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   O bar local estava lotado, cheio de risadas e música alta

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   O bar local estava lotado, cheio de risadas e música alta. Era um contraste ao cenário paradisíaco lá fora, onde as ondas quebravam suavemente na praia. O ambiente estava impregnado de excitação, um ponto de encontro não apenas para os locais, mas também para os turistas e atletas que haviam invadido a ilha para os Jogos Olímpicos. A maioria estava ali para assistir as baterias com as ondas insanas de Teahupoo.

   Merliah entrou no bar sentindo o peso do mundo sobre seus ombros. Suas pernas, embora jovens, já estavam cansadas da vida que levava. Ela não sabia ao certo o que a mantinha em movimento. Talvez fosse o hábito, talvez a necessidade de sobreviver, ou talvez fosse aquele pequeno lampejo de esperança que, apesar de tudo, nunca desaparecia completamente.Ela se dirigiu ao balcão, onde Meredith já a esperava, assim como a maioria de seuas noites nos ultimos 6 anos, a senhora que usava uma peruca loira para esconder seus cabelos levemente grisalhos, dona de uma personalidade forte e uma historia no minimo conturbada, mas que nunca deixou de lutar por si mesma e seus ideais, ajudava moças que viviam na mesma situação de Merliah, nao tinha muito o que fazer, mas poderia ceder um lugar seguro para elas praticarem seu ganha pão.

''-Vou te falar tudo o que voce precisa saber, homem é bicho besta e menina se vc tiver cabeça vc pode colocar é canga neles tudo. Independente de tudo voce deve ser respeitada, por que voce merece''

   Foram essas as palavras que Merliah escutou na primeira noite em que pisou naquele bar, sozinha, desolada e encontrou amparo nos braços daquela mulher

—E voce garota? De novo com esse homem? — questiona a mais velha de forma ironica para a menina que se apoiava no balcão olhando para ela com um brilho no olhar de estao na presença dela apesar da companhia que lhe esperava na mesa

—Foi a senhora que me ensinou que puta nao tem homem, tem freguês dona-puxou um sorriso de lado enquanto olhava ao redor, nunca havia visto aquele bar tao movimentado—mas acho melhor eu ir, quanto mais rapido eu for mais rapido eu volto-suspira se virando em direção a mesa em que o velho a esperava e penou para esconder o desgosto de seu rosto

   Ele a olhou de cima a baixo, seu olhar cheio de lascívia e posse, enquanto ela se forçava a manter o sorriso no rosto. Ele a puxou para perto, suas mãos ásperas e pesadas no seu braço. A garota sabia como a noite terminaria, mas nesse momento, a rotina e a necessidade suprimiram qualquer sentimento de revolta.

   Enquanto isso, no outro lado do bar, Gabriel Medina e seus amigos estavam curtindo a noite. Scooby, sempre o mais animado, estava cercado por algumas pessoas locais, trocando histórias e piadas e seus amigos o acompanhavam envolvidos naquele ambiente festeiro, sabiam que a partir do dia seguinte seus treinos e atividades de concentração comecariam e nao teriam tempo para festejar. Gabriel, porém, estava mais reservado, com um copo de bebida na mão, observando o ambiente ao redor. Havia algo de inquietante em sua mente, como se ele estivesse à espera de algo, ou alguém, mas ignorou isto e continuou bebendo se soltando conforme a bebida fazia efeito.

ECOS DO PARAÍSO | Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora