A História Completa de Heavark (Heavark #0)

O Branco

O Branco, também conhecido como a magia do sacrifício, é uma força arcana e temida em Heavark. Este poder sombrio não é apenas uma manifestação de energia, mas uma conexão profunda com as forças mais obscuras do sacrifício e da renúncia. Para acessar o Branco, os Trimens, Formidáveis ou Oliumens devem realizar rituais antigos que envolvem oferendas de grande valor, muitas vezes envolvendo dor e sofrimento. Esses sacrifícios não são meros atos simbólicos, mas exigências reais que drenam a vitalidade e a essência daqueles que buscam controlá-lo.

Os que escolhem trilhar o caminho do Branco ganham habilidades que ultrapassam os limites de qualquer outro poder, mas ao custo de sua própria humanidade. Este poder pode conferir dons extraordinários. Um dos sacrifícios mais comuns realizados por manipuladores do Branco é o assassinato de entes queridos, um ato que causa um grande peso na consciência de quem o comete. No entanto, o Branco não se limita apenas à morte. Também pode envolver a destruição de objetos de grande valor sentimental, a realização de traições profundamente dolorosas, ou a renúncia de sonhos e desejos pessoais. Esses atos de sacrifício, variando de severidade, servem como a moeda de troca para acessar o poder do Branco.

É também conhecido como o poder do remorso, porque não existe recompensa no Branco sem um grande peso na consciência, Sua essência é o custo emocional e moral que ele impõe. Cada uso desse poder é uma transação sombria que exige um preço psicológico pesado. A sedução do Branco é poderosa, mas poucos são os que sobrevivem à sua influência sem perder algo essencial de si mesmos.

Seraphina era uma protetora feroz de sua floresta e de seu povo. Quando uma praga devastadora ameaçou destruir tudo o que ela amava, ela recorreu ao Branco em um ato desesperado. O sacrifício exigido foi a vida de sua própria irmã, um ato de traição que dilacerou seu coração. Ao cometer esse sacrifício terrível, Seraphina ganhou a capacidade de purificar qualquer veneno ou doença, salvando sua terra e seu povo da destruição iminente. Contudo, o peso da morte de sua irmã era um fardo insuportável, que a atormentava dia e noite.

Apesar de seu novo poder ter salvado inúmeras vidas, a culpa pelo sacrifício de sua irmã nunca a abandonou. Seraphina tornou-se uma figura trágica em sua comunidade, uma salvadora manchada pelo sangue de sua própria família. As pessoas que antes a reverenciavam agora a olhavam com uma mistura de admiração e medo, conscientes do preço terrível que ela pagou pelo poder. O remorso corroía sua alma, e ela se afastou gradualmente de todos, incapaz de suportar os olhares de seus compatriotas e os sussurros sobre sua traição.

No fim, consumida pela culpa e pelo peso insuportável de suas ações, Seraphina tirou sua própria vida. Ela escolheu o coração da floresta, um lugar sagrado onde ela e sua irmã costumavam brincar na infância, como o cenário de seu ato final. Lá, em um ritual silencioso, sua dor chegou ao fim. Sua morte foi rápida, mas o impacto foi profundo. Sua comunidade encontrou seu corpo cercado pelas flores que ela tanto amava, agora testemunhas silenciosas de seu sacrifício final

O rei Varek era uma figura imponente e ambiciosa, conhecido por sua sede insaciável de poder e controle. Governando com um punho de ferro, ele buscava constantemente maneiras de expandir seu domínio e solidificar sua autoridade sobre Heavark. Respeitado e temido, Varek era um estrategista brilhante e um guerreiro formidável, mas sua busca incessante por poder o tornava também um líder implacável. Ele estava disposto a fazer qualquer coisa para assegurar seu lugar no topo, o que o levou a explorar territórios desconhecidos e arriscar tudo em busca de mais força.

Apesar de sua natureza severa, Varek tinha um lado mais suave e humano, visível em seu amor profundo por seu marido, Aelar. Aelar era a única pessoa que conseguia trazer leveza e alegria à vida de Varek. Eles compartilhavam um vínculo profundo e inquebrável, baseado em respeito mútuo e amor genuíno. Para Varek, Aelar era sua âncora, a pessoa que mantinha sua humanidade intacta em meio à escuridão de suas ambições. Esse amor era o único aspecto de sua vida que Varek considerava sagrado e intocável, um refúgio de paz em meio ao tumulto de seu reinado.