femdom x reader⁰²

Reigen Arataka

Aplicativos de namoro. Uma solução moderna para um problema atemporal. Sente-se solitário? Basta criar uma conta, deslizar para a direita algumas vezes e, eventualmente, você combinaria com alguém tão patético quanto você. Que conveniente.

A melhor parte? Haveria muitos homens desesperados o suficiente por conexão humana à sua disposição. Homens que anseiam por companhia, uma parceira — qualquer um que lhes desse a hora do dia era uma opção viável. Normalmente, você os usava para dinheiro e presentes. Funcionou muito bem — melhor do que você jamais imaginaria.

Você se sentiria mal se os homens que você estivesse vendo tivessem alguma substância ou valor real. A maioria deles eram perdedores ricos que queriam um acessório, uma garota linda que pudesse fazer tudo por eles. Cozinhar todas as refeições deles, limpar a casa, separar roupas para eles de manhã antes do trabalho... Você não era essa garota. Essas ficadas nunca iam a lugar nenhum, mas você tentava arrancar deles o máximo de presentes e refeições grátis possível.

Você não estava bem de vida, mas também não estava passando por dificuldades. Para ser honesto, você não precisava fazer isso, mas se tornou algo natural. Deslize para a direita em qualquer cara que pareça arrumado e espere. Você provavelmente já esfregou a impressão digital do seu polegar na pele agora.

Hoje à noite, você estava vendo um homem bem... excêntrico. Você nem tinha certeza se o nome no perfil dele era preciso. Realmente te irritou como havia pouca ou nenhuma verificação em plataformas como essa. Pelo que você sabe, você poderia estar vendo um serial killer desequilibrado. A foto dele parecia com ele — um terno cinza com uma gravata rosa. Um homem de negócios. Alguém com dinheiro, você pensou. Então você rolou para a direita.

Ele apareceu cedo no ponto de encontro e levou você para uma refeição barata. Foi sem graça, na melhor das hipóteses. Ramen nunca foi realmente sua praia, e a atmosfera era um saco. Ele teve sorte que sua personalidade e aparência foram o suficiente para levar a experiência, caso contrário, você teria saído de lá. Pelo menos ele estava pagando por tudo isso...

Todos os dois pedaços de carne no seu ramen.

Ele tagarelava sem parar sobre seus negócios — um lugar suspeito a algumas quadras do seu apartamento. O homem havia alegado ser um médium, o melhor da região. Obviamente, essas coisas não existem, mas você optou por ignorar as bandeiras vermelhas gritantes na sua frente. E daí se ele era um vigarista enganando as pessoas para roubar seu tempo e dinheiro? Não era seu negócio, e você certamente não era melhor.

O homem não parecia estar indo muito bem. Olheiras, uma expressão que gritava "Quero me matar na frente de todo mundo agora mesmo" e o tom de sua voz entregava isso. Parecia que ele tinha passado pelo inferno e voltado, e você era sua salvadora da dor. Só por esta noite.

Seu cabelo loiro bagunçado e olhos castanhos escuros cativaram você. Você se perguntou se era obra de tinta de caixa ou se ele era totalmente natural. Em um ponto, ele exigiu saber o que você estava olhando, como se ele fosse alguém para falar. Ele roubou alguns olhares para seu corpo aqui e ali. Você poderia jurar que ele mordeu o lábio inferior, seus olhos piscando entre seu rosto e peito durante uma troca.

Ele ofereceu bebidas, mas você recusou. Beber com um estranho foi um erro que você já havia cometido no início de seus empreendimentos. Nada de ruim aconteceu, mas desmaiar perto de um cara que você acabou de conhecer era sempre uma aposta. Você teve sorte que o cara com quem estava saindo naquela época era um amor. Você jurou nunca mais tocar em álcool em um encontro... mesmo que você realmente quisesse aquela bebida bonita no menu.

Mais ou menos uma hora depois de suportar seus discursos e delírios, vocês dois concordaram em voltar para a casa dele para se divertir um pouco. Talvez as habilidades desse cara na cama salvassem o encontro, ou pelo menos fizessem com que não fosse uma perda total de tempo. Ele pediu para segurar sua mão no caminho, e você atendeu ao pedido dele. Era como se ele fosse um cachorrinho perdido, confuso sobre o que fazer consigo mesmo.