Capítulo 11: Exílio

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Minho bufou irritado ao ser preso no próprio quarto, tentando forçar a porta na tentativa de abri-la, mas falhando miseravelmente. Colocou as mãos na cintura e então farejou o ar, conseguindo sentir o cheiro doce e enjoativo da magia de Yeji.

Andou pelo quarto escuro enquanto pensava em uma maneira de sair daquele lugar. Não havia nem dez minutos que estava preso ali, mas já sentia a falta do seu lobo.

Ele nunca imaginou que alguém seria audacioso o bastante de o enfrentar diretamente como Beomgyu fez, afinal ele foi capaz de elaborar um ótimo plano e por causa daquele infeliz que ele estava preso naquele lugar longe de Jisung.

Deitou na cama e então encolheu o corpo, choramingando pela falta da quentura do lobo. Ele sabia que aquelas pessoas o odiavam e não confiavam em si, mas imaginou que era diferente com Jisung.

Era realmente surpreendente descobrir que todas aquelas pessoas não confiavam no lobo já que ele era uma espécie de bom samaritano, sequer quiseram ouvir o que Jisung tinha para falar.

Suspirou baixo encarando o nada enquanto o tempo passava cada vez mais devagar, ele não tinha outra escolha a não ser esperar que a fada fosse até ele para o levar a um novo julgamento. Não ligava para o que a mulher iria decidir, queria apenas saber como Jisung estava.

■■

O lobo andava de um lado para o outro sem conseguir disfarçar sua expressão indignada, ignorando completamente o olhar dos guardas feéricos que estava na frente da enorme porta.

Quando Yeji saiu do próprio quarto se surpreendeu ao ver Jisung ali, pigarreando para chamar a atenção do lobo que rapidamente se virou para ela e a olhou.

— Quer falar comigo?

— Não é atoa que estou aqui. — O Han retrucou sem se dar conta que havia soado rude. — Eu vim protestar contra a prisão de Minho.

Os olhos da mulher se fixaram no homem alto em sua frente, arqueando as sobrancelhas feitas que tinham uma coloração rosa.

— E por que? Ele é culpado.

— Não! É claro que não! — Jisung ofegou, estava muito nervoso. — Olha, passamos a noite inteira juntos e eu posso assegurar a você que o Minho não matou ninguém.

— Ele matou o Beomgyu. — Ela retrucou.

— É considerado legítima defesa já que ele estava o perseguindo com falsas acusações, não acha?

Yeji riu desacreditada, cruzando os braços enquanto batia as asas levemente.

— Eu não sei o que está rolando entre vocês, mas ele é perigoso e mata por prazer. — Comentou, arrumando a postura. — Ele matou duas pessoas aqui dentro e eu não irei tolerar isso, afinal nossos inimigos estão lá fora e não aqui dentro, nosso povo tem que ter ao menos essa segurança!

— Os nossos inimigos estão lá fora porque eu e o grupo de busca saímos constantemente arriscando as nossas vidas! — Jisung avançou alguns passos na direção da mulher, vendo que os guardas tomaram a frente dela no intuito de a proteger. — Nenhum de vocês sabem o que é estar na frente do inimigo, vocês sequer sabem com quem estão lutando! — Cuspiu as palavras. — Yeji eu nunca a contrariei ou algo do tipo, jamais iria mentir para você então peço que reconsidere a prisão do Minho porque dessa vez ele é inocente.

— Inocente? — Ela riu, achando graça. — Percebeu que ninguém além de você concorda com isso? A palavra "inocência" não pode ser colocada em uma frase que se refira a Minho.

Os olhos do lobo estavam com faísca de raiva, ele se segurava para não perder a cabeça e fazer besteira. Yeji não deixou isso passar despercebido, suspirando antes de olhar Jisung e logo depois os dois guardas.

Blood [MINSUNG]Onde histórias criam vida. Descubra agora