Prologo.

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      O sol estava se pondo no horizonte do Tahiti, tingindo o céu com um espetáculo de cores quentes e vibrantes

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   O sol estava se pondo no horizonte do Tahiti, tingindo o céu com um espetáculo de cores quentes e vibrantes. A brisa suave do oceano balançava as palmeiras e trazia um alívio momentâneo do calor tropical. A ilha, famosa por suas ondas perfeitas e paisagens deslumbrantes, estava em plena euforia devido às Olimpíadas de Surf. As ruas estavam repletas de visitantes e atletas, todos ansiosos para testemunhar as melhores performances de surf do mundo.

   Merliah, uma jovem com cabelo loiro e olhos penetrantes, caminhava pelas ruas de Taehupoo com um ar de determinação. Ela vestia roupas simples, um vestido surrado que era de sua mãe e sandálias desgastadas, contrastando fortemente com o glamour da competição olímpica que se desenrolava ao redor dela. Lia era uma das muitas mulheres que, devido à pobreza e à falta de oportunidades, encontraram no trabalho sexual uma forma de sustento. Sua vida era um ciclo constante de desafios e luta pela sobrevivência. Mas havia algo mais profundo em seus olhos – uma chama de esperança, uma vontade de transcender sua situação - Merliah sabia que essa vontade muito provavelmente nao deixaria de ser um desejo, algo com que a loira de 15 anos de idade iria dormir pensando no dia que o sol iria brilhar em sua vida, mas depois de cinco anos vivendo a mesma maneira, remando sem sair do lugar a menina se torna uma mulher e vê que o mundo, a sociedade nunca iria se importar com pessoas como ela e que o sonho de criança da princesa encontrar o principe encantado nunca vai passar de um conto de fadas, por isso os contos de fada levam esse nome, nao se tornam realidade, nunca.

   Naquele dia, Lia nao estava tao animada e ansiosa, o que novamente causava contraste ao seu redor, já que todos da ilha estavam animados pelos surfistas que iriam competir naquelas aguas. Ela tinha uma importante reunião à noite com um cliente regular, que havia prometido pagar um pouco mais para um encontro mais longo. Para Lia, isso significava a chance de juntar um pouco mais de dinheiro, o que era crucial. Ela conhecia bem as ruas e os clientes, e sabia como se proteger, mas a sensação de vulnerabilidade nunca desaparecia completamente. Ao chegar no que poderiamos chamar de apartamento, uma sala com um sofa que era sua cama, uma cozinha minuscula e uma cabeceira com gavetões onde ficavam suas roupas e principalmente o objeto grande que descansava no canto do ambiente, uma pranda de surf, intocada a pelo menos 6 anos, era a prancha de seu pai e a unica coisa que era se recusou a vender, mesmo sabendo que valeria algum dinheiro, era uma memoria afetiva e dinheiro nenhum no mundo poderia pagar por ela.

   Um vestido curto, o unico e mais salto que tinha em seu armario, uma maquiagem leve mas marcante e um sorriso forçado - aqueles que nao chegam aos olhos - era o que Merliah vestia e refletia de sua imagem no espelho do pequeno banheiro. Após respirar fundo e contar ate 10 mentalmente ela se vira a caminho de sair do loft, antes que chegasse a porta ela escuta o miado de sua gata, Nala, a felina de pelagem marrom escura, era como se sua animal de estimação quisesse falar com a mesma, a loira caminhou ate a gata a acariciando e dando um beijo na mesma antes de pegar suas coisas de descer as  escadas.

—Boa Noite queridinha — Aquela voz invadiu seus oudidos, Merliah sentia repulsa do homem mas manteve seu sorriso no rosto pensando somente no dinheiro que a prostituição daquela noite a renderia 

ECOS DO PARAÍSO | Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora