya só pra ele porque por coincidência seu marido tinha entrado de férias na mesma época.

Ele passava o dia e noite com Chuuya, as vezes com seus amigos principalmente Odasaku. Mas como sempre acontece, a vida chama e as pessoas ficam ocupadas.

Ele leu, limpou, mandou currículos, aprendeu a fazer cerâmica, pesquisou um fetiche aceitável para fazer com Chuuya, saiu, fez a janta. Várias e várias vezes. Dazai não tem vergonha de ser sustentado por Chuuya, longe disso mas...

Ele estava construindo algo importante naquela escola. Algo que... "Procure algo que você se importe... E não diga Chuuya ou Odasaku" era o que sua psicóloga tinha falado repetidamente.

E ele tinha feito isso, e agora por causa do desgraçado do mori isso tinha acabado. Dazai estava pensando seriamente em o empurrar de uma escada ou cortar sua garganta dormindo mas Fukuzawa-san ficaria chateado. Ele tinha prometido a Dazai que cuidaria disso, que o arranjaria um trabalho na sua própria escola.

E é isso que Dazai tem feito, deixado outra pessoa cuidar dele. Ele nunca vai se acostumar com isso.

O que sobra é irritar seu marido, seu azedo Chuuya que tem tentado do seu jeito confortar Dazai. Ofereceu para se livrar do Mori ele mesmo e o abraçou sem jeito, sempre disposto a ouvir suas reclamações.

Dazai achou adorável ver seu esforço, suas palavras hesitantes que acabavam sendo indelicados para quem ver de fora e seu rosto tão lindo e preocupado olhando para ele.

Dazai não se importava, ele não casou com Chuuya por causa do seu jeito com as palavras.

Dazai tem feito algumas pegadinhas com Chuuya, o fez ir trabalhar com o cabelo rosa depois de trocar shampoo por tinta e o lesado nem percebeu, depois de ser preso na cama foi hilário ouvir Chuuya contar os elogios falsos que seus subordinados disseram achando que tinha sido escolha dele.

Dazai pintou seu rosto com tinta e disse que era permanente, virou todas as suas roupas do avesso e fingiu estar em uma situação difícil, apenas para Chuuya chegar em casa rápido e ofegante pra Dazai falar que cortou o dedo com o papel.

Ele está entediado e sabe que Chuuya gosta disso, de revidar todas as suas gracinhas Yosano gosta de dizer que os dois são crianças grandes que se casaram. Dazai discorda, é apenas o jeito deles, como sempre foi e sempre vai ser.

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