Capítulo 2

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O dia da luta chegou, e, apesar de ter feito isso incontáveis vezes, desta vez Kai nunca esteve tão ansioso.

— E aí? Você conseguiu o que eu te pedi?

— Mas é claro, irmão. O que o meu campeão pede que eu não faça? — brincou James.

— E aí? Alguém já topou a luta?

— Então... tá meio difícil. Ainda mais que a galera já desconfia de quem seja o lutador "misterioso". Mas não se preocupa, eu deixei bem claro que, sem alguém pra lutar contigo, o prêmio vai automaticamente pra você. E se você ganha, eu também ganho, irmão. — Comemorou James.

— Eu não tô nem aí pra grana.

— Claro que não, você é herdeiro!

— Que se dane.

— Se prepara, irmão. Te vejo mais tarde.

Algumas horas mais tarde, Claire recebe o convite, mas não fica nem um pouco feliz.

— Amiga, eu tenho aqui comigo dois ingressos pra uma luta clandestina e vou te levar comigo. — Disse Jules, animada.

— Ai, meu Deus, estou tão animada. Como você adivinhou que eu amo ver homens brigando violentamente enquanto as pessoas ao redor apostam neles? — debochou Claire.

— Jura? Amiga, por favor, eu preciso que você vá. Eu não sei o motivo, mas o James deixou bem claro que quer que você esteja lá. — Implorou Jules.

— E não te passou pela cabeça perguntar?

— Claro que não. Eu não vou questionar porque fiquei sabendo que vai rolar uma grana alta e o meu homem vai ganhar tudo sozinho. E adivinha quem vai estar do lado dele? Isso mesmo, eu. Então põe logo aí sua melhor roupa que eu vou te esperar no carro.

— Você nem gostava dele até ontem.

— VOCÊ TEM CINCO MINUTOS! — Gritou Jules.

— Claire Miller, nossa convidada especial está aqui. Quem diria que você é fã de luta clandestina sendo tão certinha, haha. — debochou.

— Como assim "nossa"? Alguém mais me quer aqui além de você? — desconfiou.

— Amor, o que você acha de ir comigo pegar uma bebida? — mudou de assunto.

— Vamos, gatinho!

— Eu vou pra casa, não fico nesse lugar nem mais um segundo. — murmurou Claire.

Enquanto caminhava até a saída, esperando o Uber que pediu, Claire esbarra em Kai.

— A gente tem que parar de se encontrar assim.

— Ah não, você outra vez? O soco que eu te dei não foi forte o suficiente pra deixar claro que eu quero que você fique longe?

— Como vou ficar longe se você está em todo lugar que eu vou? Foi você quem foi até a minha casa, esqueceu? — disse Kai, com um sorriso de lado.

— Não, eu não esqueci, mas não pretendo cometer esse erro novamente. E me dá licença que eu estou indo embora.

— Como assim, indo? Não vai ficar pra ver a luta?

— Oi? Mas é óbvio que não.

Kai pegou Claire pela cintura e a aproximou lentamente do seu corpo, sussurrando:

— Mas eu te quero aqui!

Depois de dizer isso, Kai entrou e deixou Claire para trás, em choque pelo que acabou de ouvir. Sem imaginar o que ele quis dizer com isso, Claire entrou e procurou por Kai para descobrir, mas sem sucesso, já que Kai já estava se preparando para entrar no ringue.

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