São Paulo, Brasil-05:45
sexta-feiraMaurício Santos
Acordo com o sol batendo na minha cara, olho o relógio e são 05:45. Droga, esqueci de fechar a janela ontem! Tento levantar para fechá-la, mas meu namorado me puxa de volta, fazendo eu deitar no peito dele.
–Volta a dormir amor- Artur fala e me puxa para seu peito.
Me aconchego nele e volto a dormir.
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O despertador toca, estico o braço e o desligo, levantando e indo para o meu closet, pegando a camiseta do uniforme e uma calça de moletom. Entro no banheiro e tomo um banho rápido. Vejo que esqueci a roupa no quarto, então tenho que sair do banheiro só de toalha.
–Ó lá em casa- meu namorado fala assobiando com as mãos atrás da cabeça
Não digo nada, apenas dou uma risada e vou para o meu closet, vestindo a minha roupa. Volto para o banheiro e escovo os dentes. Vejo Artur chegar por trás de mim e colocar uma mão na minha cintura, já que estava com o telefone na outra. Ele tira uma foto nossa e depois pega a escova dele.
—Apura aí, senão nós vamos nos atrasar—Falo. Quando ele termina de escovar os dentes, dou um selinho nele e Artur concorda com a cabeça.
Pego minha mochila e a do meu namorado e vou para a sala, encontrando minha prima apoiada no braço do sofá, mexendo no celular. Ela estava com a mesma roupa que eu, só que com uma blusa térmica preta por baixo. Ela levanta a cabeça para me olhar.
—O André já está vindo nos buscar. — diz Anne, referindo-se ao namorado dela.
Artur desce a escada e pega a mochila do meu ombro. Nós três vamos para a frente de casa esperar o namorado da minha prima. Vejo a BMW azul meia-noite dobrando a esquina; ele estaciona na frente da minha casa e nós três entramos no banco de trás, já que a irmã do André estava junto com ele. Fomos até a escola fofocando sobre a vida alheia, mas não somos fofoqueiros; somos bem informados. André para na sua vaga de capitão do time de futebol e saímos: eu, Anne e Helena fomos para um lado, e Artur e André para o outro.
— Oi, meninas — falo para as amigas da Anne, já que a Helena foi para o grupo das patricinhas, André para o grupo da turma dele, que era de outro ano, e Artur para o grupo dos garotos da nossa sala.
— Sua vagabunda, nem pra responder minha mensagem — diz Sofia para Anne.
— Que mensagem doida? — pergunta Anne.
— O Hungria vai fazer um show aqui na nossa cidade e o amigo da Gabi conseguiu alguns ingressos pra gente — diz Sofia, e Anne só não solta um grito porque está na escola.
— Como assim? — nós falamos juntas, porque amamos o Hungria; tínhamos uma conexão de irmãos, pois a Anne foi criada comigo.
— O amigo da Gabi é afilhado do dono do lugar onde vai acontecer o show — responde Sofia, e o sinal bate.
— É educação física agora — falo, e eu e Anne fazemos uma dancinha, e as meninas riem.
— Tchau, vou na sua sala durante a troca de professores — diz André e dá um selinho em Anne antes de ir para o corredor subir para sua sala.
A professora de educação física chama nossa atenção e vamos para a quadra. Hoje ia ser futebol, então provavelmente eu ia ser goleiro, já que era o goleiro titular do time da escola. A prof pede para eu e o Gabryel escolhermos os times. Iam ser dois times de meninas e outros dois de meninos, já que temos a mesma quantidade de ambos. Escolhemos os times e eu vou para o banheiro colocar um short e a minha proteção, junto com o esparadrapo nos dedos.
— As meninas vão começar e quem ganhar o jogo vai jogar contra o time dos meninos que ganhar. Enquanto isso, os meninos podem jogar com a bola de vôlei na outra quadra — fala a professora, nos dando a bola de vôlei e começando o jogo com as meninas.
Vou com os meninos até a outra quadra e montamos uma rodinha. Murillo saca e eu defendo com uma manchete, mandando a bola para o outro lado da roda. Dou uma olhada no jogo das meninas e Anne e Helena ficaram no mesmo time; com certeza aquele time ia ganhar. As duas jogavam muito bem e faziam uma ótima dupla: Anne driblava bem e tocava para Helena, que fazia o gol. Volto a atenção para a bola de vôlei, que quase bate na minha cara, mas consigo fazer um toque, devolvendo-a para o outro lado. O jogo das meninas termina 7x2 e a prof nos chama para lá.
– O time da Anne ganhou, agora é o time dos guris que vai jogar. Gurias, vocês podem jogar com a bola lá na outra quadra – a professora falou, e eu joguei a bola para a Anne, que dominou e sacou para a outra quadra, onde as gurias já estavam posicionadas em roda.
Eu fui para o gol e meu time se posicionou. O outro time iria começar com a bola. A professora apitou e o Gabryel começou com a bola. Ele driblou o Emanuel, mas o Murillo recuperou, indo até o outro lado da quadra e fazendo gol para nós. O goleiro deles tocou a bola para o Gabryel, que vinha avançando. Ele conseguiu driblar alguns jogadores e chutou para o gol, mas eu consegui defender, tocando para o Emanuel. Meu time fez mais dois gols, mas um jogador do time do Gabryel pegou a bola e conseguiu fazer gol em mim. Eu me culpei por não conseguir defender, mas o jogo continuou. No final, ficou 8 a 7; por pouco meu time ganhou e íamos jogar contra as meninas na próxima aula. Alongamos e eu fui ao banheiro tirar o esparadrapo e a proteção para colocar minha calça de novo. Fomos para a nossa sala de aula e o André estava na porta da sala esperando a Anne, como sempre faz na troca de professores. A professora de educação física foi buscar a outra turma e deixou a minha sala sozinha, mesma coisa que deixar a gente fazer besteira. Íamos ter aula vaga, já que o professor de física faltou e o professor de espanhol do André, que é diferente do nosso, também faltou. Então ele ia ficar na nossa sala enquanto isso.
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Vou para o fundo e sento no meu lugar, que era atrás da Anne e do lado da Sofia. O André estava sentado na cadeira e a Anne em cima da mesa; eles estavam conversando e eu estava morrendo de frio, já que tinha esquecido de pegar o meu casaco. O Artur percebe que estou com frio, já que quando estou com frio meus lábios ficam mais claros e eu arrepio um pouco. Ele vem até mim e tira o casaco, me entregando.
– Tu não vai ficar com frio? – pergunto.
– Não, tô com blusa térmica por baixo – ele fala, e eu visto o casaco.
– Obrigada – digo, e ele assente com a cabeça e volta para onde os guris estavam bagunçando.
Gosto de usar as roupas dele porque o cheiro do Artur fica em mim e eu adoro o cheiro do meu namorado; ele é único. Os guris iriam incomodar por causa disso, mas eu não ligo; já tenho vários problemas, não preciso de outros.
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Devo continuar?
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Together forever- Thuricio
FanficDois alunos do ensino médio, Mauricio dos Santos e Artur Quadros. Namorados que não revelam no namoro na escola por medo de preconceito, Maurício é goleiro titular do time de futebol e Artur titular do time de basquete