Naquele dia, meu grito pela a vida de "Carol" foi tão alto que fez com que minha voz ficasse rouca,por isso então,até hoje meu tom de voz se encontra num tom suave e baixo,aos fechar dos olhos de Carolina ,seu sorriso piedoso ainda permanecia.Incrível que até sua morte,ela se colocou firmemente quem realmente era.Guilherme e os xerifes nos acharam.Eu estava tão espantada e desesperada com aquela situação. A única coisa que eu vi naquele momento foi a reação de Guilherme...Eu estava com um pouco de sangue da Carolina e ele pensou que eu havia morrido ,ele ficou assustado e com medo,desesperado...Mas quando viu Carolina,sua situação,suas pupilas ficaram minúsculas,ele começou a ficar pálido, a chorar e agachou se ...Ele permaneceu em silêncio,apenas chorando de uma forma exagerada para ele.Cada lágrima que caiu de seus olhos eram o grito desesperado,porém,um grito silencioso.Como eu poderia explicar?Eu acho que eu posso dizer que esse determinado "Grito" era como se sua vida estivesse cheia de problemas,porém,você então descobre que o problema é você.E que você nunca irá fugir disso,porque afinal de contas,não tem como fugir de si mesmo.Quando acordei,eu estava em uma cama em outro dia,eu dormi por um dia inteiro e algumas pessoas estavam esperando o meu despertar.
-Minha filha!!-Minha mãe estava desesperada com meu estado...tanto quanto mental ou físico.
- Mãe?...Onde está a Carolina!?-Minha mãe olhava para meu pai e meu devolve o olhar para ela,ambos com uma cara de quem não quer falar a realidade,achando que eu iria acreditar na expectativa.-Ela..se foi meu amor...Ela virou mais uma estrela no céu...
Meus olhos perderam o brilho que os restavam.Meus pais esperaram que eu chorasse,mas eu apenas perdi o resto da minha luz que me restava.Eu já chorei.Chorei muito.Eu me desistratei desses últimos anos para cá.Nada disso funcionou.Chorar,berrar,implorar,esforçar,me auto cortar,sorrir,tudo.Pois no final,eu apenas sinto se eu fosse uma casa vazia.Uma casa com paredes novas,mas parecem velhas pelas coisas que passam,chão de madeira barulhento,a cada passo que dou nessa casa,o chão faz barulho e se não tiver cuidado,pode entrar uma farpa no seu pé.
-Filha,eu e seu pai vamos ao ...Mercado,vamos fazer compras,está bom?-Minha mãe tentava disfarçar,mas dava para ver que eles iam para o funeral dela...Mas sem mim,eles queriam me deixar em casa,mas é claro que eu não aceito isso.Afinal,preciso ver isso,mesmo que eu lado meu não queira.
- Para o mercado?Tem certeza?-Perguntei
-Hum? O que você quer dizer com isso?-Papai tentava disfarçar.
-Pai,tenha dó,sei para onde vocês vão.-A verdade pode doer,mas não vou mentir.-Poderiam fazer a questão de serem sinceros comigo,não acham?-Mocinha,não se faça..-Meu pai foi interrompido por minha mãe.
-Deixa ela ir,querido...Filha, você parece...
-Eu não me pareço com ninguém.. E ninguém parece comigo,além de mim mesma.-Interrompo minha mãe antes dela terminar sua frase.-Eu...Eu não me pareço com ninguém,e ninguém merece ter um fardo a se parecer comigo.-Como pode dizer isso,meu amor?!-Disse minha mãe surpresa.
-Não,ela está certa...-Meu pai sussurrou.Logo em seguida ele se abaixou um pouco diante a mim,e disse:
-Você,minha filha,é única.Não sei se você irá levar isso como elogio ou como ofensa,mas sua aura é completamente diferente comparada a nossa,seus pais.Quero deixar bem claro que somos seus pais,responsáveis por ti,mas você se encontra em um em um bilhão.Você sempre será minha,a da sua mãe,da sua falecida amiga,alguém especial,específico.Compreende?Vejo então que você se acha um "Fardo" ,alguém ter uma característica similar a sua...Porém,na minha perspectiva,você é apenas você.Não importa se estivessem mil de você,saberia muito bem quem realmente você é.Bem...isso que quero pensar.Dizer jeito "Fardo" parece uma palavra muito pesada,não acha?Me explique por que você está usando esse vocabulário,meu bem?
Pensava muito bem eu para responder essa pergunta.Quando digo:
-Por que até hoje...Só dependi da ajuda dos outros...Não conseguirei dizer "Isso fui eu que fiz isso!" com orgulho nunca...-Expresso,com a cabeça baixa.
