Cap 31

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AYLA

(Duas semanas depois...)

Quarta-feira
18:30 da noite.

Bom, já se passaram duas semanas desde o ocorrido com a Oliveira e até agora ela não acordou.

Nisso tudo eu e Alemão descobrimos que alguém falou pros policiais onde a Oliveira e a Nega estavam e essa pessoa está trabalhando junto com os policiais.

Só que como tudo na porra da minha vida é difícil, não sabemos ainda quem ao certo que está fazendo esta patifaria.

Eu estou acabada! Estou apenas vivendo mesmo, não me alimento direito, não durmo e pra dormir tenho que me dopar de remédio, nem minhas higienes pessoais estou dando conta de fazer.

Nega já saiu do hospital porém está de repouso aqui em casa porque Alana está cuidando dela.

O morro todo tá triste, não tá tendo baile, pagode, nem nada.

Alemão a cada dia que passa fica pior, vive bebendo e se drogando, Breno vive chorando pelos cantos por conta do Alemão, e Nega não está diferente, vive fumando maconha e chorando e Alana fica triste por isso né, afinal, é a mulher dela.

Bom, agora estou indo ver minha mulher no hospital, pedi um uber e agora estou entrando nele.

Rapidinho chegamos no hospital e eu desci do carro, quando cheguei na frente do hospital vi Esther e Sabrina conversando, fui em direção a elas e elas me olharam como se tivessem tomado um susto.

Ayla: Oie.

Sabrina: Eai gata. — falou me abraçando de lado.

Esther: Ué flor, num já deu tua hora?

Ayla: Bom, isso não lhe interessa, mas oi e tchau.
— falei e fui pra dentro do hospital deixando elas lá fora a sós.

Confesso que fiquei com uma pulga atrás da orelha vendo elas conversando ali cheias de intimidade, eu nem sabia que elas se conheciam, mas deixei isso de lado e fui fazer minha ficha no balcão.

Fiz minha ficha, botaram minha pulseirinha de acompanhante e eu fui pra sala onde Oliveira estava.

Quando cheguei lá me deu um nó na garganta e uma vontade imensa de chorar vendo minha mulher daquele jeito, mas me contive, entrei na sala fechei a porta e me sentei numa poltrona ao lado da maca dela.

Peguei na mão dela e não me contive, comecei a chorar igual um criança.

Ayla: Oi meu bem, desculpa a demora pra vim aqui te ver, eu tava resolvendo algumas coisas com o Alemão, sei que estou parecendo uma louca aqui falando com você e chorando, mas é porque por incrível que pareça eu sinto sua falta. — falei chorando.

Ayla: Por favor linda, volta pra mim, eu te amo muito, muito mesmo, nem sei se você tá me escutando só quero que saiba o quanto que eu te amo e o quanto que gosto de você. De início pensei que iria te odiar e realmente te odiei por um tempo, porém começamos a ficar e sei lá, oque eu sentia por você só foi crescendo e ficando cada vez maior, você sempre me faz rir com aquelas suas piadas idiotas, com seu jeito bobo de ser e agora tá assim... Se você tá me ouvindo ou sei lá, me dá pelo menos um sinal meu bem. — falei chorando.

Quando falei isso senti ela apertar minha mão e nem acreditei, sorri feliz olhando pra ela e antes de sair da sala pra falar com o médio dei um beijo na testa dela e sai.

Falei com o médico do ocorrido e ele logo foi pra sala dela e eu tive que ficar aqui fora esperando, depois de exatas um hora e meia ele volta e vem em minha direção.

Ayla: Eai médico?

Médico: Então, o estado da senhorita Oliveira está cada vez pior, agora mesmo ela está precisando respirar por aparelhos e não sei se ela vai conseguir sobreviver.

Ayla: Mas ela mexeu a mão, eu vi. — falei já começando a chorar.

Médico: Isso é normal, mas não crie expectativas. — falou e saiu me deixando sozinha.

Não tive outra reação a não ser chorar.

Apenas pedi um uber, ele logo chegou e foi o caminho todo perguntando se eu estava bem e o porque de eu estar chorando tanto, falei que era só cólica e ele acreditou.

Quando chegou na barreira do morro paguei e ele e fui quase correndo pra casa, quando cheguei em casa fui direto pro meu quarto.

Comecei a chorar descontroladamente e acabei vendo uma lâmina que eu usava pra fazer minha sobrancelha, não pensei direito e só queria afogar minhas mágoas em algo, apenas peguei a lâmina e comecei a fazer cortes profundo em meus pulsos.

E antes que me julguem, eu juro que tentei me controlar essas semanas todas, mas porra, chega uma hora que não dá!

Enquando fazia cortes em meus pulsos chorava por ter caído nesta tentação de novo, mas sei lá, de alguma forma isso me aliviava um pouco.

Quando fui ver meus pulsos sangrava e estavam com cortes grandes, porra!

Nem eu acredito que fiz esta merda de novo, mas sei lá, me deixou mais aliviada.

Botei a lâmina que estava suja de sangue escondida no meu armário e botei um moletom pra ninguém ver né.

Porra, ainda assim estava chorando descontroladamente, comecei a sentir um pouco de falta de ar mas tentei me acalmar, ouvi o barulho da porta abrir e vi que era minha irmã, ela me olhou e se agachou na minha frente.

Alana: Ei, se acalma, sei que deve estar difícil pra ti, mas calma, respira comigo, puxa o ar, agora solta devagar. — falou me acalmando.

Eu já não estava mais sentindo minhas pernas e estava me sentindo fraca, como se a qualquer momento fosse desabar, mas fiz oque Alana falou e fui me acalmando aos poucos.

Alana: Já comeu algo hoje? Quer que eu faça algo pra ti? — falou me abraçando de lado.

Ayla: Já comi sim. — menti.

Alana: Tem certeza? — ela falou e eu assenti com a cabeça.

Ayla: Sem querer ser grossa, mas pode me deixar sozinha? — ela assentiu e saiu do quarto.

Comecei a chorar de novo e de verdade, sinto que a qualquer hora vou desidratar de tanto que estou chorando.

Nem tentei dormir porque sei que não conseguiria, então apenas peguei duas cartelas de dipirona e tomei com água.

Nisso tudo me deitei na cama mas mesmo assim o sono não veio e eu só fiquei rolando de um lado pro outro na cama sem conseguir dormir, ou seja, mais uma noite sem dormir.

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Deixem estrelinhas e comentem muiiito pra eu voltar logo. ⭐️

- Bjss da sapatão 🫶🏻

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