Capítulo 4:Asas pesam mais do que pensei.

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  Fomos de pé,em um tempo nublado,escuro e solitário.
  Eu havia me vestido com uma camisa branca,um moletom preto com detalhes roxos por cima,uma saia preta, um One star  preto  e a consciência pesada. Meu cabelo  estava preso com um laço de borboleta que Carolina tinha feito para mim de aniversário de sete anos de idade e no seu aniversário eu lhe dei uma pulseira  muito decorada com bastante vermelho que era sua cor favorita,quem diria que essa cor ficaria tão destacada entre nós,não?
 
  Quando chegamos,fomos comprimentar os pais da Carolina:

   -Olá,boa noite ,somos a família Akasha e nos sentimos por sua perda.

  –Olá ,boa noite também,Não precisam colocar esse peso em suas costas...Essa responsabilidade era nossa.Enfim,vamos conversar um pouco-
  Sugeriu a mãe de Carolina.

  Carolina tinha uma irmã mais nova chamada Caroline ,uma garota que parecia uma cópia da  ''Carol'',mas uma cópia mal feita...Por exemplo:Ela tinha o mesmo tom de cabelo,mesma cor dos olhos,a face...Mas o que não parecia era:A personalidade,o jeito e a mania estranha de me encarar com um rosto confuso.Carolina sempre se destacou quando o assunto era beleza.Em meus olhos,ela foi a garota mais linda que já conheci em toda minha vida.Com seus cabelos curtos que chegavam a seus ombros,(Pois ela afirmava não gostar de ter cabelo longo porque seus parentes queriam ficar cuidando da vida dela dizendo que cabelo curto era "Feio",tentando manipulá la dizendo que iria ficar "Horrível" com cabelos curtos),loiros e liso e ondulado nas pontas,sendo natural e brilhante como uma estrela cadente...Olhos vívidos,da cor de uma castanha perfeita.Lábios rosados,pele clara num tom suave e o melhor:Uma personalidade e jeito impactante.

- Mãe,eu posso brincar com a ''Choka''?-Perguntou aquela garota.
- "Choka''?Ah,você está falando de Beatriz?Por mim sim e você senhora Akasha?Permiti?
-Não há um pingo de problemas.Vai lá Beatriz,-Minha mãe me mandou e eu fui por curiosidade.

  Eu fui levada até um parque " desanimado"  naquele dia.A Caroline me perguntou:

- "Choka'',por que você deixou ela morrer?Você não gostava dela?Ele sempre dizia coisas animadas sobre você...Mas assim que você realmente reagiu?-Eu fiquei um minuto paralisada,como se meu coração estivesse parado de bater,não conseguia respirar direito,como se eu tivesse morrido por um minuto.Me senti fraca e insignificante  ao mundo(Como se eu não fosse).Era como se Carolina perguntasse para mim...Aqueles olhos sem luz e sem uma sequer lágrimas daquela garota me faziam ficar  pasma....Foi como se ela tivesse me controlando enquanto ela puxava um sorriso estranho.

-Eu ... .-Tentei expressar,mas acabei  falhando.

-....Eu realmente esperava mais de você ,"Choka"....-Dizia ela,enquanto ela  balançava naquele balanço que tinha um som incrivelmente irritante.

Começo sentir uma raiva borbulhante dentro de mim,  e o pior que essa riva nem vinha do barulho do balanço,então digo:

-Escuta aqui,NUNCA MAIS ME CHAME DE "CHOKA"!!!VOCÊ NÃO TEM ESSE PRIVILÉGIO!!!NINGUÉM TEM!!A não ser...A Carolina...-Após eu dizer isso de forma bem bruta,a criança suspira e diz:

-Então como é saber que ela NUNCA MAIS irá dizer esse seu apelido novamente?-Me encarava estranhamente com um olhar seco enquanto ela fazia essa pergunta.Apenas sinto mais raiva vindo dessa pergunta.
Eu não via uma resposta decente para isso...Pois eu não queria assumir que ela estava certa.Nunca mais vou poder ouvir a voz de "Carol" novamente...Tudo culpa daquele que nos separou...

Foi quando começou a chover e me retirei do local sem mesmo pedir licença,pois aquela garota estava me manipulando.

-Já voltou minha borboleta?-Minha mãe realmente tenta tirar aquele clima tão pesado de cima de mim,porém,consegue falhar miseravelmente.

-Mãe,eu tenho nome,por favor,chame por ele...Não gosto de apelidos...

-Mas...-Ignoro minha mãe tentando dizer porém.


  Com certeza,o clima não estava nem um pouco confortável por ali.A família de Carolina se sentia arrependida por terem falado e feito coisas para ela e não terem pedido perdão.

Conheci Carolinha na escola,porém,não conversei com ela por lá,mas sim no dia que uma Gangue do Sul resolveu atacar nossa vila,chamada de Sutekina e famosa por ser uma vila onde todos são trabalhadores,fazendo então uma boa indústria de dinheiro.

Naquele dia,eu havia me perdido dos meus pais,o que fez com que eu ficasse exposta aos olhares de qualquer um.Eu estava confusa,havia muita fumaça,caia sangue e todos os lados acompanhado de gritos de sofrências,um cheiro de veneno de rato se espalhava pelo o redor,eu corria,corria muito.Tudo isso pois eu estava com medo.Medo de morrer por essas pessoas.Nesse meio termo,eu não estava mais correndo do vento,mas sim de homens maus com segundas intenções para mim.Eu tropecei e acabei ralando o joelho e caindo.Naquele momento,aceitei minha morte,mas foi quando Carolina me arrastou para atrás de uma grande rocha.
Ela havia quebrado seu braço esquerdo e seu braço direito estava todo arranhado e aberto de feridas.Sua pernas sujas de terra e sangue de outras pessoas que caíram sobre ele.Seu olho estava roxo e com um dos seus dentes quebrados.Mesmo assim,ela me perguntou:Você está bem?!

Naquele momento,me perguntei se eu realmente precisava de ajuda.Um alguém como ela precisa muito mais de ajuda do que eu!Eu respondi que estava bem,mas quem realmente precisava de ajuda era ela,mas logo em seguida,ela sai correndo,ela agarrou-se em meu braço,porém,sua mão acaba escorregando,e aceno com a cabeça para ela seguir em frente e ir ao um médico mais rápido o possível,enquanto eu distraia os causantes dessa desgraça.Me senti determinada,mas nada valeu.
Apenas puxaram em meus cabelos e mandaram eu tirar minhas vestes.Eu recusava enquanto chorava por desespero.Me jogam no chão como um saco de lixo e começam a me chutar e bater.Puxavam meu cabelo como se eu fosse uma boneca de pano,cuspiam em mim como merda.
Mesmo assim,eu queria acreditar que havia salvado a vida de Carolina,que na época,era uma desconhecida,porém muito gentil em salvar alguém como eu.

  Mas quem diria que hoje,eu iria ver  a pior cena da minha vida:Ver minha melhor amiga prestes a ser enterrada,foi uma cena que até hoje tenho pesadelos...

   (Beatriz,mesmo após alguns anos da morte de sua amiga,sente que todo dia é seu funeral.Onde não tem sua presença e sente um peso enorme em suas costas,esperando sua amiga então,te chamar pelo o apelido novamente.)

•~🩸🦋A Borboleta Vermelha 🩸🦋~•Where stories live. Discover now