-Minha querida,diga-me,se você não tivesse ajuda desde do dia que nasceu,onde estaria?
-Morta...?
-Exatamente.Se você não tivesse ajuda,nem nascida você estaria.Se não tivesse ajuda de alguém como eu e sua mãe para cuidar de ti,onde você estaria?Desde o dia que nascemos,as ajudas são necessárias.Basta procurar alguém certo.Não estou dizendo que eu e sua mãe fomos os melhores pais,afinal de contas,quem faz a si mesmo é a própria alma.Não se considere um fardo,ok?Pedir ajuda de vez em quando,é normal.-Meu pai diz.
-Mas eu nunca pedi ajuda a ninguém!
-Significa então que repararam que você precisa de ajuda.Ou apenas querem oferecer uma,pois quando pediram,não foram atendidos.Se apenas se jogaram para te resgatar,leve isso em consideração.-Meu pai coloca sua mão sobre meu ombro e dá um sorriso leve.Meu pai sempre é um cara fechado com as pessoas,mas é bem gentil.Ele parece ser um bom alguém,com sua aparência de cabelos escuros como a noite e ondulados como as ondas do mar,olhos castanhos,pele meio pálida,sorriso brilhante quando quer e um cara introvertido.Mas não posso dizer realmente se ele é um bom alguém,afinal das contas,quem é meu pai?Quem é minha mãe?Minha mãe é apenas uma mulher de olhos azuis,cabelo ruivo e liso como o horizonte,pele meio bronzeada,com sardinhas nas bochechas,extrovertida e boa como parece?Eh....Talvez sim,ou eu esteja sempre paranoia.Me sinto chateada por estar duvidando literalmente dos meus pais...Minha mãe e meu pai me criaram com tanta gentileza e carinho...Tenho certeza que tivessem em outra vida onde não se encontre essa guerra,talvez nós fossemos uma família realmente feliz e amável.Ou seria que...O problema sou eu..?
-Pare de dizer essas coisas,querido!-Suspira minha mãe e estende sua mão a mim.-Vamos minha filha?Sei que eu não deveria ir mas...Já que insiste e sabe onde vamos...E outra,você quem realmente deve ir ao enterro de sua amiga.
Ambos os dois pegam nas minhas mãos e seguem no mesmo destino:O enterro da minha melhor amiga.
Sei que quem foi ferida gravemente foi Carolina,mas eu sentia no meu peito como se tivesse uma ferida aberta.
Minha mãe disse que levaram a "Carol" ao hospital o mais rápido possível,porém ela já havia perdido muito sangue e certos órgãos foram feridos gravemente em seu corpo,e antes mesmo de chegar lá,apenas seu corpo estava presente,pois sua alma foi junto com sua vida.Confirmando então,sua morte.Se procura o assassino,pois ele ainda se encontra solto por aí.Por parte de investigações,foi descoberto que ele faz parte de "Gangue" ou "Agência".Qual especificamente,não se sabe.Havia apenas a possibilidade de ser a "Agência" conhecida como "Eles".Mas não acho que será tão fácil o encontrar.Provavelmente essas descobertas devem estar erradas...Ou uma delas.
-Beatriz,deixa-me perguntar,você gostaria de continuar morando aqui ou mudar de casa..?-Perguntou minha mãe aleatoriamente.
-Com todo respeito,não.Não sei o'que,mas algo me prende nas raízes dessa vila.Além do fato que quero amadurecer e superar isso...Creio que isso será necessário,né?-Quero superar a morte de CArolina.Mesmo que seja difícil.Quero aceita que ela está MORTA(?).Não tem oque se dizer.Mas ainda sinto como se ela tivesse atrás de mim...Arrumando meu cabelo,uma das brincadeiras que a gente fazia.Mas sei que não vou aceitar isso...Ignorar isso sempre irá ser o peso nas minhas costas.
(Beatriz realmente nunca aceitou a morte de sua melhor amiga.Colocando então em sua cabeça que Carolina havia apenas te excluído.Mas a Beatriz de verdade, conhecida como "Choka",sabia muito bem que Carolina nunca faria isso.Fazendo então,a alma de "Carol" permanecer em suas lembranças,sendo uma delas um acessório de cabelo inspirado em uma borboleta que Carolina deu a Beatriz,onde sempre se encontra em seu penteado de cabelo.)
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•~🩸🦋A Borboleta Vermelha 🩸🦋~•
ActionUma guerra acontece diante dos olhos de uma pequena garota,claramente isso deu traumas a ela,fazendo isso mexer com seu psicológico enquanto crescia.Ver também a pessoa que mais amava sofrer até o último suspiro,foi de cortar as asas da pequena bo...