Uma Noiva Para Namjoon

Capítulo Cinco

Capítulo não revisado.

Madalyn

por mais que eu tente, por mais que eu grite,chore, bata ou corra ele continua sorrindo, preciso sair daqui, ele ainda está na minha mente, lá no fundo dela, eu sinto, preciso sair daqui antes que ele comece a controlar ela novamente.

ㅡ Princesa, porque você ainda tenta? ㅡ Seu suspiro veio logo em seguida ㅡ Se você apenas obedecer, não estaríamos aqui!

Não o respondi, contínuo me debatendo, mas ao tentar correr, sinto mãos nos meus cabelos, tento me virar, mas seu aperto ficar mais forte.

ㅡ Já estou ficando impaciente. Abelhinha, estou sendo o mais carinho e paciente que posso, mas você já está ultrapassando todos os limites.

Não o respondi e ele me soltou , e eu pude me enrolar em meus próprios braços, lembrando de como tudo isso começou

Ele quer me manter cativa, mas a
liberdade vive no meu coração,
onde ele não pode alcançar.

O espaço onde me encontrava era opressivo. Não havia portas que me conduzissem para o exterior, apenas um único corredor que levava a uma grande sala, onde invariavelmente encontrava Namjoon sentado, aguardando por mim. Seus olhos sempre me seguiam com aquela calma perturbadora, como se soubesse que eu não tinha para onde correr, como se meu destino já estivesse traçado.

Sentei-me na cama, sentindo a tensão crescente nas minhas pernas, uma ansiedade que me corroía por dentro. A sensação de estar sendo observada, vigiada a cada movimento, fazia minha pele formigar. Era como se Namjoon estivesse sempre presente, mesmo quando eu estava sozinha. Ele sabia tudo. Cada tentativa de fuga, cada plano elaborado no silêncio da minha mente, era desfeito antes mesmo de se concretizar.

Mas hoje seria diferente. Agarrava-me a uma última fagulha de esperança.

Não podia mais suportar aquela vida de confinamento, de silêncio e manipulação. Precisava escapar, precisava reencontrar a liberdade que parecia uma lembrança distante. Meus olhos se moveram rapidamente pelo quarto, em busca de algo que pudesse me ajudar. A janela. Sempre a considerei uma rota impossível, pois ficava muito alta e, abaixo dela, havia apenas a vastidão de uma floresta densa. Mas era isso ou continuar à mercê de Namjoon.

Com o coração acelerado, empurrei a cama até a parede. Os músculos dos meus braços tremiam com o esforço, mas a adrenalina me impulsionava. Arrastei-me até o topo da cama, minhas mãos trêmulas alcançando a borda da janela. Não era grande, mas o suficiente para que, com algum esforço, eu conseguisse passar.

— Isso vai funcionar… vai ter que funcionar… — murmurei para mim mesma.

Consegui empurrar a vidraça, sentindo o ar frio da manhã bater em meu rosto. Meus pulmões se encheram com aquela sensação revigorante de liberdade iminente. Estava a um passo de sair daquele inferno. Coloquei metade do corpo para fora, os pés descalços escorregando na borda estreita.

Mas antes que pudesse avançar mais, uma voz ecoou pelo quarto, baixa, firme, inconfundível.

— Madalyn.

Congelei.

Lentamente, meus olhos se voltaram para dentro do quarto. Namjoon estava ali, de pé, na porta. Ele me observava com a mesma calma perturbadora de sempre, mas havia algo mais em sua expressão dessa vez. Um olhar de desapontamento misturado com uma paciência que só me deixava mais desesperada.