Capítulo Quatro

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Kim Namjoon
Esculpindo almas

U

m ano depois

As luzes da cidade começavam a desaparecer à medida que a noite se instalava. O apartamento estava mergulhado em uma penumbra confortável, cortada apenas pela fraca luminosidade de uma lâmpada no canto da sala. O ambiente exalava uma tranquilidade inquietante, quase como o silêncio antes de uma tempestade. E, no centro de tudo isso, estava Madalyn, sentada no sofá, os olhos fixos em mim, esperando o próximo comando.

Havia algo cativante na forma como ela olhava para mim agora—uma mistura de medo e admiração, de submissão e dependência. Ela ainda não compreendia completamente, mas estava se transformando, se moldando ao que eu queria que ela fosse. Cada palavra, cada gesto meu era calculado, uma peça no quebra-cabeça que eu estava montando pacientemente.

ㅡ Madalyn ㅡ chamei seu nome, minha voz suave, mas com um tom que não permitia questionamentos. Seus olhos piscaram, e ela se endireitou um pouco no sofá, como uma criança que foi chamada à atenção. ㅡ Estás a fazer progressos, mas ainda há muito trabalho a ser feito.

Ela assentiu, quase imperceptivelmente, as mãos entrelaçadas no colo. Eu sabia que ela estava tensa, esperando o que viria a seguir. Esse era o estado em que eu queria mantê-la: sempre em alerta, sempre desejando agradar, mas nunca sabendo ao certo como fazê-lo.

ㅡ Sabe ㅡ  continuei, caminhando lentamente em sua direção ㅡ A verdadeira perfeição não é alcançada pela força, mas pela sutileza. É preciso paciência para moldar algo belo, para transformar o ordinário em extraordinário.

Ela me observava atentamente, absorvendo cada palavra como se fosse um elixir. Passei meus dedos suavemente pelo seu rosto, sentindo-a estremecer sob meu toque.

ㅡ Ainda tens muito a aprender, Madalyn ㅡ  sussurrei, os lábios quase tocando a sua pele. ㅡ Mas estou aqui para te guiar. Para te esculpir da maneira certa.

Seu corpo relaxou levemente com minhas palavras, como se a promessa de orientação a tranquilizasse. Mas eu sabia que era apenas o começo. Ela estava apenas começando a entender o que significava estar sob meu controle, a compreender que sua vontade própria estava lentamente sendo apagada, substituída por uma necessidade insaciável de me agradar.

ㅡ Levanta-te ㅡ ordenei, e ela obedeceu imediatamente, os movimentos graciosos, mas com uma rigidez que traía sua insegurança.

Caminhei ao seu redor, observando cada detalhe, cada nuance. Ela era como um pedaço de mármore bruto, ainda precisando das minhas mãos para esculpir as imperfeições, para transformar sua existência em algo digno. Cada falha, cada hesitação, era uma oportunidade para eu aprofundar meu controle, para incutir nela a obediência perfeita.

ㅡ Hoje ㅡ  disse, parando na sua frente e segurando seu queixo delicadamente ㅡ Você  vai aprender mais sobre quem é. E sobre quem deves ser.

Ela respirou fundo, seus olhos fixos nos meus. Sabia que estava assustada, mas também sabia que, em algum nível, ela queria isso. Queria ser moldada, guiada, para que pudesse se livrar da responsabilidade de ser alguém por si mesma. Esse era o meu presente para ela: a libertação da necessidade de escolher.

ㅡ Tire sua roupa ㅡ  ordenei calmamente, e ela começou a cumprir a ordem com uma precisão que já começava a me agradar. Cada movimento dela era uma prova de que estava se rendendo, permitindo que eu a transformasse, pedaço por pedaço.

Enquanto ela tirava a última peça de roupa, senti uma onda de satisfação percorrer meu corpo. Ela estava à minha mercê, vulnerável, mas também entregue de uma maneira que poucos conseguem compreender. Eu não precisava da sua submissão por necessidade física; o que me fascinava era a transformação mental, a escultura psicológica que estava sendo criada diante de mim.

ㅡ Agora ㅡ  sussurrei, aproximando-me dela ㅡ vamos continuar o nosso trabalho. Mas lembre-se, Madalyn, tudo isso é para o teu bem. Estou a fazer de ti algo melhor, algo que ninguém mais poderia criar.

Ela assentiu novamente, os olhos brilhando com uma mistura de lágrimas e devoção. Eu sabia que ela estava à beira de quebrar, mas também sabia que, quando isso acontecesse, seria o momento em que ela estaria finalmente pronta. Pronta para ser tudo o que eu queria que ela fosse.

E enquanto ela permanecia ali, vulnerável e submissa, senti a excitação de saber que estava moldando não apenas seu corpo, mas sua alma, cada vez mais profundamente, até que Madalyn não fosse mais ela mesma, mas uma extensão de mim. Um reflexo perfeito da minha vontade.

E isso... isso era o que realmente me dava prazer, esculpir sua alma.

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Moranguinhos do meu coração, volteeei!!!
Depois de alguns meses, não? Estou de volta e ainda hoje pretendo postar mais um capítulo e maior que esse. Não sejam leitores fantasmas, comentem e votem. Nosso Namjoon tem um recadinho para vocês.

ㅡ Cada palavra que escrevo é para te manter perto, mesmo que seja à força!

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