Capítulo 13: Epílogo

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O terraço estava transbordando de pessoas felizes e tagarelas, espalhando-se pela grama e pelos jardins. Harry avaliou com pesar os danos e ficou grato por não ter começado o plantio de primavera ainda, ocupado como estava com outras coisas. O que Snape diria sobre a "devastação" em seus jardins era previsível, mas depois de um ano de casamento, Harry sabia algumas maneiras de desviar sua ira. Algumas delas nem precisavam de uma cama, pensou ele com um sorriso.

Ele cuidadosamente mudou o pacote em seus braços e olhou de volta para dentro da casa. As mesas da sala de jantar gemiam sob o peso da comida empilhada sobre elas, e o hall de entrada agora ostentava uma fonte da qual fluía ponche de champanhe. Pippa e Toby se moviam entre os convidados com bandejas de guloseimas, quase fora de si de alegria pela oportunidade de encher mais pessoas até estourar.

Harry olhou para sua toca enquanto passava, e se divertiu, embora não se surpreendeu, ao descobrir que Arthur Weasley estava presenteando vários outros bruxos com as maravilhas da "tellyfision" trouxa, enquanto outro grupo de bruxos estava reunido em volta do equipamento de quadribol de Harry, discutindo os prós e contras de várias vassouras. Ele passou rapidamente por eles, não querendo ser arrastado para nenhuma discussão barulhenta no momento.

Ele vagou pelo caminho em direção ao campo oeste, onde cobertores e cadeiras tinham sido espalhados para que seus convidados se acomodassem, e sorriu para um grupo de crianças que estavam aglomeradas ao redor de Sirius enquanto ele tentava mostrar a elas como empinar uma pipa. Sirius estava claramente em seu elemento, e Remus estava deitado em um cobertor próximo, rindo das palhaçadas de seu amante.

— Bem, Harry — disse uma voz familiar atrás dele. — Você parece ter se saído muito bem, considerando tudo.

Harry se virou para sorrir para Hermione e assentiu.

— Nada mal – nenhuma catástrofe maior, de qualquer forma.

— Eu quis dizer você — ela disse, estendendo a mão para tocar sua bochecha. — Eu acho que nunca vi você tão feliz.

Seu sorriso se alargou, mas ele disse:

— Você deveria ter chegado aqui há duas semanas — ele disse. — Naquela época, eu não estava nem de longe tão feliz.

— Ficamos sabendo — disse Ron, juntando-se a eles e colocando um braço em volta de Hermione. — Sirius disse que você estava chamando Snape de todos os nomes possíveis.

— E mais um pouco — Harry concordou. — Mas valeu a pena — ele disse, olhando afetuosamente para o bebê dormindo em seus braços. Como se estivesse ciente da observação do pai, o bebê se mexeu e acordou, soltando um grito vigoroso de infelicidade.

— Tudo bem — Snape disse irritado, materializando-se ao lado do marido. — O que você fez para deixá-lo irritado dessa vez?

— Olhei para ele.

— Bem, isso explica — Snape disse, alcançando seu filho. Em questão de segundos, ele tinha o bebê aninhado na curva de seu braço, fungando silenciosamente enquanto chupava a ponta do dedo de seu pai. — Sinceramente, Potter, se você não consegue lidar com uma criança melhor do que isso, não poderá ter mais. — Ele saiu em direção a um contingente de professores de Hogwarts com o bebê, agora satisfeito.

— Promessas, promessas — Harry gritou para ele, então se virou para seus amigos. Hermione parecia estar em choque leve, enquanto Ron estava sorrindo largamente.

— Agora, isso eu tinha que ver para crer.

Harry deu o braço a seus amigos e começou a caminhar lentamente atrás de seu esposo e filho. —Ele é realmente muito bom com o bebê. Acho que é porque eles são muito parecidos - Nathan definitivamente herdou os genes de Snape.

Ron estremeceu.

— Eis um pensamento assustador.

— Lembra de um ano atrás, Harry? — Hermione perguntou. — Eu pensei que você ia fazer um buraco no chão, andando de um lado para o outro daquele jeito. Não sei se você ficou mais aliviado ou apavorado quando descobriu que Snape tinha vencido o duelo.

— Ambos — admitiu Harry. — Achei que era o pior dia da minha vida, que minha vida estava arruinada e nada mais seria o mesmo.

— Não é a mesma coisa — Ron apontou. — Você está morando nesta casa no campo em vez de um apartamento na cidade, você é casado e tem um bebê em vez de viver a vida de solteiro, e você não está mais jogando Quadribol. Não é a mesma coisa de jeito nenhum.

Harry olhou ao redor para a multidão reunida - seus amigos, suas famílias, seus professores e colegas de Hogwarts, seus antigos companheiros de equipe, Neville, seu parceiro em seu novo negócio de cultivo de ervas - todos os quais tinham vindo para ajudá-los a celebrar seu primeiro aniversário e o nascimento de seu filho. Ele olhou para Sirius, agora enterrado sob uma pilha de crianças risonhas, e pensou em como ele havia arriscado o amor de seu afilhado para garantir sua vida. Ele olhou para Dumbledore, que estava sorrindo para o rosto de seu novo afilhado, e se lembrou de como o diretor havia dito que tudo daria certo. Ele olhou para seu marido, carrancudo com irritação fingida para Dumbledore no momento, mas quase visivelmente irradiando contentamento. E ele olhou para seu filho, balançando-se nos braços de seu marido com um olhar semelhante de irritação, já tão querido para ambos.

— Não, não é — Harry disse, e soltou um profundo suspiro de contentamento. — É melhor.

Fim.

A Convenient Marriage | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora