Capítulo 2

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Harry seguiu seu padrinho descendo os degraus até as masmorras de Hogwarts, ainda perplexo com a insistência de Sirius de que eles viessem aqui logo de manhã. Quando Sirius foi até seu apartamento pela primeira vez, Harry não ficou nada feliz com seu pedido de companhia. Ele estava exausto depois de passar o último mês em turnê com a Inglaterra, e estava ansioso para relaxar em seu apartamento e talvez ir a uma balada com seus colegas de apartamento. Mas Sirius foi insistente, quase desesperadamente, e Harry finalmente concordou.

O primeiro pensamento de Harry foi que algo tinha acontecido com Dumbledore. No entanto, quando Sirius se virou para as masmorras, ele se perguntou se Snape estava em algum tipo de problema. Embora Voldemort não existisse mais e a maioria de seus Comensais da Morte estivessem mortos ou em Azkaban, havia alguns como Lucius Malfoy que conseguiram escapar da justiça. Qualquer um deles estaria mais do que disposto a infligir danos ao traidor Snape. Só porque ele não gostava particularmente do idiota não significava que ele não estava preocupado com ele. Então Harry ficou consideravelmente aliviado quando um Snape de aparência saudável abriu a porta de seus aposentos privados, mesmo que ele imediatamente bufasse e fosse embora para a lareira.

Harry piscou os olhos – o feitiço para corrigir sua visão tornou mais difícil se ajustar a mudanças rápidas de luz – e olhou ao redor da sala. A visão de Albus Dumbledore sentado em uma das poltronas fez o sorriso de Harry se alargar, e ele cruzou a sala para cumprimentar o bruxo idoso.

— Diretor — ele disse. — Você está parecendo bem.

— Harry, meu querido garoto. — Dumbledore sorriu carinhosamente para ele. — Ouvi coisas ótimas sobre as chances da Inglaterra na Copa do Mundo deste ano.

— Faremos o melhor que pudermos, senhor — disse Harry, sorrindo. Ele olhou de Dumbledore para Sirius e vice-versa. — Do que se trata, então?

— Lucius. Malfoy.

Harry virou-se para a lareira onde Snape estava de costas para eles.

— Como? O que Malfoy tem a ver com isso?

— Muito, eu temo — Sirius disse pesadamente, e Harry olhou para ele. — Malfoy entrou com o Colligare Gentes em seu nome.

— O quê? — Harry disse inexpressivamente.

— O que eles estão ensinando às crianças hoje em dia? — Snape zombou. Harry o ignorou, olhando interrogativamente para Dumbledore.

Colligare Gentes significa literalmente unir linhagens — explicou Dumbledore. — É uma provisão para evitar que as antigas famílias bruxas morram completamente. Quando há apenas um membro menor de idade restante em uma linhagem familiar, outra família de sangue puro pode fazer uma petição para casar o jovem com alguém de sua própria família. O primeiro filho desse casamento é propriedade da família 'adotiva', mas todos os outros descendentes pertencem à linhagem familiar ameaçada.

— Em teoria, pelo menos — Snape disse com desdém. — Na prática, era comum que uma família de sangue puro eliminasse outra família, exceto por uma criança que seria então forçada a se casar com um de seus miseráveis ​​descendentes. Mais fácil do que negociar acordos nupciais, especialmente porque eles poderiam colher as melhores partes da herança da 'noiva'.

— Mas eu não sou uma criança e Draco Malfoy está morto.

— Você tem menos de vinte e um anos, a maioridade segundo o Colligare Gentes — disse Snape, — e Lucius Malfoy está bem vivo.

Ele quer se casar comigo? — Harry perguntou, fazendo uma careta de desgosto.

— Ah, Potter tem um pingo de inteligência, afinal — disse Snape ironicamente.

A Convenient Marriage | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora