A História Completa de Heavark (Heavark #0)

O Púrpura

O Púrpura é uma força obrenatural e vital de Heavark, ela se manifesta como uma energia tangível, manipulada por seres chamados de Formidáveis. De acordo com o folclore e mitologia formidável, foi enviado dos céus por uma deusa poderosa chamada Eldrida.

Se manifesta, como o próprio nome diz, em uma enegia de cor Púrpura, que se expande além do corpo dos formidáveis.

Diferentemente do Azul e do Verde, pode ser usado não apenas para controlar uma única matéria específica, mas tudo que existe. Como, por exemplo, levitar um objeto, ou atacar diretamente seu inimigo. No verde, por exemplo, o Trimen usa de matéria viva para atacar seus inimigos, no Azul, da água, no Púrpura, não é necessário estar em contato com uma matéria específica para ser utilizado. É único poder que pode ser usado "do nada". Se o Trimen não está na floresta, e o Oliumen não está no mar, seus poderes ficam bem mais limitados. Já com os formidáveis, eles não precisam de uma fonte específica de poder, pois eles são poder.

Em contraste com com os outros poderes, não existe intrinsecamente em um Formidável de forma infinita. Ao contrário do Trimen, que pode sempre recorrer à flora ao seu redor, e do Oliumen, que encontra sustento nas águas, o poder do Formidável é alimentado por uma necessidade sombria e vital: o sangue. Sem a ingestão regular de sangue, o Púrpura queima rapidamente, deixando o Formidável enfraquecido e incapaz de exercer sua magia.

Para mantê-lo vivo e poderoso, um Formidável deve se alimentar de sangue de forma rotineira. Esse ato não é simplesmente uma preferência ou uma tradição, mas uma necessidade biológica e mágica. O sangue contém a essência vital que reabastece e revitaliza o poder dentro do Formidável. Cada gota absorvida é convertida em energia mágica, permitindo que o Formidável continue a exercer seu domínio sobre a realidade. Sem essa ingestão regular, o Formidável sente seu poder diminuir, e eventualmente, pode perder completamente sua habilidade de manipulá-lo.

A dependência do sangue confere uma natureza dual e perigosa. Enquanto proporciona aos Formidáveis um poder sem igual, também os coloca em uma posição vulnerável e constantemente necessitada. Formidáveis que se recusam ou são impedidos de se alimentar de sangue enfrentam uma rápida e dolorosa decadência. Seus corpos enfraquecem, suas mentes ficam turvas, e a energia vibrante começa a desaparecer, deixando-os à mercê dos perigos que antes podiam controlar. Essa necessidade de sangue, portanto, não só define a força dos Formidáveis, mas também sua maior fraqueza.

Há muitos séculos, em um tempo onde Heavark ainda estava em suas fases iniciais de descobertas e expansões, governava um rei formidável chamado Arion. Arion era um líder respeitado e admirado por sua sabedoria e compaixão. Quando chegou ao poder, decidiu que governaria de maneira diferente dos seus antecessores. Ele acreditava que a prática de consumir sangue para manter seu poder era bárbara e desnecessária. Convicto de que poderia encontrar uma alternativa para sustentar seu poder, Arion recusou-se a seguir essa tradição sombria.

Inicialmente, sua decisão foi recebida com entusiasmo e esperança. O povo de Heavark via em Arion um visionário, alguém capaz de romper com as práticas ancestrais e abrir caminho para uma nova era. No entanto, à medida que os meses se passavam, a realidade cruel começou a se manifestar. Sem a ingestão regular de sangue, Arion sentia seu poder enfraquecer lentamente. Pequenas tarefas que antes realizava com facilidade tornaram-se extenuantes. Seu poder, que uma vez emanava de seu corpo, começou a esvanecer, deixando uma sombra de sua antiga majestade.

Determinado a provar que estava certo, Arion procurou métodos alternativos para reabastecer seu poder. Ele consultou sábios, estudou antigos textos e realizou rituais complexos, mas nada parecia substituir a necessidade vital do sangue. Seus conselheiros mais próximos começaram a implorar para que reconsiderasse sua decisão, temendo pelo futuro do reino sem a força de seu líder. Contudo, Arion, teimoso e orgulhoso, manteve-se firme em sua convicção. Ele acreditava que sua força de vontade e a pureza de seu espírito seriam suficientes para superar essa adversidade.